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Thursday, February 09, 2006

Estreias da Semana - 9 de Fevereiro

Seis filmes, nem mais nem menos. A não ser que as distribuidoras decidam ter retirado um deles de estreia nas ultímas 24 horas.
Pouco provável mas já aconteceu, num passado próximo.

E haverá alguma coisa de jeito?
É escolher entre:
- Um filme sobre "cowboys gays" (parece que não gostam desta designação)
- Um filme de risco para Pacino (quando é que fazes um filme de jeito?)
- Um filme sobre...esqueci-me
- Um filme que acerta ao lado
- Um filme sobre a mais velha tentação da mulher do vizinho
- Um filme que, dizem por aí, pouco vale

O Segredo de Brokeback Mountain (Brokeback Mountain) - Aí esta uma coisa que parece estar a entrar na moda. Acrescentar uma palavra a um título que era mais que suficiente. O Segredo? Já toda a gente sabe qual é o segredo por isso não é nenhum segredo certo? Alguém não sabe do que trata o filme? Bem me parecia...
Filme realizado por Ang Lee (o eterno incompreendido) com Heath Ledger (por quem eu não dava um tostão furado mas afinal...), Jake Gyllenhaal, Michelle Williams e Anne Hathaway(ambas no papel de verdadeira mulher decorativa).

Wyoming, 1963. Ennis Del Mar e Jack Twist conhecem-se quando procuram emprego no rancho de Joe Aguirre. Ambos parecem ter certezas quanto ao que querem da vida - um emprego estável, um casamento feliz e uma família. Mas quando Aguirre destaca Ennis e Jack para trabalharem na remota região de Brokeback Mountain, os dois jovens sentem-se unidos por uma força maior, que resulta numa relação de camaradagem e intimidade profunda - já lhe vi chamar muita coisa, agora camaradagem (É um tema sensível mas ao menos chamem-o pelo nome - Amor Gay).

Vencedor do grande prémio de Veneza, 4 Globos de Ouro no papo e nomeação para oito Óscares. O seu currículo fala por si. Se ainda dúvidas houvesse do seu valor vão dissipando-se aos poucos.
Ang Lee, todos sabem, é um virtuoso como realizador. Fez de "Hulk", um filme tão pessoal como qualquer um(apesar dos imensos detractores nos quais não me incluo) dos seus como o belíssimo "O Tigre e o Dragão".
Era a pessoa ideal para pegar nesta história e dar-lhe uma sensibilidade que só ele poderia. Porque o tema é verdadeiramente escorregadio e daqui poderia sair a coisa mais pirosa possível. O que saiu, uma tragédia à boa maneira grega.
À dois meses atrás, achava que era um daqueles filmes que só era falado devido ao tema escolhido. O Amor gay. Cada vez mais essa dúvida se dissipa.
Se és homem ou mulher, então tens de ir ver. Senão não te podes chamar isso. E por vezes é bom estar desconfortável...

Aposta de Risco (2 for the Money) - Desculpem lá, mas quando o realizador de um filme tem no nome D.J. não sei porque não me agrada muito. E não, não tenho nada contra os Dj´s. Apenas acho que se devem ficar pela música. Isto cheira, ou melhor, tresanda a thrilher de pacotilha. Até parece que tem Pacino em piloto automático.
Realizado pelo já citado D.J. Caruso com Al Pacino (por favor não te enterres mais - é triste assistir), Matthew McCounaghey e Rene Russo.

Matthew McConaughey é Brandon Lang, uma ex-estrela de futebol universitário, cuja misteriosa capacidade para prever resultados de jogos o conduz a uma inesperada nova carreira quando um acidente põe fim às suas glórias futebolísticas. Os talentos de Brandon fazem dele o candidato ideal para ser recrutado por Walter Abrams (Al Pacino), o número um de uma das maiores empresas de consultores desportivos do país. Walter contrata o ex-atleta e Brandon rapidamente se transforma no seu braço direito, num "golden boy". Até que a intuição de Brandon começa a falhar e Walter começa a ultrapassar os seus limites.

O Pacino está a querer seguir o caminho do dinheiro. O mesmo que De Niro tem seguido. Resultados práticos. É penoso ver este tipo de "lendas" do cinema misturados com o D.J.
Estou a ser preconceituoso? Talvez. A não dar a devida oportunidade ao filme? É provável. Acham que já estou a gastar muita tecla com este filme? De certeza absoluta.
Ohhhhh, Tarantino. Vê lá se pegas no Pacino. Está a precisar.

A Caixa Negra (Le Boîte Noire) - Isto faz lembrar um avião. Mas no entanto considero-o um dos títulos mais interessantes dos ultímos tempos. Amnésia. um tema recorrente do cinema, mais uma vez aqui explanado.
Filme realizado por Richard Berry com José Garcia (o homem não para), Marion Cottilard e Michel Duchaussoy.

Após um acidente de automóvel, Arthur entra em coma. Durante o delírio, diz frases incoerentes vindas directamente do seu inconsciente, que uma enfermeira aponta num caderno. Quando acorda, Arthur tem de enfrentar um estranho enigma: o que fazia ele naquela estrada perto de Cherbourg? Será que as frases que a enfermeira apontou o vão ajudar a descobrir a resposta?

É como uma caixa negra de um avião. Toda a informação está lá. Mas por vezes não se encontra. Obviamente, que o cérebro humano é uma máquina bem mais complexa. Por vezes não nos queremos lembrar. Mas tudo acaba por vir ao de cima. José Garcia, presença constante nas nossas salas de cinema (só o ano passado foram os quantos) inaugura mais um na sua longa lista de colaborações no cinema. Um filme desconhecido mas às vezes acerta-se em verdadeiras gemas. Quem sabe?

Tiros Certeiros (Dead Fish) - O primeiro tiro é logo ao lado, com este título infeliz. Sim, porque vemos o resumo do filme e pensamos logo em tiros certeiros. Para quem pense que só falo mal, por vezes também digo o contrário. Mas neste caso é impossível.
Filme realizado por Charley Stadler com Gary Oldman, Robert Carlyle e Elena Anaya.

Há dias que decididamente começam mal. Quando acorda, Abe, um humilde cortador de chaves, nem pode imaginar o que lhe está quase a acontecer... A namorada vai dizer-lhe que está grávida e vai partir para Madrid e o cobrador Danny vai exigir que Abe lhe pague tudo o que deve no prazo de 24 horas...... E como se isso não fosse suficiente, Abe troca de telemóvel com um assassino, torna-se num alvo a abater e é-lhe dado um contrato para matar... Abe vai ter de aguentar até ao fim do dia, sem ser morto nem matar, ganhar dinheiro suficiente para pagar as dívidas e tentar não perder a mulher que ama.

Este filme faz-me lembrar o argumento de um filme de Guy Ritchie nos seus bons velhos tempos. E sem dúvida, a confusão e o azar são os melhores ingredientes para fazer um bom thriller. Será que ele é feito?
A informação também não é muita. Dado a ser um filme britânico já deveria ter passado pelas páginas da Empire, mas não me recordo, sinceramente. Mais um daqueles filmes que passam nas nossas salas sem glória. Os poucos que os vêm, esquecem rapidamente.

Pecado Capital (Derailed) - É mesmo a mais velha história do mundo. A mulher do vizinho é melhor que a minha. Já Moisés dizia, não praticarás Adultério. Continuamos a fazer orelhas moucas disso. E pronto, aqui está um título, bem mais inteligente do que uma tradução literal que soaria a Descarrilado. Parabéns pela escolha
Filme realizado por Mikael Hafstrom com Clive Owen, Jennifer Aniston e Vincent Cassell.

Quando perde o comboio que apanha todos os dias para ir para o trabalho, o publicitário Charles Schine (Clive Owen) repara em Lucinda Harris (Jennifer Aniston). Apesar de serem ambos casados, um dia a conversa transforma-se numa noite apaixonada. Mas, subitamente, aparece um estranho nas suas vidas que ameaça denunciá-los e os arrasta para um jogo perigoso e violento.

Não sei porque este parece ser um filme de ressaca. não sei se foi rodado antes do caso Brangelina (Aniston era casada com Pitt) e que ela diz. Eu traí-te também. parece um recadinho ou é só impressão? Talvez seja.
Uma coisa de que este filme está cheio é de coisas mais velhas que o próprio mundo. Pecado, Adultério, Chantagem, vingança... Mais parece um filme dos tempos das cortes, dos romanos ou mesmo dos homens das cavernas.
A história é sempre a mesma. Não estão já cansados?

Dizem por aí... (Rumor has it...) - Ora aqui está a verdadeira tradução à letra. Até tem reticências e tudo como no título original. Mais um trabalho bem feito.
Filme realizado por Rob Reiner com Jennifer Aniston, Kevin Costner, Shirley MacLaine e Mark Ruffalo.

Sarah Huttinger (Jennifer Aniston) está completamente fora de si. Finalmente, concordou casar com o namorado, Jeff (Mark Ruffalo), mas o casamento nunca esteve nos seus planos de vida. E agora a irmã, Annie (Mena Suvari), decidiu casar-se e Sarah vai a caminho de Pasadena, o que significa passar muito tempo com a sua família obcecada com o ténis. É então que Sarah tropeça num segredo de família e começa a questionar as suas origens.

E é o numero dois para Aniston só numa semana. Parece que ser mulher do Pitt, ocupava muito tempo. Agora é vê-los a sair. Isto faz-me lembrar os tempos quando Cruise e Kidman se separaram.
Isto é obviamente mais um filme de ressaca. Os rumores Brangelina mais uma vez, que afinal eram mesmo verdade...É assim a vida.
Não sei porquê mas estou a transformar isto nas páginas de uma qualquer Lux, ou mesmo Nova Gente (estou a descer fundo...)
Dizem por aí..., que este filme não vale nada e é uma verdadeira perda de tempo. Os rumores valem o que valem. Este é pago a preço de ouro. Vão por mim...

Esta semana a recomendação é muito simples, dado o completo desconhecimento de alguns filmes e rumores que os outros nada valem entaõ só me resta dizer duas palavras "Brokeback Mountain".

Até para a semana.

3 Comments:

Blogger Avó do Miau said...

Gostaria de vos convidar a visitarem os meus blogs!
Espero que gostem como eu gostei deste, até porque adoro filmes!
Beijinhos

09 February, 2006

 
Anonymous Anonymous said...

Muito obrigado pelo elogio senhora doutora e sim já visitei ambos...

Não são bem os assuntos que mais me interessam mas pareceram-me bastante competentes e eficazes na temática abordada

14 February, 2006

 
Anonymous Anonymous said...

Já tive uma discussão com outro blogger o Franscisco Mendes em que disse que o gostar de um filme depende em grande parte da nossa vivência pessoal.

Por isso mesmo não percebo como toda a gente pode gostar do mesmo filme. É absolutamente impossível.

Até parece que era obrigatório dar cinco estrelas ao "Leopardo" ou noutro caso ao "Aurora"...

Basta olhar para as críticas do ultímos anos. Existe assim algum filme consensual (O "Million Dollar Baby" foi o que ficou mas perto mas noa foi corrido a 5 estrelas - se calhar daqui a 30 anos é corrido a cinco estrelas).
Mas no entanto não deixou de se fazer cinema bom ou mesmo excelente...

Estás a perceber a minha ideia??

Simplesmente não percebo. às vezes até parece que não viram o filme...apenas vão com a corrente, para fazer parte do grupo...

15 February, 2006

 

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