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Thursday, May 18, 2006

Estreias da Semana - 18 de Maio

Por muito que se tente evitar ele não nos deixa. Deixem o pobre homem descansar em paz. Deve andar a dar voltas no tumulo ou então deve estar a divertir-se com todo o circo mediático à volta dele.
Sim, esta semana estreia o filme de um dos livros mais polémicos dos últimos tempos. Sou católico e admito que o livro não me escandalizou. E digo porque. É uma obra de ficção com o intuito de divertir e distrair da rotina diária e nisso foi eficaz. Não foi o livro da minha vida mas foi um livro bastante agradável com muita aventura, mistério e algumas reviravoltas surpreendentes. O segredo é não levar as coisas a sério. Por isso não se chateiem. A vida são só dois dias.

Além do Código temos mais outros quatro filmes, que claro serão eclipsados por este filme com maior "appeal". Mas também sei que dali não vai sair grande filme. Não vale a pena ir muito entusiasmado. Afinal foi realizado por Ron Howard e polémica não é o seu forte. Prevejo um divertimento leve e pouco mais.

Esta semana temos:
- Um filme polémico mas convencional (aposto)
- Um filme polémico de futebol(Não era penálti!!!!)
- Um filme polémico sobre o poder
- Um filme polémico de terror
- Um filme polémico de Larry Clark (duhhh!!!!)

Ps: Alguns destes filmes podem não ser polémicos e o autor deste blog não se responsabiliza por danos provenientes de sugestões neste post.

O Código Da Vinci (The Da Vinci Code) - Pois é. Chegou. Era só uma questão de tempo para isto acontecer. O que dá dinheiro tem de ser adaptado a todos os formatos possíveis. Se vem dos livros é jogos e filmes. Se vem de outro lado é vice-versa. O jogo também já existe? Se não existe, vai existir. Money is sweet in Holywood.
Filme realizado por Ron Howard ( a única de jeito que fez foi a filha Bryce, ahhh e o "Cinderella Man" até se via) com Tom Hanks (com o penteado mais rídiculo dos últimos tempos no cinema), Audrey Tatou (ohhh lá lá), Jean Reno e Sir Ian Mckellen (o respeitinho é bonito se faz favor- este é outro que não para. Para a semana há mais um).

Totalmente envolto em mistério - só foi visto pela primeira vez no Festival de Cannes (ou seja ontem), na véspera da estreia mundial -, "O Código da Vinci" já começou a incendiar multidões. A grande polémica deve-se ao tema do livro: a Igreja terá escondido até hoje que Jesus e Maria Madalena casaram e tiveram um filho. Um crime no Louvre, em Paris, e algumas pistas nos quadros de Da Vinci conduzem à descoberta de um mistério religioso, protegido por uma sociedade secreta durante mais de dois mil anos. Estas descobertas abalarão os pilares do Cristianismo (dificilmente...).

Foi recebido com risos inapropriados e uma vaia monumental pelos críticos que se deslocaram à croisette. Por acaso já estou a ver os críticos do Y e da 6ª a levantar-se escandalizadas e a dizer que é uma afronta para o cinema. Vai ser corrido a uma e duas estrelas no máximo.
Eu só peço uma coisa. Que seja bem melhor que o M:I:3. Aquilo foi mau demais para ser verdade. Eu pensei mesmo que aquelas críticas eram as habituais de um blockbuster mas realmente fiquei espantado com a fraca qualidade. Ou isto poderá significar que me estou a transformar num Y maníaco?
Voltando ao Código, eu digo. Não levam esperanças de ver um grande filme. Se lêm o Y ou são anti-blockbusters não é este que vos vai mudar a opinião.
Eu vou tirar a prova dos nove. Mas vou já com um pé atrás para não sair desiludido mas ao menos divertido.

O Maior Penalty do Mundo (El Penalty Más Largo del Mundo) - Será que é este? Os filmes de futebol costumam ser todos muito fraquinhos. Até agora não houve nenhum que se aproveite. Será este ou temos de esperar por Jafar Pahani com o seu filme sobre a polémica das mulheres no futebol do Irão?

Fernando é um homem fracassado, que trabalha num supermercado e que nos tempos livres é guarda-redes suplente na equipa de futebol da terceira liga. Durante todo o campeonato não jogou um único minuto, mas no último jogo, o guarda-redes lesiona-se antes de um penalty e Fernando vai ter de defender a baliza da sua equipa. Como o campo é invadido, o jogo é adiado uma semana. Nesse período, Fernando passa de um zé-ninguém a uma herói local. Mas será que vai conseguir defender o penalty?

Isto parece interessante. Não é propriamente sobre o jogo mas sobre um dos seus momentos que levanta mais polémica. Um penálti. Pode levar a equipa do nosso coração à vitória mas o contrário também poderia acontecer. E ser derrotado no último minuto do prolongamento é a coisa mais frustante para um adepto de futebol, tenha ele acontecido ou não. Daí a polémica.
Por muito que a tecnologia, um dia, possa impedir de injustiças por penaltis mal assinalados, a polémica nunca irá terminar enquanto houver adeptos fanáticos. E isso é algo eterno com ou sem tecnologia. Há de haver sempre uma desculpa para dizer que não foi penálti.
Este filme abriu o apetite. Agora, onde é que vai estrear? Valerá a pena? A isso já não sei responder.

A Comédia do Poder (La Comédie du Pouvoir) - Uma lenda do cinema Francês está de volta. Admito que nunca vi nenhum filme seu mas nunca digo nunca seja a que realizador for. Até já estou a considerar ver o Ed Wood por isso, o nome fala por si. Ou mesmo o Uwe Boll (nahhhh esse ainda não...). Atenção, não estou a fazer qualquer tipo de comparação entre Wood, Boll e Chabrol. São níveis bem distintos, que fique bem claro.
Filme realizado por Claude Chabrol com Isabelle Hupert, Francois Berléand e Patrick Bruel.

Jeanne Charmant Killman, juíza de instrução, é responsável pela investigação de um complicado processo de peculato e desvio de fundos, envolvendo o presidente de um importante grupo empresarial. À medida que as suas investigações avançam, ela compreende os limites da sua autoridade. Quanto mais aprofunda os segredos, mais os meios de pressão aumentam, enquanto a sua vida privada vai sendo ameaçada. Rapidamente se colocam duas questões fundamentais: até onde pode ir o seu poder sem que este entre em conflito com um poder maior que o seu? Até onde pode a natureza humana resistir à atracção desse poder?

Ainda estou dominado pela lei de Holywood e por isso conhecer estes filmes de outras proveniências é um pouco díficil. Mas acreditem que sou um dos que tentam explorar novas cinematografias. As informações sobre todo o lado menos Holywood são dificéis de encontrar, daí a minha ignorância.
Como o meu francês não é dos melhores tenho dificuldades com a Cahiers du Cinema mas já me cultivei algumas vezes. Agora demoro cerca de dois meses a ler uma e depois os filmes já estão desactualizadas. Alguém sabe de alguma revista em inglês que fale de outros filmes. É que Empire e premiere é só holywood.
Voltando ao Chabrol, estamos a falar de um realizador de peso e pelos vistos daqueles que sabe o que faz. Só que eu não sei o que ele faz. O próximo francês que aposto é o Ozon para a semana e por isso ainda não é desta que vejo Chabrol.

No Limiar da Verdade (Half-Light) - O quê? Donde saiu este? De origem alemã e inglesa e com Demi Moore? Deste não estava eu espera. Acho que o resto do mundo pensa o mesmo.
Filme realizado por Craig Rosenberg com Demi Moore, Therese Bradley e James Cosmo

Rachel Carlson (Demi Moore) é uma famosa escritora que fica devastada quando o seu filho de sete anos se afoga na sua casa. Um ano depois, continua demasiado perturbada para escrever e o seu casamento também se desintegra. É então que a sua melhor amiga lhe arranja uma casa para alugar numa pequena vila na Escócia. À medida que se adapta à nova vida, Rachel envolve-se com o faroleiro que vive e trabalha na ilha deserta ao largo da costa. No entanto, quando parece que está a reconstruir a sua vida, começa a receber mensagens assustadoras do seu filho, que a mergulham num estado de loucura e sobrenatural.

Dizem que é um thriller mas eu vou mais para o terror. O que se passa? Primeiro foi a Calista Flockhart (mais conhecida por Ally) a fazer um thriller de origem europeia agora é a Demi Moore. É esta a nova moda de Holywood. Actrizes americanas desperadas por um bom papel emigram para fazer filmes de classe C , para assustar o pessoal europeu.
O problema é que não têm assustado nada.
E este, aposto não é excepção.

Wassup Rockers - Desafios da Rua - Não poderiam faltar um filme com um título em português à frente de um em Inglês. É que parolos um dia, parolos para sempre. É como os amigos.
Filme realizado por Larry Clark com jonathan e Milton Velasquez e Francisco Pedrasa (exacto mais uma cambada de desconhecidos).

Um grupo de adolescentes latinos,"skaters", são marginalizados no seu bairro, porque preferem o punk rock à cultura hip-hop ali dominante. Dez anos depois de "Kids", Larry Clark volta a olhar a adolescência.

Esta foi um pouco má. O homem não vê nada para além da adolescência neste ultimos dez anos. É sempre sobre adolescentes e muito sexo. O que é que eles querem?
Agora muda um pouco de estilo e fala de skaters e rockers. Mas o que rima com rockers? É drogas e sexo certo?
Chegamos lá. Para os fãs de Clark não vai faltar a palavra S. A palavra e muito mais.
Para os outros que nem por isso, vão se abster novamente. Mas só do filme.

Esta semana aconselho o "Código Da Vinci", não por esperar um grande filme mas porque é o filme do momento. E durante a próxima semana não se vai falar de outra coisa.

Ps: Nem eles parecem muito convencido após a visualização do filme.


Na parte do evitar vou para o "No Limiar da Verdade". O título é ridículo, tem a Demi Moore e...Acho que essas duas razões são suficientes. Ps: Imagem da fuga de Demi Moore das filmagens. Era mau de mais para ser verdade, ouviu-se no "set".

Até para a semana.

Boa Noite e Bons Filmes.

2 Comments:

Blogger antonio_subtil said...

Eu até gostei da máquina, um filme inglês sobre uma equipa de presidiários que jogam contra os policias.
Isto claro, para além do tsubasa!!!!

Quanto ao código lá estarei...

20 May, 2006

 
Anonymous Anonymous said...

Da máquina gostaste???

Bem, existem gostos para tudo...
Eu achei péssimo...

O Tsubasa é um clássico da animação e especialmente do futebol.Mas não do cinema.
Aí aquelas corridas intermináveis para a baliza que por vezes demoravam um episódio inteiro...e terminavam com um remate que não se sabia se entrava...

22 May, 2006

 

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