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Monday, June 05, 2006

Crítica de Cinema - O Código Da Vinci

"The Holy Grail 'neath ancient Rosslyn waits/ The blade and chalice watch o'er her gates/ Adourned by masters loving art she lies/ As she rests beneath the stary skies."

O primeiro sinal que o filme me foi totalmente indiferente, é que estou à frente do monitor à cerca de 20 minutos para pensar o que irei escrever na crítica. É que não faço a mínima ideia. Vou optar por falar um pouco da história por detrás do filme. Sim, porque se leste o livro, o filme será uma profunda perda de tempo. E são cerca de 2h30 da nossa vida que desaparecem, sem deixar rasto.

A história segue os passos do criptologista Robert Langdon, que se encontra em Paris numa conferência sobre o Sagrado Feminino e os símbolos que o representam. Após a sua apresentação é contactado para ajudar numa investigação policial sobre o assassínio de um importante museologista que trabalha no Louvre, Jacques Sauniere. Ao chegar ao Louvre apercebe-se que o assassínio está envolto num mistério que tem muito para contar. Enquanto é interrogado pelo capitão Bezu Fache, chega ao local do crime a investigadora Sophie Neveu, que o avisa que ele é o principal suspeito da morte de Sauniere. E a busca da sua inocência e do mistério envolto neste assassínio começa aí.

Onde falha o filme? Na adaptação de um dos livros mais famosos não há a coragem de fazer mais do que adaptá-lo fielmente. É apenas delineada uma história tirada a preceito do livro e não permitindo qualquer ideia cinematográfica. E quando não existem ideias de cinema estamos na presença do seu parente pobre, o telefilme.
Por ter achado o filme indiferente e penoso de assistir, tenho recebido algumas críticas de pessoas que adoraram o filme e para isso só tenho uma defesa. Quem está habituado a ir ,pelo menos, uma vez por semana ver cinema, começa a ser muito fácil distinguir os impostores do verdadeiro cinema. E desculpem-me a expressão mas este é um dos impostores.
Ron Howard é o chamado realizador certinho, não comete nenhum erro de palmatória mas também não inova. As únicas ideias de sua autoria (cenas de "flashback" de tempos antigos) não têm o impacto desejado. São meros "inserts" nos filmes. Depois de ter subido na minha consideração com o seu último "Cinderella Man" volta a descer para os patamares de tarefeiro competente. E isso não tem nada de mais. Nem todos podem ser Eastwood, Scorsese ou Spielberg. Apenas nota positiva para a cena de flagelação de Silas, muito bem filmada.
Para desanuviar vou dar algumas boas notícias, Sir Ian Mckellen (Sir Leigh Teabing), tem uma perfomance de grande qualidade. Obviamente não é o seu melhor trabalho mas dá aquele travo britânico que a sua personagem bem precisa. Paul Bettany, no papel de vingador albino Silas, tem uma actuação esforçada e que reflecte os conflitos internos da sua personagem. Os "flashback" da sua vida anterior eram escusados, uma vez que o seu olhar transporta essa mágoa em cada "frame".
Os restante fazem apenas o suficiente para um qualquer telefilme, neste caso muito bem pago. Tom Hanks é indiferente o filme todo, Audrey tatou recebe úma notícia "bombástica" (todos sabemos qual é), como se tivesse esquecido de trazer a margarina do supermercado e os restantes não passam de meros adornos em toda esta trama.

E por isso digo com a boca cheia. Uma perfeita desilusão, principalmente para quem está habituado a ver muitos filmes por ano. Acreditem, se leram o livro isto não vai valer a pena. Para quem não conhece o livro e/ou quer passar 2h30 num cinema a ver um telefilme de uma qualquer televisão generalista, acreditem que vai passar um bom bocado.
Aqui, definitivamente, não mora o cinema.

Nota do Filme - O Código Da Vinci - 4/10

2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Embora nao seja nenhuma especialista no que diz respeito a 7 arte, concordo contigo, o filme foi uma pequena desilusao e olha que me arrependoi de ter tido a infeliz idea de o ir ver, pois ir ao cinema em terras niponicas e bastante caro...(ronda 12.5 a 15 euros)

Beijinhos distantes

16 June, 2006

 
Anonymous Anonymous said...

Nem mais.

Foi uma grande desilusão.
E se pagasse 15 euros por um bilhete de cinema, ainda ficaria mais enervado. Nesse caso baixa para as 2 estrelas...Arghhh

16 June, 2006

 

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