Crítica de Cinema - Águas Passadas (Dark Water)
Dark Water é a primeira incursão de Walter Salles pelo cinema de Hollywood, após o exito de crítica do aclamado "Diários de Che Guevara".
Correu bem? Nem por isso.
A história acompanha uma mãe e filha cuja família está em processo de destruição (divórcio), e em que o problema da custódia da filha é levantado. Decidem, por isso, procurar nova casa, que aparentemente cumpre do ponto de vista económico e estético. Está, no entanto, assombrada por um fantasma de um antigo residente, que pelos vistos adora água.
Remake de um filme japonês de Hideo Nakata (adaptado de um livro de Koji Susuki), segue as pisadas trilhadas pelos seus antecessores (The Ring I e II, The Grudge - A maldição) mas falha redundamente como filme de terror.
As aparições fugazes, as meninas de cabelo comprido, os sustos fáceis estão lá, mas é como se não estivessem. Simplesmente não assustam.
Se alguém me conseguir explicar é como é que pensaram que uma infiltração de água poderia causar medo a alguém (só se for da conta do próprio canalizador).
A história salva-se como metáfora de amor, o maior de todos, o amor amterno. As sua interpretes estão à altura, confirmando o seu potencial e carisma (Jennifer Connely) ou uma verdadeira surpresa com a estreante Ariel Gade (uma cena é mesmo de um génio em miniatura). Destaque ainda para a composição de Tim Roth, no papel de advogado de Connely. As restantes personagens são mero espectadores da acção e não se percebem as suas motivações (grnade desperdício de grandes actores como Jonh C.Reilly e de Pete Postlewhaite).
Walter Salles, num trabalho ingrato (remake), mostra a sua mestria como realizador (com alguns belíssimos planos), mas mostra também que não é um mestre do horror. Esperemos que tenha, em Hollywood, uma 2ª hipótese para mostrar o que vale. Esperemos é que seja noutro registo. Ele merece.
Nota do Filme - 5/10 -Dark Water (Águas Passadas)
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