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Thursday, February 16, 2006

Estreias da Semana - 16 de Fevereiro

As nomeações aos Óscares estão outra vez em destaque nas estreias desta semana. Dois filmes apresentam algum tipo de nomeação. Outro é um consagrado da ultíma edição de Cannes. Mas ainda existe mais. Muito mais.
Seis estreias compõem os filmes que surgem esta semana entre nós:

- Um filme sobre lendas do "Country"
- Um filme com um fluxo duvidoso
- Um filme que vem e (pouco) vive
- Um filme de um homem azarado (ser enterrado três vezes?)
- Um filme de uma lenda da animação
- Um filme sobre os meandros do ouro negro (não é do Duo é mesmo do outro)

Walk the Line - Um biopic vindo de Hollywood. Parece que todos os anos têm de vir uns quantos. E o que vem em demasia começa a cansar. Parece que este é melhor que o habitual e resume-se a uma história de amor? Biografias de Hollywood não é mesmo comigo mas pode estar aqui algo de especial.
Filme realizado por James Mangold com Joaquin Phoenix e Reese Witherspoon nos papéis de Jonhy Cash e June Carter. Conta ainda com Ginnifer Goodwin.

A história inesquecível e electrizante de Johnny Cash, desde a sua juventude numa fazenda do Arkansas até ao sucesso dos famosos Sun Studios, em Memphis, em que gravou canções imortais, ao lado de Elvis Presley, Jerry Lee Lewis e Carl Perkins. E a história de amor com June Carter.

O filme foi aclamado nos Globos de Ouro com 3 prémios, tanto para os seus interpretes principais como para melhor filme (comédia ou musical). Todos sabemos da preferência da academia por interpretações em biopics. Eu já lhe chamo o caça prémios. Quem quer ganhar um prémio tem de fazer um biopic, seja lá de quem for. É que basta olhar para os nomeados deste ano e de outros anteriores. E principalmente quem tem sempre ganho (olhem o Ray do ano passado).
Poderá ser um perseguição minha ao biopics? Talvez seja preconceito. Talvez seja mesmo difícil entrar numa personagem. Mas para mim isso parece mais imitação que actuação. Não é ser actor, é ser imitador. E a gente precisa de bons actores.
Acho que o filme vai dizer pouco aos portuguese mas posso estar enganado (a mim pouco me diz).

Aeon Flux - Já com a visualização do trailer fiquei muito duvidoso desta daptação de uma famosa BD. Ainda mais fiquei quando na Rolling Stone foi escolhido como pior filme do ano de 2005. As conclusões são fáceis de tirar...
Filme realizado po Karyn Kusama com Charlize Theron (nitidamente à caça de papel (do verdinho)), Marton Csokas e Jonhy Lee Miller (este não foi aquele 1ºmarido da Jolie?)

Baseado numa série criada por Peter Chung para a MTV, "Aeon Flux" é um "thriller" de ficção científica. Estamos em 2415, numa sociedade governada por um grupo de cientistas. Charlize Theron é Aeon Flux, uma operacional de um grupo de rebeldes que é enviada numa missão que tem por objectivo matar um governante.

Agora a sério, alguém levou a sério o trailer deste filme. Foi a cena mais ridícula, da actriz mais hipervalorizada (sem razão) de todos os tempos. A Theron com o Óscar só porque ficou muita feia!!! Essa foi das mais rídiculas da academia dos ultímos tempos. E este ano novamente nomeada. Não havia alguém melhor? Ou nem se preocuparam em procurar?
Já sabem a minha opinião. A esquecer totalmente. Para ver um bom filme de espectáculo existirão muito melhores opções nos próximos tempos.

Vai e Vive (Va, Vis et Deviens) - Uma coprodução de quatro países. Isto é que é globalização. Não faço a mínima o que o título significa mas implica um dos maiores problemas políticos da actualidade. A criação do estado de Israel.
Filme realizado por Radu Mihaileanu com Yael Abecassis, Roschdy Zem e Moshe Agazai.

1984. Milhares de africanos oriundos de 26 países devastados pela fome encontram-se nos campos do Sudão. Numa iniciativa conjunta de Israel e dos Estados Unidos, é levada a cabo uma acção - a acção Moisés - para levar os milhares de Judeus etíopes para Israel. Uma mãe cristã obriga então o seu filho a declarar-se judeu para o salvar da fome e da morte. O rapaz chega à Terra Santa. Declarado órfão, é adoptado por uma família francesa sefardita que vive em Telavive. Vive no medo que o seu segredo, a sua dupla mentira, sejam descobertos: ele não é nem órfão, nem judeu, é apenas negro. Ele vai descobrir o amor, a cultura ocidental, o judaísmo, mas também a guerra e o racismo dos territórios ocupados. Vai tornar-se judeu, francês, israelita... uma verdadeira torre de Babel. Mas ele nunca esquecerá a sua verdadeira mãe, que ficou sozinha nos campos e que ele sonha um dia poder reencontrar.

No fundo é a eterno desejo do homem de família. Por muito que se diga que não é necessária ou que a não queremos, a família faz parte de nós. Está no nosso DNA. Temos de ter um porto de abrigo. Seja em Portugal no sossego da nossa casa ou em Israel no meio de uma autêntica bomba relógio. E este filme trata do drama de alguém que vive uma mentira. Que não é Judeu mas é tratado como tal, para o bem e para o mal.
É sempre difícil viver uma mentira, ainda mais quando longe da família. Da nossa pedra basilar.
Filme estreado em altura certa, após a estreia de Munique. Com o problema Israel como sempre ao rubro. Quando é que deixará de estar? Será sempre um filme sobre esta temática a estrear na altura correcta? Espero que um dia se torne desactualizado. É porque a paz finalmente chegou à terra Santa.

Os Três Enterros de um Homem (The Three Burials of Melquiades Estrada) - Posso ser só eu, mas acho que não mencionar o nome do homem no título tira identidade ao filme. Torna-se subjectivo e obviamente o filme perde com isso. Mais uma tradução correcta mas que perde em relação ao original. Todos as semanas, infelizmente, acontece uma.
Filme realizado por Tommy Lee Jones com Tommy Lee Jones, Barry Pepper e Julio Cedillo.

O corpo de Melquiades Estrada é encontrado numa vala no meio do deserto, onde foi rapidamente largado após ter sido assassinado. Sem se preocuparem em encontrar o responsável pelo crime, as autoridades sepultam-no no cemitério local. Pete Perkins, capataz de um rancho local e melhor amigo de Melquiades, decide enfrentar o seu assassino. Pete obriga o assassino a transportar o cadáver de Melquiades até à sua terra natal, no México, oferecendo desta forma ao seu finado amigo uma viagem memorável até ao seu terceiro enterro.

Filme premiado em Cannes e ignorado para os Óscares. Já não seria o primeiro grande filme a que isto aconteceu. Todos sabemos que Cannes e Óscares não combinam, a não ser no glamour. os méritos artísticos são sempre muito distintos. tanto que num deles o Juri é sempre diferente e por isso escolhe obras diferentes todos os anos. Nos óscares a história já é outra. São sempre os mesmos (parece que têm uma pala nos olhos e só vêm o que lhes dizem para ver).
Vi ontem na 2: os bastidores do filme e admito que gostei das imagens e da história de vingança do filme. Promete, agora o complicado vai ser achar uma sala onde esteja em exibição...

Bambi 2 - O Grande Príncipe da Floresta - O regresso de Bambi. Obviamente, nunca com o impacto daquele primeiro filme (um verdadeiro clássico da animação e que não quer esconder nada das crianças. Mesmo a morte. Outros tempos...).
Filme realizado por Brian Pimental com vozes de Patrick Stewart (do Star Trek), Alexander Gould e Anthony Ghannam.

"Bambi 2" segue o jovem Bambi depois da morte da mãe. Entregue aos cuidados do pai, o Grande Príncipe da Floresta, vai crescer e viver muitas aventuras, rodeado dos seus amigos Flor, Tambor e Falina. Bambi terá ainda de provar ao pai que ele tem todos os motivos para se orgulhar da sua pequena cria.

Este é um daqueles clássicos da Disney que já há demasiado tempo estou a adiar comprar, o Bambi. É um grande filme não apenas só para crianças mas também para apreciadores de grande animação, da já saudosa animação tradicional. Uma verdadeira Obra-Prima. Agora chega o bambi 2 para o dar a conhecer às novas gerações habituadas a pokemons e beyblade (alguém percebe alguma coisa daquilo - piões a girar é giro???).
Vão ser dificeis de conquistar mas pelo menos podem ver algo mágico e intemporal. Pode não ser um original mas não deixa de ser Bambi.
Obviamente que não aconselho a sua ida propositada ao cinema mas se tiver um filho pequeno é a melhor opção desta semana. Sem dúvida.

Syriana - Os meandros do Ouro Negro. Isto era assunto para encher um sem número de filmes, livros e histórias. As jogadas de bastidores devem ser tantas...
Filme realizado por Stephen Gaghan com Kayvan Novak, George Clooney, Matt Dammon, Chris Copper, Christopher Plummer, Mazar Munir e Amanda Peet (muitas mais havia de qualidade mas não se pode encher isto)

"Syriana" é um complexo "thriller" político que tem como pano de fundo as intrigas e corrupção no mundo da indústria global do petróleo. Desde as jogadas de bastidores dos poderosos em Washington até à vida dos homens que trabalham nos poços, as diversas histórias que decorrem em "Syriana" entrelaçam-se e formam uma tela que nos mostra as consequências humanas da busca impiedosa de riqueza e poder. Num país do Golfo produtor de petróleo, o jovem e carismático Príncipe Nasir procura mudar o há muito estabelecido relacionamento com os interesses económicos americanos ao conceder os direitos de prospecção à oferta mais alta, neste caso aos chineses. É um enorme golpe para a Connex, uma empresa texana que detinha esses mesmos direitos, bem como para os interesses americanos na região. Entretanto, a Killen, uma pequena empresa petrolífera do Texas, propriedade de Jimmy Pope (Chris Cooper), acabou de ganhar os direitos de prospecção numa apetecida zona do Cazaquistão, o que a torna muito atractiva para a Connex, que necessita de novos territórios para manter a sua capacidade de produção. Quando as duas companhias se fundem, o negócio atrai as atenções e é chamada uma firma jurídica para averiguar. Bob Barnes (George Clooney) é um agente veterano da CIA prestes a terminar a carreira e cujo último trabalho será... Isso agora também não se pode contar tudo.

Acho que este resume do filme no Cinecartaz diz tudo. As implicações políticas, de interesses são tão grandes que daria para encher muito mais que isto. O filme é acusado de muiito falar e discutir mas que a nenhum lugar leva. Não será isso mesmo que se passa. Um círculo vicioso de poder, dinheiro e interesses. Vai tudo dar ao mesmo sítio. DINHEIRO.
É para isso que estes senhores vivem.
Aconselhável para quem o que se passa no mundo lhe diz algo. Espero que sejamos todos.

O filme a ver desta semana é o Syriana. Tendo em conta o que se passa no mundo era a uníca escolha possível.

2 Comments:

Blogger antonio_subtil said...

O que é um biopic?

17 February, 2006

 
Anonymous Anonymous said...

É o filme (biografia) de alguém famoso (ou não). Basta ser um filme biográfico sobre alguém..

Isto aqui está-se sempre a aprender

20 February, 2006

 

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