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Wednesday, October 11, 2006

Crítica de Cinema - Super-Homem - O Regresso

Homenagem ao Original
"Live as one of them, Kal-El, to discover where your strength and your power are needed. Always hold in your heart the pride of your special heritage. They can be a great people, Kal-El, they wish to be. They only lack the light to show the way. For this reason above all, their capacity for good, I have sent them you... my only son."
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Bryan Singer é fã do filme original. E isso nota-se em cada imagem e plano do filme. As homenagens sucedem-se e o talento de Singer para filmar uma boa história é também notável. O problema é que se esqueceu que isto é um filme de super-heróis e é preciso acção. E foi por isso que o filme não teve o sucesso merecido para a sua qualidade cinematográfica. Falta a emoção, a tensão. Fica a homenagem mas não o título de melhor filme de super-heróis. Faltou um bocadinho assim (notar gesto de mãos bastante pequeno, hehe).
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O filme acompanha o regresso do Super-Homem à terra após uma ausência de 5 anos em busca da sua identidade e do seu planeta de origem. Ao regressar apercebe-se que nem tudo está como quando deixou o planeta terra. O mundo precisa do Super-Homem e é acolhido de braços abertos por todos menos pelos criminosos, com Lex Luthor (arqui-rival eterno) à cabeça e pela pessoa que menos esperava, a sua amada Lois Lane, agora com um filho e novo amor.
Para compôr o "ramalhete" Lois Lane ganhou um Pulitzer com um artigo intitulado "Porque o mundo não precisa do Super-Homem". E o conflito está lançado.
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O Super-Homem tinha descido muito baixo na 3ª e 4ª sequela e era preciso recuperar o seu prestígio. Após uma carrada de anos num limbo do faz não faz, finalmente Bryan Singer é adoptado como homem para levar o filme a bom porto e esta selecção acaba por ser bastante feliz, pelo menos para os eternos fãs (mas a versão de Burton seria concerteza uma surpresa muito maior e mais agradável para cinéfilos como eu, foi pena ter sido afastado). Quem ficou a perder foi o espectador comum. Carregado de diálogo, angústia, lutas de poder, afirmação, sentimentos profundos e tudo menos o que Super-Homem faz melhor que todos. Salvar o dia. Apenas na cena do desastre de avião se nota alguma emoção, mas sem nunca deslumbrar por aí além (basta lembrar o também recente Spider-Man 2 e fazer comparações em nível de emoção). Os planos homenagem estão lá, o amor está lá mas falta o que faz uma pessoa ir ver um "blockbuster" de Verão. Emoção e adrenalina. E foi aí que o "Super-Homem - O Regresso" não foi o filme que todos queriamos e que o traria de novo para o trono dos super-heróis. Neste caso continua ocupado pelo eterno "Homem Aranha" e que possivelmente verá o seu reino aumentado com a 3ª sequela que aí vem.
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Haverá segunda oportunidade para isto ser alterado? Talvez sim, talvez não (os custos foram muito elevados e os lucros nem por isso).
Esperemos que sim. Por enquanto terá de se contentar com o trono dos sentimentos. O próprio plano final o evoca. E a sequela está prometida. Para Lois Lane, filho e acima de tudo para o Super-Homem.
Seja bemvindo.
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Nota do Filme - Super-Homem - O Regresso - 6/10

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