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Tuesday, June 27, 2006

Estreias no Brasil - 22 de Junho

E são oito. E em comum com as portuguesas não existe qualquer um dos filmes.
Isto é que é fartura de cinema.
Vou ser sucinto, por isso. É que não há tempo a perder com tantos filmes para ver.
Esta semana vamos ter:

- Um filme visto de pernas para o ar
- Um filme de amores proibidos
- Um filme de amizade como modo de quebrar barreiras
- Um filme para os adeptos do business
- Um filme caído do céu
- Um filme de como nasce a arte
- Um filme com leão e uma excursão
- Um filme sem destino

Poseidon - Refilmagem de O Destino do Poseidon, clássico de 1972. O filme conta a história de um transatlântico que, em plena noite de Ano Novo, é atingido por uma onda gigante. Os sobreviventes devem encontrar uma saída para continuarem vivos.
Filme realizado por Wolfgang Petersen com Kurt Russell, Josh Lucas e Emmy Rossum entre outros.

Foi um autêntico "flop" nos E.U.A. E os prejuizos são já avultados. A sua salvação pode residir no mercado internacional, como acontece com muitos dos blockbusters actuais. Existe qualidade? Até poderá existir porque não seria esta a primeira injustiça a um bom filme por ser um blockbuster. Os exemplos disso acontecer são muitos, mas para mim, acidentes marinhos nunca me fascinaram por aí além. Não gostei do Titanic e ainda menos dos últimos de Petersen. Por isso não o vou aconselhar. Mas para passar um bom bocado no cinema sem ter de puxar pela cabeçinha pode ser uma boa opção.



Tristão e Isolda (Tristan & Isolde)- Clãs lutam pelo poder na Inglaterra da Idade Média após a queda do Império Romano. Tristão (James Franco), jovem cujos pais são assassinados, é adotado por seu tio, Lorde Marke (Rufus Sewell), e vira seu maior guerreiro. Dado como morto, Tristão é encontrado pela bela Isolda (Sophia Myles). Ela cuida do rapaz e os dois se apaixonam, mas seu nome permanece em segredo. Ele disputa um torneio de lutas contra Lorde Marke e ganha como prêmio a mão da princesa irlandesa, sem saber que ela é Isolda. O casamento trará a paz e a unificação dos clãs, mas a paixão faz com que Tristão e Isolda arrisquem tudo para viver seu amor proibido.
Filme realizado por Kevin Reynolds.

Um típica história antiga Inglesa. Dos tempos de Shakespeare e do amor proibido. Sempre exerceu um certo fascínio na pessoa humana. O amor vencer todos os obstáculos. Mal recebido pela crítica este é um só para românticos incuráveis. Para quem não suporta filmes de baba e ranho e bem melosos e piegas como o amor deve ser o melhor é esquecer. Para esses há o Poseidon.

No Meio da Rua - Leonardo (Guilherme Vieira) é um menino que mora num bairro de classe média no Rio de Janeiro com seus pais (Flávia Alessandra e Tarcísio Filho) e a irmã mais nova (Maria Mariana Monnerat). Entre uma aula e outra, ele sempre passa por um semáforo que, como muitos, tem grupos de meninos pobres fazendo malabarismos com bolas de tênis. Um deles é Kiko (Cleslay Delfino), que pega emprestado o videogame portátil de Leonardo. No dia seguinte, quando sua mãe cobra o jogo, o menino vai ao mesmo farol e pede a Kiko o brinquedo de volta, mas já é tarde demais: dois valentões da favela tomaram o jogo eletrônico de suas mãos. Agora, Kiko e Leonardo tornam-se os melhores amigos. Leonardo foge de casa para recuperar seu jogo e provar à mãe que é responsável, mas seu desaparecimento faz com que a família fique desesperada, pensando ser um seqüestro.
Realizado por António Carlos de Fontoura.

Uma história de amizade improvável. A amizade continua a ser o sentimento mais nobre. Porque o seu objectivo é dar e não o querer receber em troca. Os amigos são escolhidos e não impostos como a família. E poderia ainda dizer porque é a amizade o sentimento mais puro de todos. Mesmo mais que o amor. Porque em amizade tem de haver amor e por vezs no amor nem sempre existe amizade. Do filme não sei nada. Estou completamente fora de quem é o senhor realizador e não sei se sai meloso e tipo telenovela ou mais para o tipo de Cidade de Deus. Num dos casos aconselho, no outro fiquem-se pela nova telenovela da Globo.


The Business - Uma Carreira no Paraíso - Durante os anos 80, a Espanha se torna um verdadeiro paraíso para os traficantes de maconha ingleses. É para lá que vai o jovem Frankie (Danny Dyer). Ele faz uma entrega ao pomposo playboy e ex-detento Charlie (Tamer Hassan), que logo vai com a cara do rapaz, chamando-o para morar na cidade de Málaga. Sob a proteção de Charlie, sócio do psicótico Sammy (Geoff Bell), Frankie rapidamente torna-se membro da gangue e se envolve no mundo violento e fascinante do crime organizado. Mas as coisas podem ficar perigosas se você atrair a atenção das pessoas erradas – principalmente da estonteante namorada de Sammy, Carly (Georgina Chapman).
Filme realizado por Nick Love

Não tenho a certeza em relação a este. Sei do que trata e sei que a Empire (revista inglesa) não ficou grande fã do filme. O retratar do crime organizado já foi tão bem retratado por tantos bons realizadores que quando ouço falar em cliches perco logo a vontade de ir ver um filme. O melhor é rever um bom Scorsese, o mestre os filmes de crime organizado. Vão por mim...


Dois Anjos (Deux fereshté) - Numa cidade sagrada no Irã, um devotado pai (Mehran Rajabi) - acreditando ter matado seu único filho, o garoto Ali (Siavash Lashkari), de 15 anos - vai a uma mesquita para se confessar. Mas, na verdade, Ali está num orfanato, afastado do mundo, e tem somente uma grande paixão: sua música.
Filme realizado por Mamad Haghigat

É também uma das minhas outras grandes paixões. A música. Quem toca um instrumento musical com alguma qualidade sabe do prazer que é compor ou tocar uma bela peça. Eu pessoalmente toco bem orgão e arranho a guitarra (violão) e por isso retiro um grande prazer de ambos. Um filme sobre música nunca foi uma grande combinação e até agora não existe nenhuma grande obra prima. Não me parece que este o seja. Mas para o abrir de consciência para o mundo árabe ora aqui está uma boa opção. Aconselhável apenas para cinéfilos. Quem vai ao cinema por diversão é melhor esquecer.


Moacir Arte Bruta - Moacir tem 42 anos. Negro, com problemas de audição, fala e formação óssea, é um pintor que vive num recanto do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em condições de pobreza. Ausente do mundo exterior, passa o dia desenhando e pintando com lápis de cera: seres humanos, fauna e flora, visões, religião e sexo. O traço do artista impressiona pelo primitivismo e extraordinária beleza. O filme registra o seu dia-a-dia e a visita do artista plástico goiano Siron Franco, numa espécie de confronto entre o primitivo e o moderno.

Um filme muito específico. Para fãs de cinema documental, de arte e do cinema como forma de conhecer novas coisas. Para os restantes a esquecer. Este é daqueles que nunca vão chegar ao outro lado do Atlântico, ou seja Portugal. E muitos bons filmes perdem-se assim.

Em Segredo (Grbvica) - Esma (Mirjana Karanovic) mora com sua filha de 12 anos, Sara (Luna Mijovic), em Grbavica, um bairro na cidade de Sarajevo. Quando Sara a comunica que quer participar de uma excursão da escola, Esma se esforça para pagar o preço da viagem, apesar de ter um certificado provando que o pai de sua filha é um herói de guerra, o que lhe daria desconto. Isso porque ela não quer revelar esse fato a Sara.

Vencedor inesperado em Berlim e por muitos criticados como um filme menor. Será que mais uma vez Berlim meteu a pata na poça para premiar o melhor Filme. Foram muitos os erros em festivais de cinema, inclusivamente no último vencedor de Cannes. Será que esta foi acertada e os críticos exageram. Também já aconteceu muitas vezes. Agora depende dos gostos de cada. Para fãs cinéfilos, de lugares de conflito e discrimação. Parece-me para fãs de choradeira. Eu vou marcar lugar para tirar dúvidas.


Factoctum - Sem Destino - Matt Dillon é Henry Chinaski, personagem presente em alguns dos romances escritos por Charles Bukowski. Chinaski é um homem que vive de emprego em emprego (sendo despedido ou pedindo demissão mesmo), desde que o trabalho não interfira em seus interesses prioritários, que são mulheres, bebidas, as corridas de cavalo e seus textos.

Matt Dillon, dizem num grande papel, ignorado pelos prémios de interpretação. O filme às costas de Dillon um grande actor, sem dúvida. Mas será que consegue suster o filme? Aí já tenho algumas dúvidas. No entanto recebe 100% no ranking do Rotten Tomatoes que para quem não conhece avalia os filmes em termos de qualidade. E deste todos gostaram. Isto já quer dizer muito. Eu vou estar lá para confirmar.



O Conselho desta semana vai para "Factoctum". Eu quero tirar a limpo se é mesmo tão bom como dizem. E quem melhor do que nós próprios.

Para esquecer acho que escolho o "The Business - Uma Carreira para o Paraíso". Foi muito mal recebido pela crítica em Inglaterra, onde foi feito e quase ainda não estreou em nenhum lado. Isso quererá dizer alguma coisa. A esquecer.

Até para a semana.

Boa Noite e Bons Filmes.