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Thursday, March 09, 2006

Estreias da Semana - 9 de Março



Nesta semana temos, novamente, uma quantidade muito grande de estreias.
Quantas, perguntam?
São cerca de oito. Cerca de? Sim, porque algumas nem deveriam ser consideradas. Mas como vivemos em democracia e aí os gostos não se discutem então vou falar um pouco de todas elas.
Agora que vai haver molho, isso vai de certeza.

Temos filmes de diversas proveniências e de diversos assuntos, como:

- Um filme vindo da China, sobre o mundo
- Um filme a caminho do psiquiatra
- Um filme sequela,de manga japonesa
- Um filme de evolução, para o mesmo de sempre
- Um filme do realizador mais velho, em actividade, no mundo
- Um filme frágil
- Um filme, só, para bandidos
- Um filme, só, para todos (agora, não contem comigo!!)

O Mundo (Shijie) - O título em chinês deve ser engraçado. É pena é não o perceber. Quererá dizer mundo. Com as traduções de filmes em Portugal, nunca se sabe. Este nome do realizador, parece-me familiar, e peço desculpa pela minha ignorância, mas não me lembro de onde.
Filme realizado por Jia Zhang Ke com Taisheng Chen, Zhong-wei Jiang e Jue Jing. Eu sei que não devia ter copiado isto do cinecartaz mas não pude evitar. Só a trabalheira para passar estes nomes.

Tao está a viver um sonho no World Park, um lugar onde os visitantes podem ver monumentos internacionais famosos sem saírem dos subúrbios de Pequim. A bela e jovem dançarina e as suas amigas executam diariamente no parque espectáculos com temas sumptuosos, entre réplicas do Taj Mahal, da Torre Eiffel, da Praça de São Marcos, do Big Ben e das Pirâmides do Egipto. Tao e seu namorado, Taisheng, que trabalha como segurança no parque, mudaram-se há alguns anos para a cidade grande, vindos das províncias do Norte. O seu relacionamento entrou agora numa encruzilhada. Taisheng apaixonou-se por Qun, uma "designer" de moda que conhece numa viagem de regresso a casa. As companheiras de Tao têm as suas próprias viagens sentimentais. Xiaowei questiona o seu futuro com o seu namorado irresponsável, Niu. Entretanto, Youyou usa o romance como vantagem para as suas ambições profissionais. Nem todos os que vêm para Pequim com esperanças podem arranjar um emprego onde os jogos de SMS sejam aceites como parte da vida diária. Muitos, como o artífice Erxiao, experimentam uma realidade muito mais áspera. Mas, apesar do divertimento e da magia, mesmo os microcosmos do parque são vulneráveis à mudança. Para Tao e os que estão em torno dela, haverá casamentos e separações, lealdades e infidelidades, alegrias e tragédias.

Isto parece, pelo menos faz lembrar, uma comédia romântica com um perfume oriental. As suas tradições mas no fundo com os mesmos sentimentos e problemas. Como se costuma dizer, falam, falam (e nada se percebe mas enfim) mas no fundo dizem todos o mesmo. Seja na China ou em Portugal. Gosto muito de ti, mas...
O mas, está lá sempre.
Não conheço a filmografia de Zhang Ke por isso não o posso aconselhar a ninguém. Talvez depois de ler o Y ou o Dn de sexta tenha mais novidades. Uma pessoa sabe muito mas não pode saber tudo. Este filme é uma boa questão para o Cine-Asia. Tenho de la dar uma vista de olhos também.

Terapia de Amor (Prime) - Aqui está a invenção a funcionar nos tradutores portugueses. No fundo é para aproximar os espectadores da sala de cinema. Mostrar-lhes que isto implica amor, uma comédia romântica. Sim, porque nós não pensamos e se não lermos amor no filme não o vamos ver com a namorada ou projecto de...Ahh, então é por isso que no brokeback puseram o segredo antes. É que a gente é curioso como o caraças. Isto é só marketing.
Filme realizado por Ben Younger com Uma Thurman, Meryl Streep e Brian Greenberg (este Brian é cá um sortudo!!).

Rafi (Uma Thurman) é uma mulher bem sucedida, com 37 anos, que vive num bairro luxuoso de Nova Iorque. Divorciada, Rafi volta a descobrir a paixão e a amar como nunca amou quando conhece Dave (Bryan Greenberg), um talentoso jovem pintor de 23 anos. Rafi partilha todos os pormenores com a sua terapeuta (Meryl Streep), que a incentiva... até que descobre a identidade do novo amor da sua paciente.

Este filme deve ter sido para descompressão. É que estar sempre a fazer personagens marcantes e dificéis deve ser complicado para a Streep e a Thurman. Uma comédia romântica para descontrair. É mesmo o que me está a apetecer.
Tem que se desculpar. A profissão, para grandes actrizes deve necessitar deste momentos. Por isso não esperem nada de revolucionário. Agora deve ser interressante ver duas grandes actrizes num filme com estas características. Em relação ao brian, deve ser um momento que não vai esquecer tão cedo. Eu não esquecia.

Ghost in the Shell 2: A Cidade Assombrada 2: A Inocência (Inosensu: Kôkaku kidôtai) - Calma lá. Isto deve ser uma piada, não? Que raio de título para um filme é este. Adormeci enquanto o tentava pronunciar. E a repetição do número 2? É devido a um problema mental ou é para reforçar a ideia que é uma sequela e não o original por isso não vale a pena deslocar-te para uma sala de cinema? Acho que me fico pelo título em Japonês. Faz bastante mais sentido (Ps: Não sei uma palavra de japonês!!).
Filme realizado por Mamoru Oshii com vozes de Akio Otsuka, Atsuko Tanaka e Kôichi Yamadera.

Em 2032, a linha entre humanos e máquinas atenuou-se de tal forma que é difícil distingui-los. Batou é um Cyborgue. O seu corpo é inteiramente artificial e tudo o que resta da sua humanidade é o pouco que sobra do seu cérebro e das memórias de uma mulher chamada Major. Sendo um detective secreto do governo, Batou é encarregue de investigar o caso de uma Gynoid - um robot hiperrealista criado especificamente para actos sexuais - que tem problemas de funcionamento e assassinou o seu dono.

Pois é. A manga na sua melhor forma. Com muito sexo, violência, grande animação, sexo, violência, cores deslumbrantes, sexo, violência, histórias futurísticas, sexo, violência, robots e novas tecnologias, sexo e violência.
Acho que a opinião foi bastante explicíta. Tal como o filme. Hehehe.
Também eu vou calar-me. Aconselhável a fãs de manga. É que ver isto numa sala de cinema deve ser quase um acontecimento. Nunca estreiam por cá.

Underworld:Evolução (Underworld:Evolution) – Esta deve ser a piada do ano. Evolução? Em relação ao primeiro só pode ser porque para chegar a bom filme, vai uma grande distância. E mesmo melhor que o primeiro, duvido na mesma. Acham-me céptico? Não, sou apenas realista.
Filme realizado por Len Wiseman com Kate Beckinsale, Scott Speedman e Tony Curran.

Perseguida pelos seus, Selene - a bela e fatal guerreira vampira - procura Marcus, senhor dos vampiros, na esperança de negociar a sua própria vida. Mas cedo se apercebe que Marcus já não é o mesmo. Com a ajuda de Michael - um híbrido entre lobisomem e vampiro -, Selene tenta desvendar a todo o custo os segredos e as mentiras que estão por detrás das origens da guerra entre as duas raças. Mas algo de terrível está prestes a ser libertado; uma nova e mortífera ameaça que irá colocar toda a Humanidade em risco.

A humanidade está em risco. Fujam, pelas vossas vidas. Ainda acham que essas premissas num filme assustam alguém? Talvez nos anos 60, mas em pleno Séc XXI. Por favor poupem-nos. Só esperemos que este não dê muito dinheiro. É que se der, teremos o Underworld:Ultimate, em que o universo estará em risco. E a partir daí sabe-se lá o que virá daquelas cabeçinhas de Holywood.
Céptico, eu? É só impressão.

Espelho Mágico – O novo do mestre Manoel de Oliveira. E já vão quantos anos? 97? Este homem não pára. É mesmo uma força da natureza. E vemos entrevistas dele e ainda parece pronto para mais uns 20 anos, pelo menos.
Filme realizado pelo mestre com os habituais Ricardo Trêpa, Leonor Silveira e Michel Piccoli nos principais papéis.

Luciano, saído da prisão, foi levado pelo seu irmão, Flórido, a casa de Alfreda, uma senhora rica, para a servir. Admirou-se quando Alfreda lhe disse que o seu maior desejo era o de ter a aparição de Nossa Senhora. Agora vinha aquela abastada proprietária com as suas pretensões sublimes. Não lhe bastava ter um Aston Martin e um Jaguar na garagem e dez vestidos por estação? Alfreda disse que não descansava enquanto não visse Maria e lhe fizesse umas perguntas. Filipe Quinta, o Falsário, diz ter uma solução. Entretanto, Bahia, seu marido, ouvia música.

Admiro muito este senhor. É que ele está no livro do Guiness e pelos vistos vai lá ficar por muito tempo. Quem se pode gabar de estar vivo aos 97 anos. E ainda por cima, pensar pela sua cabeçinha ou mesmo andar. Gostava de saber o segredo.
Michel Piccoli. Alguém que desconhecia até ter lido o número da Cahiers do Cinema de Dezembro que lhe foi dedicado. Grande personagem do cinema, sem dúvida e actualmente a revista que me faz sentir um ignorante nesse mundo que é o cinema. E bem preciso de praticar o meu françês. Não a consigo ler sem um dicionário por perto.
Oliveira já não é um fenómeno de publico por cá há muito tempo mas lá por for a continua a ser adorado principalmente em França. Quem já passou para a fase seguinte de verdadeiro cinéfilo, este será um a não perder. Eu vou-me abster, uma vez que ainda estou muito verdinho para estas andanças.

Frágeis (Fragile) – Ora aqui está um nome que já não ouvia há alguns tempos. Calista Flockhart está de volta. Desde que se juntou com o senhor Ford deixou de dar sinal de vida. Mas aqui está ele, num produto duvidoso de terror.
Filme realizado por Jaume Balagueró com a Calista Flockhart (Miss Macbeal em pessoa, é verdade), Yasmin Murphy e Elena Anaya (do inerrável Van Helsing, arghhhh).

Após mais de um século em funcionamento, o hospital pediátrico de Mercy Falls vai fechar, mas por causa de um acidente de comboio, a mudança é mais prolongada do que o esperado. Amy (Calista Flockhart) é uma jovem enfermeira, enviada de Londres para ajudar, que rapidamente percebe que algo assombra aquele lugar. Algo cheio de dor. As crianças estão nervosas. E têm medo. Chamam-lhe "a Menina Mecânica". Dizem que esta criança vive no 3.º piso, o piso que foi fechado e selado há mais de 40 anos. Aos poucos, esta presença começa a fazer-se notar, tornando-se agressiva, movimentando-se pelos corredores, aparecendo nas sombras. Porque o hospital guarda um segredo, algo terrível que regressa do passado. Algo que não devia estar lá.

Mais uma repetição do “Sexto Sentido”. Ainda há paciência para isto. O diálogo “I see dead people” só teve piada da primeira vez. Por favor deixam o rapaz descansar.
Isto teve honras de Fantasporto. O que quer dizer que terá alguma qualidade ou que o mesmo se anda a vender cada vez mais barato. Estou a tender mais para a segunda opção mas posso estar enganado como muitas vezes, anteriormente. Eu não sou como determinado senhor que, nunca se engana e raramente tem dúvidas. Mas…

Bandidas – Temos de dar a mão à palmatória. A junção destas duas senhoras é explosiva. E sexy e deve ser bonito de se ver. O problema deve estar, mesmo, para o lado do argumento.
Filme realizado pela dupla Joachim Roenning e Espen Sandberg (parecem vindos de um país nórdico, directamente para o matadoiro de Holywood) com Salma Hayek, Penelope Cruz e Steve Zahn (aqui está um gajo com piada sempre no filme errado).

México, 1880. Sara Sandoval (Salma Hayek), filha de um rico banqueiro, e María Álvarez (Penélope Cruz), filha de uma família de camponeses, têm muito pouco em comum, à excepção da sua cultura mexicana. Até ao dia em que aparece Tyler Jackson, um representante de um banco nova-iorquino, que tenta apropriar-se ilegalmente de terras mexicanas de forma a permitir a expansão dos caminhos-de-ferro norte-americanos. Determinadas a vingar os seus pais e a proteger as terras dos camponeses, as duas sedutoras mulheres transformam-se em justiceiras, as "Bandidas".

Além de ver duas mulheres latinas belíssimas no ecrã de cinema, juntas, isto terá mais algum interesse? Dificilmente. Quando os realizadores são, supostamente amadores, também não ajuda. Para passar um bom tempo numa sala deve escapar, até porque as vistas são boas, mas além disso não passa. Entretenimento, só para pessoas pouco exigentes.

Todos ao Monte (Yours, Mine and Ours) – Esta tradução até saiu engraçada. Realmente uma tradução literal do título sairia mais para o rídiculo. Por isso parabéns aos senhores tradutores, neste caso. Agora voltemos ao filme.
Filme realizado por Raja Grosnell (um dos realizadores mais chunga de Holywood) com Dennis Quaid, Rene Russo e Sean Faris (será irmão da Anna Faris, quem sabe?).

Frank Beardsley (Dennis Quaid), um viúvo com oito filhos, e Helen North (Rene Russo), a sua antiga paixão dos tempos de liceu, reencontram-se, apaixonam-se e resolvem casar. Frank e Helen estão convencidos que nada os voltará a separar. Mas os seus 18 filhos, incapazes de conviverem, pois os Beardsley são terrivelmente disciplinados e os North são totalmente desregrados, decidem criar um plano para acabar com o casamento.

Pois é. As comédias familiares estão de volta e em força. Esperem, nos próximos tempos mais uma enxurrada. Isto até o pessoal se aperceber que o filão acabou. E como por enquanto,ainda vai dando uns trocos, não fazem tenções de cortar o mesmo.
Para mal dos nossos pecados. Sem mais comentários.

O conselho desta semana vai para um filme que estreou a 2 de Março, uma vez que esta semana as estreias são em quantidade mas não em qualidade. Por isso, esta semana, o conselho é “Boa Noite e Boa Sorte”.

Até para a semana e bons filmes .


4 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Ainda não o vi, mas aconselho o "Prime" para descontrair :P!

Abraço

09 March, 2006

 
Anonymous Anonymous said...

bem, deves ter visto isto sem imagens...

Só as coloquei agora mesmo.

09 March, 2006

 
Blogger Francisco Mendes said...

Subscrevo o teu conselho semanal. Muito bom, o novo trabalho de Clooney.

09 March, 2006

 
Anonymous Anonymous said...

Sim, porque esta semana de estreias foi uma pobreza franciscana...

Mais vale aconselhar um bom filme de umas semanas atrás que um mau filme recentememente estreado (acabei de inventar um provérbio)

Abraço

13 March, 2006

 

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