Estreias da Semana - 23 de Março
Mais uma semana de novas estreias cinematográficas. É verdade, são mais cinco novos filmes para nos alegrar ou para nos entristecer (nem sempre devido à sua qualidade) mas esta semana existem algumas opções na escolha. Já não é mau.
Acabei de descobrir o mistério da escolha dos títulos para os filmes. Os tradutores dão 3 hipoteses possíveis de escolha e depois é um organismo que escolhe o título apropriado (vinha no expresso esta semana, uma reportagem sobre três pessoas que fazem traduções de filmes), uma vez que não podem existir títulos muito iguais para os filmes. Afinal a culpa das traduções dos títulos é de um instituto publico. Era de desconfiar.
Temos então as seguintes opções:
- Um filme de vingança com V grande
- Um filme de amores e desamores (neste caso mais de amores)
- Um filme com 3 filmes (3 em 1)
- Um filme de sonho, para pais desesperados
- Um filme que é um autêntica incognita (segredo muito bem guardado)
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Filme realizado por Fantoche, err… perdão James Mcteigue, com argumento dos irmãos Wachovski de uma BD de Alan Moore. Conta com Natalie Portmann, Hugo Weaving e Stephen Rea no elenco.
Passado na paisagem futurista de uma Grã-Bretanha totalitária, "V de Vingança" é a história de Evey (Natalie Portman), uma jovem que é salva de morte certa por um homem mascarado (Hugo Weaving). Identificando-se apenas como "V", o mascarado revela um carisma incomparável e um talento extraordinário na arte do combate e da astúcia. V desencadeia uma revolução quando insta os compatriotas a lutar contra a tirania e a opressão. Mas ao descobrir a verdade sobre o misterioso passado de V, Evey toma também conhecimento da verdade sobre si própria e emerge como imprevisível aliada de V, no seu plano para devolver a justiça e a liberdade a uma sociedade afligida pela crueldade e a corrupção.
Pois é dos irmão só o original vale alguma coisa (isto falando do Matrix) obviamente e este, dizem as línguas por essa net for a, vem com pinta de ser alguma coisa de jeito. O regresso aos bons velhos tempos de Matrix mas com uma matriz mais actual, mais adaptada aos tempos que vivemos. O problema do terrorismo está cada vez mais patente na nossa vida real e isso leva, também, a que se reflicta na arte, neste caso na 7ªArte. Inexplicavelmente, agora pôr uma explosão num filme é sempre alvo de grande polémica, aqui levada ao extremo por ser num metro e em Londres. Compreensível mas não é escondendo o que aconteceu ou nunca mais o mostrando que se vai apagar o que aconteceu em Londres em 2005. As críticas surgidas em relação ao filme estão todas relacionadas com a realização sem ideias e sem talento. Mas também estamos a falar de um pau mandado e quem não trabalho por gosto acontece estas coisas. Se calhar é so mesmo falta de talento e há vontade. É tirar as dúvidas numa sala de cinema. E tem a Portman careca, a ficar careca no ecrã. Isso sim, deve ser antológico de ver.
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Casanova – Este nome sempre foi sinónimo de mulherengo. Às vezes nem nos lembramos porque ficou o nome com essa fama. Exactamente, foi com um homem. E é a sua história que este filme conta (claro que, desta vez, à maneira de Holywood.
Filme realizado por Lasse Halstrom com Heath Ledger, Sienna Miller e Jeremy Irons entre outros ilustres secundários.
Casanova foi o mais extraordinário sedutor do mundo. Espadachim, mestre do disfarce, muito talentoso. Nenhuma mulher conseguia resistir ao seu infalível charme. Até agora. Pela primeira vez na vida, o lendário Casanova (Heath Ledger) está prestes a encontrar o seu par, a mais bela e fascinante veneziana, Francesca (Sienna Miller), que fez a única coisa que ele nunca pensou ser possível: recusá-lo. Após uma série de inteligentes esquemas e disfarces, ele consegue aproximar-se de Francesca. Mas Casanova está envolvido no mais perigoso jogo com que alguma vez se defrontou - que porá em risco não só a sua vida e reputação como também a sua única oportunidade de amor verdadeiro.
Como o próprio Ledger disse, “depois de Brokeback Mountain precisava de descomprimir. Fazer um filme menos pesado para um actor. Precisava de um pouco de diversão, de férias”. Bem já estão a ver para onde isto vai levar. Dizem, que quem viu, que se nota a cara de frete de Ledger no papel. Isto é fácil demais para o homem depois da sua interpretação surpreendente em “Brokeback Mountain”. Quem salva o filme parece ser Sienna Miller com o seu carisma e beleza. Nem vale a pena falar de Halstrom, há muito tempo formatado para as produções de Holywood, perdendo qualquer tipo de identidade cinematográfica que podesse ter tido.
É apenas mais uma daquelas comédias românticas de comer e deitar for a, como uma pastilha. Não esperem mais, senão a desilusão será certa.
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Filme realizado por Takashi Miike, Park Chan-wook e Fruit Chan. Com uma legião dos habituais dos quais se destacam Tony Leung, Bai Ling e Kyoko Hasegawa.
Uma trilogia de curtas-metragens asiáticas de terror, realizadas por três dos mais conceituados realizadores orientais: "Cut", de Park Chan-wook (Coreia do Sul), "Box", de Takashi Miike (Japão) e "Dumplings" de Fruit Chan (Hong Kong).
Este é um daqueles obrigatórios para fãs de terror. Estamos a falar de três mestres e os mais originais que surgiram nos ultímos tempos. Já para não falar dos mais violentos de sempre, em termos físicos. É claramente para gente de estomâgo forte. Se és impressionável não entres nesta sala de cinema.
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Nanny Mcphee – A Ama Mágica (Nanny Mcphee) – Mais um exemplo típico de acrescentar algo a um título que de nada necessitava. Isto é fazer de parvos, aos espectadores de cinema. O problema pode ser meu mas quando vou ver um filme gosto de me informar sobre o que trata. Realmente amas não é comigo, ainda não preciso. Mas isto pode ser o filme ideal para muitos pais por aí. Levem os putos, ao menos a ver se não chateiam tanto. Pode até ser que fiquem traumatizados. Isso é que era um sossego.
Filme realizado por Kirk Jones com Emma Thompson no papel de Nanny, Colin Firth e Kelly Macdonald.
Emma Thompson interpreta uma ama de aparência estranha e poderes mágicos, que chega a casa do recentemente viúvo Mr. Brown (Colin Firth) e procura educar os seus terrivelmente mal-educados filhos. As sete crianças, lideradas pelo primogénito, Simon, conseguiram até agora livrar-se de 17 amas e esperam fazer o mesmo com esta... A influência da recém-chegada ama estende-se igualmente aos problemas mais complicados da família, incluindo as súbitas e aparentemente inexplicáveis tentativas de Mr. Brown de encontrar uma nova mulher e o aviso por parte da dominadora Tia Adelaide de que tenciona adoptar e levar consigo uma das crianças. À medida que o comportamento dos pequenos começa a mudar, também a desagradável fisionomia da nova ama se torna mais doce, reforçando os mistérios à volta desta enigmática estranha que tanto as crianças como o seu pai aprendem a amar.
Entretenimento para toda a família. Foi um exíto em terras britânicas mas por cá a história não faz parte nem do conhecimento nem da sociedade. Obra escrita por Christianna Brand e agora adaptada ao cinema com título diferente mas no fundo a mesma história. Vai ter dificuldades em impôr-se no mercado português mas até à chegada da Idade do Gelo 2 vai facturar. A partir daí a miudagem parte para outra.
Se se lembram de fazer um filme para o cinema do Noody é que, já percebi, vai ser um sucesso descomunal. Se cheira a dinheiro há de acontecer um dia. Era uma boa ideia para um filme de origem Portuguesa. Senhores produtores, ao trabalho.
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Filme realizado por Luis de la Madrid com Belen Blanco, Oriana Bonet e Anita Briem
Seis raparigas de 15 anos vivem num colégio atemorizadas por uma freira. Quando a freira descobre que uma delas está grávida, tenta purificá-la. As outras raparigas assistem horrorizadas à tortura. Dezassete anos mais tarde, refizeram as suas vidas. Até que um dia, uma delas é brutalmente assassinada. A filha da vítima, Eva, decide investigar e procurar o assassino e junta-se às colegas da mãe que, após todos aqueles anos, terão outra vez de enfrentar o colégio interno.
Uma hístoria com alguns pontos interessantes. O eterno regresso ao um local de onde as recordações não são as melhores. Todos temos um assim, seja em maior ou menor grau. E é sempre assustador voltar ou enfrentar. Agora um com esta dimensão deve ser algo que perturba uma pessoa. A torna num reflexo de si próprio aquando dos acontecimentos. O que pensar, sentir, dizer?
A busca de justiça sempre foi outro tema que me fascinou em cinema. Este cheira-me que vai encontrá-la. Quem sabe onde menos se espera. Ok, isto já me cheira a cliché mas posso estar enganado. Pode estar aqui o próximo mestre da 7ªArte, quem sabe.
A incognita da semana. Quem tiver com vontade de arriscar, esta é a melhor opção da semana.
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Até para a semana e bons filmes.
3 Comments:
O "V For Vendetta" é genial...adorei :)!
Abraço
27 March, 2006
Por acaso também fui ver e fui surpreendido. Esperava algo mais matrix revolutions e saiu mais para o lado do Matrix se é que me percebes. Saiu alguma coisa de jeito e não uma nulidade como mutos críticos se lhe referiram.
Não devemos ter visto o mesmo filme
29 March, 2006
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lolikneri havaqatsu
07 February, 2010
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