Estreias da Semana - 22 de Dezembro

O natal aproxima-se rapidamente, e como qualquer Natal que se preze tem de ter a sua estreia natalícia. Neste caso quatro, pois geralmente o fim-de-semana de Natal é de vacas magras para os cinemas. Ninguem vai deixar o Jantar de Natal para ir ao cinema certo?
Se calhar estou enganado. Para esses aqui vai a informação da semana.
Temos:
- Um filme vermelho sangue, como o Natal deve ser
- Um filme com um estranho casamento
- Um filme para ver em família (ou nem por isso)
- Um filme muito vermelho e não falo do Natal!!


Matança de Natal (Santa´s Slay) - O trocadilho do título do filme em inglês ganha em pontos ao português (para não variar). Santa´s Slay... Que filme tão natalício. Quanto mais os filmes são contracorrente mais deliciosos se tornam. Lembram-se do "Bad Santa" o ano passado? Delicioso. Será que este vai pelo mesmo caminho.
Realizado por David Steiman com Bill Goldberg, Douglas Smith e Emilie De Ravin (esta entrou na série Roswell se a memória não me atraiçoa).

Na véspera de Natal, chegam ao fim as tréguas de mil anos entre o Bem e o Mal. O Pai Natal, filho de Satanás, fica então livre de espalhar o medo e a destruição em vez de presentes e alegria. Nicholas é um rapaz de 16 anos que vive com o avô no "inferno", sendo que para ele o inferno é a cidade em que vive. O avô conta a Nicholas a lenda que o Bem triunfou sobre o Mal há mil anos e estabeleceram uma trégua, mas que agora o mundo poderá estar outra vez à beira da destruição. Será que eles vão sobreviver a este Natal mortífero e restaurar a paz por outros mil anos?

Uauuuu. O pai natal, filho de Satanás?? Isto é revolucionário. Faz-me lembrar um pouco aquele Pai Natal (róbotico) da série Futurama que nos dias de Natal andava a castigar os maus meninos (que eram basicamente todos menos o Dr. Zoidberg). Quem conhece só pode adorar por isso desculpem ter saído do assunto.
Gosto da história mas também já cheiro um final meloso à distância. Ao menos é como no Bad Santa de Terry Zwigoff. Adora-se o filme até aqueles 5 minutos finais horríveis.
E quem sabe?
Estará ao nível do seu antecessor natalício?
É experimentar.
A Noiva Cadáver (Corpse Bride) - 2 em 1 de Tim Burton num só ano. Não poderia ser melhor. E o homem deve estar mesmo cansado. Como dizem quem corre por gosto não cansa. E ainda cansa menos os seus fãs. Desafio. Que tal 3 em 1 para o ano Tim?
Filme de animação realizado por Mike Jonhson de uma história de Tim Burton. COm as vozes dos habituais Jonhny Depp, Helena Bonham Carter, Christopher Lee e ainda de Emily Watson.

Numa pequena vila vitoriana, reprimida e melancólica, no século XIX, prepara-se o casamento de dois jovens tímidos que ainda nem se conhecem. Victor (voz de Johnny Depp) é filho de Nell e William Dort, um casal que enriqueceu com a indústria das conservas de peixe e aspira a ascender, apesar da sua falta de classe, à alta sociedade. Victoria (voz de Emily Watson) é filha de Mandeline e Finis Everglot, aristocratas de boas famílias, cheios de classe, bom nome e posição social, mas sem um tusto. Para contentar ambos os casais, os Dort e os Everglot resolvem casar Victor e Victoria. E apesar da timidez e contra todas as expectativas, Victor e Victoria apaixonam-se. Mas no ensaio do casamento, Victor atrapalha-se durante os votos e o padre manda-o decorar o texto. Victor embrenha-se então na floresta enquanto vai ensaiando os votos e quando já sabe tudo de cor enfia a aliança numa raiz de árvore. É então que uma bela noiva cadáver (voz de Helena Bonham-Carter) assassinada surge da terra para reclamar o seu noivo e arrasta Victor para a Terra dos Mortos. No entanto, apesar dos mortos serem bem mais divertidos e animados que os vivos, Victor só pensa em fugir da Terra dos Mortos e voltar para os braços da sua noiva Victoria.

A tipica história de amor. Não?
Pelo menos para Tim Burton parece que sim. E eu concordo. É o tipico triângulo amoroso com um "twist". E para "twists" perfeitos temos Tim Burton. Eu já disse que adoro os filmes de ele? Não? Mas já deve ter percebido certo?
Ok, uníco senão. O filme sabe a pouco. Estamos a falar em 80 minutos se tanto. Se calhar mesmo menos. E como devem ser uns deliciosos 80 minutos. Depois do "Estranho Mundo de Jack" (obra-prima de animação stop-motion), Burton aposta no mesmo tipo de animação, já infelizmente em desuso.
E a aposta é certeira.
Para a sala de cinema amanhã, já.
A Joía da Família (The Family Stone) - O filme de Natal para toda a família. É o que parece certo. Mas depois vemos o cartaz do filme e começamos a pensar que se calhar não é assim tão boa a ideia. É melhor esperar por outro.
Filme escrito e realizado por Thomas Bezucha e com um elenco de luxo do qual se destacam Sarah Jessica Parker, Diane Keaton, CLaire Danes e Luke Wilson.

Todos os anos os Stones se reúnem durante o Natal. Desta vez, o filho mais velho leva pela primeira vez a namorada (Sarah Jessica Parker) para conhecer a família: pais, irmãos e irmãs. Enquanto ele faz planos para a pedir em casamento, a família recebe a nova-iorquina inflexível, certinha e cheia de carácter com toda a hostilidade.

Pois é visitar os sogros pode ser uma experiência muito assustadora. E quando eles são assim "queridos" como neste filme a experiência fica ainda mais enriquecedora. Mas mais uma vez cheira-me a final cor-de-rosa. Chamem-me céptico mas realmente filmes de Natal não vão lá. Pode tudo começar bem mas acaba sempre mal (sendo no meu caso que prefiro o oposto). Confuso? Experimentam entrar na minha cabeça...
Aconselhável se prometerem sair dois minutos antes do filme acabar. Senão preparam-se para ficar melados...
Os Renegados do Diabo (The Devil´s Rejects) - Rob Zombie, com dinheiro na mão e quer fazer mais um filme. O que pode sair dali. Muito sangue, suor, tripas e coração (literalmente).
Filme realizado por Rob Zombie com a sua troupe Sid Haig, Bill Moseley e Sheri Moon.

Continuação de "A Casa dos 1000 Cadáveres" "Os Renegados do Diabo" segue a perseguição da polícia do Texas à família Firefly, responsável pelas mais de mil mortes dos últimos anos. Três dos Firefly escapam, mas a polícia não desiste enquanto não os encontrar.

O regresso de Rob Zombie à cadeira de realizador. COmeça a ser um caso de culto para os adoradores de terror gore. Neste caso, gore com G grande.
Já vem um pouco atrasado (estreiou no E.U.A no príncipio do ano) mas o regresso do gore é sempre bem vindo. Eu no entanto prefiro um bom horror psicológico ao invés de tripas e coração. Por isso mesmo vou-me abster de participar no banquete

Esta semana o conselho recaí sobre o inevitável Tim Burton. "A Noiva Cadáver" é o filme a ver da semana.