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Wednesday, December 14, 2005

Estreias da Semana - 15 de Setembro

Mais uma semana de estreias no nosso burgo, Portugal.
E esta semana o que temos perguntam vocês?

Não querem saber?
Eu digo na mesma.

Temos 4 filmes a estrear. Tão pouco, porque? Perguntam vocês.

Não querem saber?
Eu digo na mesma.

Porque temos um gigante em acção. Literalmente.
Temos:

- Um filme com um macaco inchado (muito)
- Um filme de guerra fora de tempo
- Um filme de televendas, pelo menos com um a compradora
- Um filme de animação (estão mesmo em grande)




King Kong - Por muito que se queira evitar e se tente evitar, este é o filme acontecimento deste natal. Porque? Dois anos depois um nome volta a surgir, Peter Jackson. Sim, o peso (no mundo do cinema obviamente) continua intacto e o seu poderio na industría cinematográfico poderá atingir níveis estratosféricos se este for outro grande exíto. Ninguem o poderá parar se isso acontecer.
Filme realizado pelo já citado Peter Jackson e contando com um elenco verdadeiramente excelente. Naomi Watts (a perfeita sucessora de Fay Wray, claro esquecendo Jessica Lange), Adrien Brody e o grande Jack Black, finalmente um grande papel sem ser de cómico. E nem vou falar do elenco de secundários que é de grande qualidade. Sendo de destacar o Andy Serkis outra vez desta vez invisível no papel de Kong, King Kong.

Para quem não tem vivido neste século vou contar um pouco da história...
É a história do gorila gigante capturado na selva e levado para a civilização. Em 1933, Naomi Watts é Ann Darrow, uma actriz sem trabalho em Nova Iorque durante a Depressão. A sua sorte muda ao conhecer o audaz Carl Denham (Jack Black), um realizador aventureiro que rouba o negativo do seu filme inacabado aos produtores e parte para Singapura, com o seu argumentista Jack Driscoll (Adrien Brody) e uma pequena equipa, com o objectivo de terminar o seu filme de acção. Mas Denham alimenta uma outra ambição, bem mais arriscada: ser o primeiro homem a explorar a misteriosa Ilha Skull, onde ele sabe que "algo" o espera, "algo" que mudará para sempre a sua vida.

Posso estar enganado mas muita gente já viu a versão original de King Kong de 1933? Ou não?
Saiu à pouco tempo numa colecção do público que obviamente tive de comprar. E estando a falar de um filme de 1933 obviamente que fiquei impressionado. Tem cenas verdadeiramente impressionantes e muito bem feitas (usando a mesma técnica do actual Wallace & Grommit).
Já tinha ouvido rumores que Peter Jackosn queria fazer um remake, mas será que era necessário.Obviamente que sim. A actualização de um clássico para o novo milénio (a versao de 1976 era dispensável, no entanto).
Muito se escreve na impressa sobre este remake e muito irá dar que falar nos próximos tempos. Está até nomeado para um prémio de melhor realizador nos globos de ouro para o Peter Jackson. É claramente um projecto de amor pelo cinema. O maior desejo de um homem desde que se tornou realizador. E isso vai surgir em ecrã tenho a certeza. Já ouvi rumores de uma cenas embaraçosas mas não vou resistir. Estou lá na estreia.


O Resgate dos Soldados Fantasmas (The Great Raid) - Um filme claramente fora de tempo. Tempo de Advento (Natal), filme de guerra? Não combina. Definitivamente, nao. Não vale a pena insistir.
Filme realizado por John Dahl (terá algum parentesco com Roald Dahl, escritor de Charlie e a Fa´brica de Chocolate? Espero que sim, mas parece-me que não) com Benjamin Bratt, James Franco e Joseph Fiennes. Um elenco respeitável apesar da falta de grandes figuras. Mas isto já é habitual em filmes de guerra.
Para Portugal, é obviamente uma história desconhecida e daí possa vir algum charme e interesse pela película, mas. Tirem vocês conclusões.

É a história de uma das missões de resgate mais arriscadas da História militar norte-americana. A missão de Cabanatuan, que libertaria mais de 500 prisioneiros de guerra norte-americanos. Em 1945, centenas de soldados norte-americanos, prisioneiros num brutal campo de guerra japonês, em Cabanatuan nas Filipinas, esperavam o seu trágico destino: a morte. Acreditando que o mundo os tinha esquecido, alcunhavam-se de "soldados-fantasma". Os soldados tentam sobreviver, chefiados pelo Major Gibson e ajudados pela resistência filipina. Entretanto, em Luzon, o tenente coronel Mucci estuda um plano de ataque para penetrar nas linhas do inimigo e libertar os prisioneiros.

É o tipico filme de guerra, coragem em tempo de adversidade. E claro o tema da superação humana em tempo de humilhação e dor. O drama de um campo de concentração na segunda guerra mundial.
O final? Será um daqueles finais felizes em que todos sobrevivem ou nem por isso e é um final verdadeiramente negro. Dado o carácter desconhecido da história não sei qual será o desfecho. Só espero que não haja adulteração da história como ouve no recente "Pearl Harbour" de Michael Bay. Se há coisa que não suporto num filme é falta de respeito pela História da humanidade. E um filme de segunda guerra mundial tem duplas responsabilidade como um dos períodos mais negros da história mundial.
Esperemos que não.

O Salta-Poçinhas (Rénart the Fox) - Mais um filme de animação. ouve tempos em que apenas a Disney investia comercialmente neste tipo de cinema. Mas estes tempos actuais são de fartura. Semana sim, semana não temos um filme novo. Neste caso, de animação 3D, que parece ser a uníca aposta possível para filmes de animação o que não deixa de ser triste.
Filme de animação do Luxemburgo (bemvindos ao clube do cinema - Não me lembro de nenhum filme do Luxemburgo agora que se fala disso) de Thierry Schiel com um elenco de vozes de Loránt Deutsch, Frédéric Diefenthal e Patrick Préjean. Sim, todos um bando de desconhecidos. mas quem sabe o que sai daqui.

Inspirado na fábula medieval europeia "Le Roman de Renart", que também já inspirou Aquilino Ribeiro no seu livro "O Romance da Raposa", este filme de animação conta a história de Reinaldo, uma raposa fora-da-lei cuja maior maldade é roubar aos ricos para alimentar a família. O seu maior inimigo é Lupino, um terrível lobo que procura a todo o custo prender Reinaldo para sempre, o que se revela difícil devido à astúcia da raposa. Uma noite, ao fugir das garras do malvado Lupino, Reinaldo acaba por descobrir acidentalmente um mapa que o poderá levar até um tesouro de valor incalculável.

Primeiro, as imagens que vi do filme são de grande beleza. Em termos de animação não sei como está mas a primeira impressão é muito boa. Não conheço a indústria cinematográfica do Luxemburgo. É um pequeno país muito rico mas que obviamente estão lá quietinhos sem mostrar muito. Daí o deserto , de onde este filme parece aparecer. Pelas imagens aconselho. Pela história e animação? Não sei.
É como caminhar num deserto e só ver a imagem de areia. não sei para onde ir.
É melhor levar um cantil para a sala de cinema. Nunca se sabe.
Uma Rapariga Cheia de Sonhos (Shopgirl) - Não, não, não. Outro título completamente trucidado. Faz sentido no filme? Até pode fazer mas quando fazem isto a um filme, ele perde um certo respeito que poderia merecer. Pelas críticas e notícias deste "Shopgirl" até tinha algum.
Filme realizado por Anand Tucker, é a adaptação de uma história do próprio Steve Martin. Entra ainda no elenco a enigmática (no bom sentido) Claire Danes e outro do mesmo grupo Jason Schwartzman.

Mirabelle Butterfield (Claire Danes) é uma rapariga cheia de sonhos, que vende luvas numa loja da Quinta Avenida em Beverly Hills, alimentando o sonho de ser artista. Ray Porter (Steve Martin) é um empresário bem sucedido no meio artístico, que escolheu uma vida solitária, sem compromissos. Jeremy (Jason Schwartzman) é um jovem que dá os seus primeiros passos arriscados no mundo - através de um negócio de amplificadores de música, um par de livros de auto-ajuda e uma digressão num autocarro de Rock'' n'' Roll. É neste microcosmo tripartido da vida contemporânea de Los Angeles que estas três pessoas vão aprender algo sobre os grandes mistérios da vida, algo sobre o mistério do amor.

Obviamente, este é daqueles filmes que se encotram num limbo. Ou seja será uma comédia romântica (no bom sentido) ou uma comédia romântica (no mau sentido). A fronteira que os divide é tão pequena que basta um pequeno erro e cair na monotonia do género. Será que é o caso.
Apetecia-me dizer que sim, só para ser mau mas tenho as minhas dúvidas. E ao contrário de alguns por vezes tenho dúvidas e engano-me algumas vezes. Mais às vezes do que gostaria.
Eu não o vou ver ao cinema. A concorrência é de peso mas também não vou dizer para o esquecerem. Agora olhem para as salas de cinema e filmes em exibição.
É mesmo isto que querem ir ver?


A escolha desta semana é fácil quando atrás de um filme está um Homem. Peter Jackson.


King Kong e não digam que não vos avisei. Levei uns tampões para os ouvidos. É que parece que vai doer no departamento sonoro. E cuidado na escolha do cinema. Vejam se sofreu obras de remodelação ou se apresenta um aspecto seguro exterior. Os sismográfos vão detectar muitos sismos por este mundo fora.

Kong is back
Até para a semana.

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