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Tuesday, August 22, 2006

Crítica de Cinema - Eu, Tu e Todos os que Conhecemos

Em Demasia, Enjoa "Say, "You poop into my butt hole and I poop into your butt hole... back and forth... forever."
.
Depois de ler esta frase e principalmente depois de a ouvir no cinema, o que até então era suportável e com um feel "indie" deixa de ser engraçado. E começa verdadeiramente a descambar. E se eu disser que é dito por um míudo com 3 anos? Exactamente, concordam comigo.
O filme acompanha a vida de Christine, artista plástica (curiosamente como é na vida real) que para sobreviver trabalha numa empresa de táxis para idosos e Richard, um recém divorciado que tenta ainda adaptar-se à sua situação e ao mesmo tempo tentar uma ligação com os seus dois filhos. A solidão une Christine, Richard e todas as outras personagens que fazem parte da sua vida.
Miranda July tenta dar um "feel" indie a um filme que vem a reboque do que eu gosto de chamar o filão "Magnolia" mas sem a qualidade de realização de Pt. Anderson, nem sequer com o seu faro para tornar o que é estranho, no que é familiar. Não é toda a gente que consegue tornar uma chuva de sapos na coisa mais normal do mundo. E é aí que Miranda July falha. Como artista plástica multifacetada tenta abarcar o cinema no seu mundo artístico. Mas esse ainda precisa claramente de muito treino.
Existem duas "teenager" que discutem sobre quem faz o melhor "Blow Job", míudos de 3 anos a falar em chats de internet com conversas absolutamente ridículas. Pessoas que se afastam ou aproximam umas das outras sem razão aparente. Enfim, uma confusão dos diabos. Com excepção de John Hawkes - ainda recentemente visto num pequeno papel no Miami Vice (no papel de Richard) torna-se até constrangedor vê-los no grande ecrã. Os mais novos são péssimos actores sem qualquer expressividade e todos os secundários parecem ter sido descobertos na rua e chamados para actuar no filme.
Existem uns bons momentos que me permitem dar outra perspectiva ao filme que não de um zero absoluto como o bom final encontrado para a história principal, ou a cena em que o fogo é o actor principal (realmente surpreendente).
Posso estar a ser um pouco exagerado mas este filme testou-me a paciência. Este nem aconselhado para fãs "hardcore" de filmes indie. Há quem goste, eu não fui um deles. Tem o seu momento de ouro que me permite dizer que não foi tempo totalmente perdido mas não deixa de ser de qualidade inferior. Volta P.T. Anderson, fazes falta.
Nota do Filme - Eu, Tu e Todos os que Conhecemos - 4/10

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Estas visivelmente muito habituado ao que chamamos "cinema barato", "americanada", clichés, melodramatismos, quimeras infantis. Há que saber o que é o verdadeiro cinema. Aquilo a que os americanos de maneira tão irrisória chamam "underground cinema". Mas não te julgo, todos sabemos que os bons filmes não aparecem em cartaz ou não são para serem vistos a cinco euros de pacotes de pipocas na mão.

07 November, 2007

 

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