Estreias da Semana - 17 de Novembro
Hoje temos uma nova invasão de estreias. Exactamente são sete. A escolha é muita e variada ora vejam:
- Um filme sobre pássaros (não é de terror, não. - mas convém levar máscara para a sala), um filme de playboys, um filme estrelado, um filme muito ritmado, um filme português com uma ideia original (não é todos os dias - ao menos tentaram), um filme de tacos de golfe (sem o golfe) e um filme bronco (desta vez de motos).
Chicken Little - Será que este filme chega na melhor altura, em plena crise da gripe das aves? Acho que não poderia ter escolhido melhor altura. Filme de estreia da Disney, nestas lides da animação 3-D sem a mãozinha da PIXAR. E parece que até se dão bem, não perfeitos como na PIXAR mas bastante bem. Os bons resultados de bilheteira assim o dizem. Mas não nada como tirar a prova dos nove e ir ver pelos nossos próprios olhos.
Filme realizado por Mark DIndal com os talentos na voz de Zach Braff (quem não conhece a série "Scrubs"?Não? então conhece, é um espectáculo), Garry Marshall e Joan Cusack.
A história acompanha Little, CHicken Little.
Chicken Little, um pequeno pinto, causa o pânico geral quando, por engano, espalha a ideia que o céu vai cair. Desde então, Chicken Little está determinado a recuperar a sua reputação. Mas, quando a sua sorte parece estar a mudar e a vida a seguir o seu rumo, um bocado de céu cai mesmo em cima da cabeça de Chicken Little. O pequeno pinto e o seu grupo de amigos, Abby Patada (a Patinha Feia), Runt (o Vira Caixote) e o Peixe (Peixe Fora d´Água), vão tentar salvar o mundo, sem deixar, desta vez, toda a cidade em pânico.
Parece que a Disney mudou e acompanha a febre da animação 3-D. Eu continuo a achar que uma pessoa vai ver um filme de animação não por ser em 3-D mas por ter um grande argumento. Tanto que a fartura acaba por enjoar e só fica o que realmente interessa. É que actualmente o que há pouco é animação por bonecos (plasticina) ou tradicional. E a lei da oferta/procura vai começar a funcionar novamente. O ideal é mesmo haver um equilíbrio, mas actualmente há tudo menos isso.
Eu já avisei, isso vai acabar um dia. As minas de ouro acabam sempre por terminar, independentemente do seu tamanho.
Filme realizado por Mike Bigelow com Rob Schneider (não podia faltar, sendo o modelo ideal de um gigolo. Qué???), Eddy Griffin e Edwin Allofs. E claro montes de gajas boas europeias, que são muito mais porcas que o que temos em casa (isto falando dos E.U.A) que são umas puritanas. São umas completas devassas. Obviamente que nunca cá vieram...Mas prontos...
Deuce, um "gigolo", vai para a Europa. Entretanto o seu antigo chulo, T.J. Hicks, é apanhado numa rede de assassinos em Amesterdão. E, para ajudar um velho amigo a sair de uma situação perigosa, Deuce tem de voltar ao mundo obscuro da indústria do sexo. Mas as suas qualidades enquanto "gigolo" ainda deixam muito a desejar e o aspirante a Casanova vai para uma academia de "gigolos" na tentativa de alargar o seu repertório.
Para achar cenas mais estranhas do que as encontradas no Deuce Bigalow 1 deve ter sido díficil. Mas estamos a falar da Europa não é? Tudo pode acontecer. TUDO....
E pelo trailer têm mesmo a rédea solta. E devem continuar com aqueles clichés de que as mulheres cá não se depilam nas axilas e essas coisas muito engraçadas. Se gostas de rir das coisas mais estúpidas imagináveis e inimagináveis então este é o filme para vocês. Se têm a minha paciência para este tipo de comédias (cerca de 1 minuto nas televisões portuguesas antes de mudar de canal) não vale a pena. E além disso daqui a uns meses está a dar na TVI numa qualquer sessão de domingo à tarde. É Garantido. E essa minuto de céu...
A Ponte de São Luís Rei (The Bridge of San Luís Rey) - Pois é. Têm de admitir. Este elenco é verdadeiramente de luxo. De Niro, Bates, Keitel, Abrahm(f.Murray) e Byrne. Nada mau. Realizado por Mary Mcguckian, foi no entanto um gigantesco flop. Dos 24 milhões que custou ainda só deu 1,5 milhões o que é bastante preocupante considerando que nos E.U.A. fez apenas 40000 doláres. Sim dólares. Mas perguntam vocês, o dinheiro é tudo. Não. Mas quando a crítica é unânime a dizer que algo não está bem só pode siginificar desastre. O filme é uma adaptação do romance homónimo de Thornton Wilder, vencedor do prémio Pulitzer em 1928. Mas isso não o safou do desastre.
Dos bordéis e teatros da Lima do século XVIII à majestosa corte real espanhola, dos palácios dos arcebispos peruanos às missões da Inquisição de Madrid e dos santuários incas das elevadas vilas dos Andes aos desfiladeiros da costa americana, esta é uma história de oportunidades. Cinco viajantes, aparentemente sem qualquer ligação entre si, acabam unidos num mesmo destino. Cinco pessoas que, por diferentes razões, atravessavam a Ponte de São Luís Rei quando, ao meio-dia do fatídico dia 20 de Julho de 1714, esta desabou precipitando-os para a morte. Terá sido o destino ou a mão de Deus que os juntou naquela data fatal, naquele sítio e àquela hora? Ou terão sido eles, de alguma forma, responsáveis pelo que lhes aconteceu?
Lendo isto o tema do filme é claro. Crítica à Igreja Católica. Como cristão sou capaz de admitir que a Igreja cometeu muitos erros e que ainda os comete. Mas também fez muita coisa boa. Onde estão esses filmes? POis é, isso não dá dinheiro. não tem polémica.
Mas este filme pelos vistos também questiona a fé? Será possível Deus, ter castigado o homem desta maneira. Deus não castiga e quem é cristão sabe muito bem isso.
Acho que é melhor calar-me se não ainda pensam que sou algum zelota. Não sou. Apenas um cristão informado.
Este é ao vosso critério.
RIZE - É definitivamente um filme muito bem ritmado. David LaChapelle, fotógrafo com créditos bem firmados no seu meio (basta ver as excelentes capas de revista que já fez) e que decide sair dos unícos filmes que fazia, os publicitários, e arriscar num documentário. Estreado, há pouco tempo no DocLisboa, chega agora às salas de cinema.
"Rize" é um documentário que revela um fenómeno que nasceu e se expande nas ruas de Los Angeles, uma forma de expressão artística revolucionária que foi criada para lutar contra a opressão. O movimento nasceu com Tommy Johnson (Tommy the Clown), que em resposta aos motins de 1992 criou o "clowning", estilo que foi desenvolvido e deu origem ao agora chamado "krumping". Os miúdos da rua dançam a uma velocidade que desafia os limites do corpo e pintam-se de cores garridas, numa alternativa aos "gangs" e à violência. Para estes miúdos, o "krumping" torna-se uma forma de vida, uma parte vital daquilo que eles são.
Um pequeno resumo do que o "Krump" realmente é. Mas não é nada comparável a ver num ecrã com os próprios olhos. E o seu impacto social nos anos 90 e actuamente foi muito grande. Actualmente pouco se fala de gangs em Los Angeles, pois teve um efeito de grande diminuição na violência de rua. O escape a uma realidade continua a ser um antidoto contra a violência. E isto é uma lição a aprender por todos. A Cultura pode também salvar vidas. Não é só através da comida ou dinheiro.
Manô - O braço tem de ser dado a torcer. Quer queiram quer não, este filme tem uma premissa original. Bastante original. Estou um pouco defensor do cinema português e mesmo que este não seja um grande filme merece uma espreitadela. Nem que seja pequena. Ao menos existe alguém a arriscar em ideias novas e gente nova.
Filme realizado por George Fellner com George Fellner (tou a ver que temos um Orson em potência - sim tenham calma, quem sabe), Diogo Infante e Adelaide de Sousa (sempre tive um fraquinho por esta mulher), finalmente em cinema. Portugal já clamava por ela.
A história? Uma equipa de trabalhadores da construção civil está a demolir um antigo estúdio de cinema. Queimam-se bobines de filmes há muito esquecidos. Mas Manô, uma das personagens da velha dupla "Manô e Delo", das antigas e esquecidas curtas-metragens cómicas a preto e branco dos anos 20, resiste ao incêndio e volta ao mundo real. Ao contrário de toda a gente, ele só é a preto e branco, como celulóide, e está riscado de velho... e sendo assim, é impossível passar despercebido. Mariana (Adelaide de Sousa) é uma excêntrica e criativa fotógrafa que fica fascinada por Manô e tenta descobrir a razão do seu regresso à Terra. Já Marco (Diogo Infante) é um psiquiatra conservador que não vê Manô nem as suas tropelias com muito bons olhos.
É uma comédia romântica mas desta vez em português. O que não é muito comum. Achei piada ao trailer e a algumas imagens e a inovação deste filme português é francamente e sem exageros um marco no cinema português. Estamos a usar efeitos especiais. Neste caso personagens a preto e branco num filme a cores. Cheiro no horizonte um final feliz (que sempre me irritaram não sei porquê?) o que é um ponto em desfavor. Se vale a pena. Certamente, vale mais que o Crime do Padre Amaro. Mas o problema e que ninguém ouviu falor do Manô? Ou ouviram???
Ferro 3 (Bin-Jip) - Um filme de tacos de golfe. Mas sem golfe e sem talcos. Pelo menos pelo trailer. Estarei enganado ou estará algum taco lá pelo meio. Pouco interessa. Filme realizado por Kim Ki-duk (sim, do Primavera, verão etc) com Lee Seung-Yong, Lee Hyun-kyoon e Kwon Hyuk-ho (isto custou a escrever, bolas!!!!).
Tae-suk vagueia na sua mota em busca de casas vazias onde possa ficar. Vai de porta em porta deixando folhetos em cada casa. Mais tarde, entra naquela em que o folheto não tenha sido retirado, partindo do princípio que o dono está fora. Fica aí a viver até que os donos regressem, mas nunca rouba ou estraga nada dentro de casa. Arranja objectos estragados e até lava a roupa e, quando se vai embora, volta a deixar tudo tal como antes. Vive assim até que, um dia, numa casa rica, encontra o seu destino - uma mulher casada chamada Sun-hwa que sofre tormentos às mãos do seu marido. Enquanto Tae-suk se esgueira pela casa, Sun-hwa esconde-se no escuro e espreita-o silenciosamente. No início, tem medo dele, mas, quando o vê a arranjar uma régua partida, percebe que ele não é um ladrão. Nessa noite, Tae-suk acorda petrificado quando descobre Sun-hwa a olhar para ele. Foge, mas o telefone toca de repente. É o marido de Sun-hwa. Tae-suk escuta a conversa deles e percebe que Sun-hwa leva um casamento miserável. Sun-hwa olha silenciosamente para ele como se lhe estivesse a pedir que a salvasse. Mas Tae-suk vira-se de costas e vai embora. Mas não consegue deixar de pensar nos olhos tristes e suplicantes de Sun-hwa. Quanto mais tenta esquecê-la, mais vívida se torna a sua imagem... Os dois acabam por se apaixonar, mas a sua felicidade têm os dias contados.
Um triângulo amoroso. Quantos já existiram na história do cinema. Muitos, ninguém sabe. E parece que vão continuar a existir. É uma atracção humana para o conflito máximo. Duas pessoas a partilhar uma. E é disso que se trata? Ou será ´qué de outro desejo?? O que se sabe é que Kim ki-Duk é um realizador de créditos firmados na administração das relações humanas e este filme não é, de certeza, uma excepção. A ver para os apreciadores do seu anterior e para aqueles que querem descobrir a sua obra. Mal não pode fazer. Agora questionar? De certeza.Supercross - O pessoal ainda tem paciência para este tipo de filmes. Só se, neste caso, fores fã de motocross. E mesmos esses só se não gostarem especialmente de cinema. Isto da crítica devia ser mais daqui a bocado.Ok, eu espero. Filme realizado por Steve Boyum com Stevel Howell, Mike Vogel e Cameron Richardson. Estão vocês a pensar...Quem???
Depois da morte misteriosa do pai, dois irmãos, KC e Trip Carlyle, tentam superar os obstáculos para atingir o sucesso no mundo do "supercross".
Gostaram do argumento. Foi basicamente isto que encontrei na net 8ok também não tinha m,uito tempo mas não deve sair muito disto. A esquecer rapidamente. Só aceitável para apreciadores incondicionais, fanáticos de motocross. Para os outros (cerca de 99,999% da população portuguesa) fiquem em casa ou vão à sala de cinema do lado. Sim...SIMMMMM
Esta semana aconselho o novo filme da Disney "Chicken Little". Mas não posso esquecer o "Manô". É um marco que espero posso mudar o cinema português.
2 Comments:
Este argumento está ao nivel dos melhores(piores) filmes porno, um homem vê uma mulher olham-se sorriem e pimba... out of nowhere.
o das motas, entensa-se
17 November, 2005
A sério???
Esse é daqueles filmes que podem dizer o que quiserem. Eu recuso-me a ver. Para isso preferia ver um episódio da telenovela da TVI...
E isso é dizer muito acreditem...
21 November, 2005
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