Crítica de Cinema - Uma Família à beira de um Ataque de Nervos

Em Território "Indie"

"Are you kidding me? It was a fucking paradise. They got pool... They got golf... Now I'm stuck with Mr. Happy here, sleeping on a fucking sofa. Look, I know you are a homo and all, but maybe you can appreciate this. You go to one of those places, there's four women for every guy. Can you imagine what that's like?"

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Exactamente. Nao poderia ter dito de melhor maneira. Este e o tipo de filme impossivel de descrever, unico, com boas ideias, mas do qual temos alguma sensacao de deja-vu.

E o filme so se aguenta enquanto tem Alan Arkin, no papel de avo heroinamo. Realmente uma personagem de antologia.

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O Filme acompanha a viagem de uma familia numa VW, amarela, estilo anos 60, tendo como destino final, um concurso de beleza, que tem tudo menos beleza. So mesmo visto, porque a descricao nao mostra o quanto estranho e aquele momento. E que no fundo no filme, e a catarse, o climax, de todos os protagonistas. E que protagonistas. Temos, do mais novo para o mais velho, a miuda mais novo, viciada em concurso de belezas acabando no entanto por ser a mais normal. Depois, o seu irmao, um nihilista, leitor de Nietszche, com voto de silencio, a seguir o tio, maior especialista de Proust americano, gay e com tendencias suicidas. A mae, neurotica, ma cozinheira, a tentar manter unida a familia mas sem nunca o conseguir. O pai, um motivador, que divide o mundo em falhados e pessoas de sucesso, sendo que ele esta na parte dos falhados.

Poderia haver familia mais indie.

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Na primeira meia hora o filme flui como uma comedia, de boa qualidade e com aquele travo amargo indie. Depois cai a pique e termina naquele cena perfeitamente hedionda do concurso de misses infantis. Parecem bonecas. A serio sem comentarios. Sao mesmo americanices.

Para apreciadores da onda indie Americana e pouco mais.

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Nota do Filme - Uma Família à Beira de um Ataque de Nervos - 6/10