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Wednesday, October 26, 2005

Crítica de Cinema - "O Castelo Andante"

Sempre tive um fraco pela língua japonesa.
Isto desde o tempo que vi o meu primeiro filme de samurais e fiquei “vidrado” nessa cultura oriental uníca e mágnifica.
Por isso quando estreia um filme japonês (que não são tantos quanto isso e é japonês não chinês, coreano, tailandês ou qualquer outra língua oriental) não o posso perder.
Ao longo dos ultímos tempos tem sido basicamente Takeshi Kitano ou Hayao Myazaki (Com um Takashi Miike a aparecer agora). A escolha entre estes dois caí claramente em Myazaki desde que vi o “Princess Mononoke”.

Voltando ao “Castelo Andante”, a história acompanha a vida de Sophie, uma típica adolescente de 18 anos, que vê a sua vida virada do avesso quando se cruza acidentalmente com o misterioso mas belo feiticeiro Howl. Consequentemente é transformada numa mulher de 90 anos pela vaidosa e perversa Bruxa do Desperdício (quem tem um final verdadeiramente decadente). Ao embarcar numa incrível odisseia para quebrar a maldição, Sophie encontra refúgio no castelo andante de Howl onde conhece Markl, o aprendiz de Howl, e um impetuoso demónio de fogo, Calcifer (a personagem mais bem conseguida do filme). O amor e o apoio de Sophie vão ter um enorme impacto em Howl, que, em tempo de guerra, vai arriscar a sua vida para ajudar a trazer paz ao reino.

É a clássica “Love Story”. Paixão à primeira vista. E no fim…Bem isso não vou contar.
É uma fábula anti-militarística e esse vê-se em vários pormenores ao longo do filme. Em relação à guerra no Iraque? Talvez mas daí nada se depreende. De destacar ainda o Calcifer (o demónio de fogo) que é amoroso e ao mesmo tempo ameaçador. Acima de tudo a voz original, do mesmo, é hilariante. Bastava falar e partia-me a rir
Ouvi dizer que disseram a Myazaki que o filme lhes fazia lembrar a Heidi. Bem, só se fosse por causa das imagens de montanha que por vezes surgiam. Por isso senhor Myazaki não arrume ainda as botas e continue a deliciar-nos com a sua visão uníca do cinema de animação no panorama mundial.
Este ultímo recado é para a Disney (que extinguiu o departamento de animação tradicional). Não é o tipo de animação que faz um grande filme de animação. É a imaginação, um bom argumento e muita alma.
Myazaki tem isso tudo.

Nota do Filme - "O Castelo Andante" (Howl´s Moving Castle) - 7/10

3 Comments:

Blogger Francisco Mendes said...

“Hauru no ugoku shiro” acolhe uma mensagem anti-guerra numa utópica visão de um mundo calamitoso e funciona como uma arguta e maravilhosa parábola sobre o amadurecimento, sobre como lidar com as respectivas vantagens e desvantagens que nos torna indivíduos.

Um Abraço!

26 October, 2005

 
Anonymous Anonymous said...

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20 February, 2010

 
Anonymous Anonymous said...

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21 February, 2010

 

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