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Thursday, May 25, 2006

Crítica de Cinema - Missão Impossível 3

O que começa bem acaba sempre mal

"Who are you? What's you're name? Do you have a wife? A girlfriend? Whoever she is, I'm gonna find her. I'm gonna hurt her. I'm gonna make her bleed. And then I'm gonna find you and kill you right in front of her."

O Título inicial diz tudo. E eu agora pergunto. O que aconteceu ao fim de meia hora do filme? Até esse ponto o filme esteve rodeado de boas ideias. Ideias dignas de alguém que criou o "Alias" mas acima de tudo, uma das melhores séries do últimos anos, "Lost". Será que Tom Cruise se fartou de obedecer a ordens e começou a enviar os seus bitaites do que é "Cool" ou não? É que claramente o homem não anda bom da cabeça. Mas com um ego daqueles era impossível ele obedecer a ordens. Essa sim, era a missão impossível.
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Voltando ao filme, acompanha a história de Ethan Hunt, que é agora "reformado" de missões no campo de batalha. É professor e treina a unidade de elite, para missões impossíveis. A sua vida pessoal está, por isso, em alta e está noivo de alguém que nada sabe sobre o que faz e muito menos sobre o seu passado. Quando uma ex-aluna é capturada por um temível traficante de armas sem escrúpulos, decide embarcar numa última missão para a salvar.
É com esta história que o filme começa e infelizmente é também com ela que termina (Ao fim de meia hora).
Então, e perguntam-me. Mas o filme não demora duas horas? Sim, é verdade. Mas a parti daí, torna-se penoso assistir ao desenrolar com particular ênfase nos últimos 20 minutos do filme que o tornam impossível de suportar.
Querem primeiro as boas ou as más notícias?
Eu começo pelas boas, ou seja a primeira meia hora.
Temos uma festa em casa de Ethan Hunt que faz lembrar "Alias", claramente e até é agradável. Depois seguem-se as mentiras e falsidades para cumprir a missão de salvamento da sua ex-aluna (foi mais que isso, parece-me). Depois existe bombas miniaturas implantadas no cérebro que explodem mas sem deixar nada sujo. A belíssima Maggie Q, que chega ao Vaticano, num belíssimo vestido e num Lamborghini cor-de-laranja. E depois claro surge o arqui-vilão (lembra mesmo aqueles inimigos dos super-heróis, exageradamente diabólicos - ler diálogo inicial no ínicio do post para perceber o que estou a dizer). E para o fabuloso vilão temos de agradecer a Phillip Seymour Hoffman, que se diverte como ninguém neste filme.
E depois claro vêm as más. E são em abundância, com particular destaque para um dos piores finais dos últimos tempos, para um blockbuster. Esses finais eram apropriados nos finais dos anos 40 e 50 e não agora. Depois temos os (previsiveis) "twists" da história em que ninguém é o que parece. Temos ainda uma luta corpo a corpo entre Ethan Hunt (Cruise) e Owen Davian (Hoffman), que era escusada. As torturas "light" inflingidas por Hoffman, deveriam ser mais hard-core. A música do final de Kanye West, é uma verdadeira desilusão (wake up mr West, pelo menos até ao próximo album). O vilão ridículo que surge no final do filme. Todos os actores em piloto automático à espera de levantar o cheque. As missões bocejantes e nada impossíveis. E acho que fico por aqui.
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Mais uma vez, Cruise quis ter tudo perfeito no seu filme e acabou por fazer asneira. Fincher e Carnahan não aguentaram e o J.J Abrams já deve estar arrependido de o ter feito. Conclusão. Se és um realizador com ideias e com vontade de contar uma história, e se algum dia Tom Cruise decidir-te telefonar para realizar o Missão Impossível 9 - A Reforma, o melhor é mesmo dizer "Isso é uma missão impossível senhor Cruise. Este telefone irá auto-desligar-se em 5 s. 1,2, biiiiiiiiiiiii....
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Ps: Existe uma probabilidade muito baixa de tal acontecer e por isso o autor deste blog não assume qualquer responsabilidade se tal não acontecer.

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Nota do Filme - Missão Impossível 3 - 4/10

3 Comments:

Blogger hala_kazam said...

estavas á espera do quê?

:)

*beijos*

25 May, 2006

 
Blogger antonio_subtil said...

O filme é mauzinho. Não gosto de filmes de acção com histórias de amor pelo meio. As pessoas ficam estupidas com o amor, mas há limites. então o tipo mete-se no carro com a pata e bebe um soporifero? Por acaso não lhe ocorria que podesse ser morto bem como á namorada e ainda ficar sem a pata?

não é verosímel, é apenas mau argumento

25 May, 2006

 
Anonymous Anonymous said...

hala-kazaam: De algo melhor quando soube que o J.J. estava a bordo.
Paciência...
Beijo

Subtil: E pior que isso Subtil, é o final todos aos beijinhos e abraços e viveram felizes para sempre...Arghhh

Abraço

26 May, 2006

 

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