Estreias da Semana - 1 de Dezembro
Mais uma semana, mais uma voltinha pela estreias semanais. Desta vez parece que vão ser cinco. Continuo a considerar que este é o número aceitável e máximo de estreias. O mercado português não consegue comportar mais do que isto. Simplesmente não consegue.
As semanas das oito estreias são sempre caóticas.
Esta semana o que temos? Perguntam vocês e bem:
- Um filme com uma Vida Inacabada (Mais subtil não podia ser)
- Um filme com um Exorcismo
- Um filme com Reis e Rainhas
- Um filme com o Oliver
- Um filme com e para gajas - peço desculpa por dizer isto -(e os seus namorados em atrelado)
Uma Vida Inacabada (An Unfinished Life) - Este é aquele tipo de filme fora de tempo. Isto à uns anos atrás era sinónimo de Óscares (Lasse Halstrom, veteranos do mundo cinema, sobre a vida real, o choradinho, um toque Miramax). Actualmente nem por isso. Estes dramas de pacotilha têm os dias contados. E o público já se apercebeu. Não somos parvos.
Filme realizado pelo já citado Lasse Halstrom com Robert Redford (Mr. Sundance), Morgan Freeman e Jennifer Lopez. A história? O Costume.
Einer (Robert Redford) e o seu capataz e amigo Mitch (Morgan Freeman) vivem e trabalham juntos há 40 anos no rancho de Einer, seguindo as suas próprias regras. Até ao dia em que são surpreendidos por Jean, a nora de Einer, que está a tentar fugir do passado. Einer e Mitch têm então de descobrir uma forma de se adaptar à nova vivência, ao mesmo tempo que terão de aprender a ultrapassar a dor de perder alguém.
Este ainda é daqueles produtos Miramax à moda antiga. Quer dizer antes de ter desaparecido. Mas ainda conseguiu que tivessemos Um "Moulin Rouge"...Arghhhh
Sinceramente, e como todos, nos primeiros anos ainda caí neste tipo de dramas com selo Miramax mas sinceramente já não há paciência. E no fundo a Miramax não desapareceu apenas mudou de nome. Agora vem com o selo Weinstein. Comigo o selo já não pega. De fugir a sete pés.
O Exorcismo de Emily Rose (The Exorcism of Emily Rose) - Exorcismo. Por muito que já não esteja na ordem do dia, exerce sempre um grande fascínio. Falo por mim pelo menos. Só vi o exorcista à uns anos atrás quando estreiou novamente nos cinemas e a impressão foi verdadeiramente duradoura.
Filme realizado por Scott Derrickson (exactamente, quem?) com Laura Linney, Tom Wilkinson e Jeniffer Carpenter (que aparenta ter uns grandes pulmões. Dizem que aqueles gritos ressoam e ressoam mesmo depois do filme acabar).
Emily Rose (Carpenter) começa a ter alucinações e comportamentos estranhos após a sua ida para a faculdade. Parece possuída por uma força demoníaca, mas os médicos acreditam que a rapariga sofra de epilepsia psicótica, apesar de nunca terem visto um caso de tal magnitude. Depois de várias tentativas de tratamento, Emily é sujeita a um exorcismo, que não corre como se esperava. O padre (Wilkinson) acaba por ser acusado por negligência pela morte de Emily Rose. Aí entra uma advogada (Linney), com o objectivo de tentar provar a inocência do padre em questão. O que descobre é que não é muito agradável.
Eu vi o trailer desta coisa e senti arrepios. E acreditem não sinto arrepios com tudo. Para mim medo é isso e não aqueles sustos fáceis de cinema, como tentam impingir o terror actual. E um filme que causa arrepios está bem por mim. Grande sucesso e grande surpresa de bilheteira. De que ninguém estava à espera mas que já era esperado. Mistura de drama de tribunal, com drama familiar e terro só pode cheirar a novidade e chamar as pessoas ao cinema. No fundo as pessoas querem ser surpreendidas e não comer sempre do mesmo. Por isso queremos originalidade senhores realizadores e produtores de cinema. Estamos fartos de remakes e produtos esquematizados.
E este filme está lá. E eu também. Cati, este é para ir ver sem dúvida. Terror do melhor.
Reis e Rainhas (Rois et Reine) - Reis e rainhas mas nos tempos modernos. É isso que este filme pretende mostrar. A vida dos reis. Espera aí, mas isto não mete sangue azul. Então, não sei do que trata ou até sei. É um daqueles titúlos filosóficos.
Filme realizado por Arnaud Desplechin com Emanuelle Devos, Mathieu Amalric e Catherine Deneuve ( a grande senhora do cinema europeu).
Ela, Nora (Emmanuelle Devos), aparentemente radiosa, está quase a casar. Ele, Ismaël, (Mathieu Amalric), internado à força num hospital psiquiátrico, está quase a tocar o fundo do abismo. Estas duas histórias fundem-se quando a futura esposa propõe a este antigo amante, que ela amou apaixonadamente, que se torne pai adoptivo do seu filho, nascido de uma primeira relação.
Segundo a Premiere, o filme mistura Bergman com Chaplin. Bem, grande elogio...Isso é uma mistura explosiva. Mas não será um pouco com misturar uma base a um ácido. Corre sempre mal. Muito mal. Ummmmmmmmmm...
Sinceramente não sei o que dizer. Geralmente é assim com filmes europeus. Ainda estou muito americanizado. Mas vou tentando abrir horizontes o que já não é mau.
Oliver Twist - Este poster está muito interessante não acham? Pois é, voltando a falar do filme. Mais uma adaptação de Charles Dickens e inclusive pode-se dizer mais uma adaptação de "Oliver Twist". Não serão já demais. A vossa opinião não sei mas para mim duas já são demais. A não ser que a primeira fosse muito má (o que não é o caso). Filme realizado por Roman Polanski com o grande Ben Kingsley no papel de Fagin e Barney Clark no de Oliver Twist. Penso que todos já conhecemos a história mas mesmo assim aqui vai.
Conta a história do pequeno Oliver, que, depois de sair do orfanato onde foi criado, conhece Artful Dodger, um pequeno ladrão, que o apresenta ao sinistro Fagin. Fagin chefia um grupo de bandidos malabaristas, especialistas em fazer desaparecer carteiras e outras coisas tais. Apanhado pela polícia num dos assaltos de Fagin, Oliver é entregue a Mr. Brownlow, um homem simpático que se torna seu benfeitor. Mas Fagin volta a encontrá-lo, leva-o e obriga-o mesmo a participar no assalto à casa do próprio Mr. Brownlow. Será que Oliver conseguirá libertar-se dos ladrões e regressar um dia a casa do seu benfeitor para iniciar uma nova vida?
É realmente uma daquelas histórias inspiradoras e de mudança de consciência que tanto Dickens gostava de escrever. E que actualmente é tantas vezes adaptada ao cinema. Só que algumas vezes com outros nomes e noutros tempos, mas no entanto nunca mudando o essencial. Ou seja temos o mesmo filme contando e filmado muitas e muitas vezes. E o que é em demasia cansa-me.
E a Vocês?
Enquanto Estiveres Aí (Just Like Heaven) - Eu sei que prometi que não falava mais do títulos dos filmes traduzidos mas não resisto mais uma vez. Qual é a relação entre um e outro? Já pensaram?. Exactamente não há. EM termos de comédias românticas gostam muito de inventar. Se o Exorcismo de Emily Rose fosse uma comédia romântica provalvelmente chamar-se-ia "Para de gritar Ó Emily, eu Amo-te". Conclusão disto tudo. Parem de inventar. Não seria melhor pôr "Ligação Celestial", ou "Amor no Apartamento" ou "Não acordes o Fantasma" ou "As Flores que nunca te Darei" ou ainda "Mulher Gigante, Homem Insignificante" - este ultímo é lindo(olhem para o poster?). Tenho ou não tenho jeito. Isto para inventar qualquer um serve.
Quando David (Mark Ruffalo) aluga um apartamento encantador em São Francisco, a última coisa que espera - ou deseja - é ter companhia. Mas, quando se começa a instalar, aparece Elizabeth (Reese Witherspoon), uma rapariga muito teimosa, que insiste que ela é a proprietária do apartamento. David acha que houve um enorme mal entendido... até que Elizabeth desaparece de forma tão misteriosa quanto tinha aparecido. E mudar as fechaduras não trava Elizabeth, que aparece e desaparece - a maior parte das vezes para repreender David pela forma como trata o apartamento... Convencido que ela é um fantasma, David tenta ajudá-la a passar para "o outro lado". Mas, embora Elizabeth se aperceba que se encontra num estado algo etéreo - consegue atravessar paredes... - está igualmente convencida que ainda está viva e não vai passar para lado nenhum. À medida que Elizabeth e David procuram a verdade sobre ela e a sua actual situação, a relação entre os dois transforma-se em amor. Mas os dois não terão muito tempo antes dos seus projectos de futuro em conjunto se evaporarem.
Oh, meu Deus. Já disse tudo (Ou neste caso o publíco - Não fui eu). E agora já não vale a pena ir ver o filme. Mulheres de Portugal façam um boicote. E namorados obedeçam. Eu sei que disse que faltavam comédias românticas mas não é preciso atropelar agora, não é. Já CHEGA.
A escolha desta semana é muito simples. É o uníco filme que não trucidei nesta crítica. "O Exorcismo de Emily Rose".
Até para a semana.
Harry Potter e o Cálice de Fogo (Harry Potter and the Goblet of Fire) - Mais um Harry Potter. É verdade, para todos os detractores de Harry Potter isto parece não ter fim (pelo menos de sete não se safam). E isto pode mesmo não ter fim desde que a autora queira continuar até ao fim da sua vida a continuar a escrever novos livros. Iam sempre vender que nem ginjas (hehehe - Esta é uma private).
Proof - Entre o Génio e a Loucura (Proof) - Que mania é esta de manter o título do filme e acrescentar outro à frente. Têm medo que a gente não entenda? O pessoal não é burro, ok!!!!
Na Pele do Lobo (Cry Wolf) - Eu sei que costumo falar mal mas esta tradução não está nada mal. É obvio que a tradução à letra não resultava neste caso (Chora Lobo????). Era ridícula. E escolheram uma que soa bastante bem. Como veêm não sei só falar mal.
Profundo Azul (Into the Blue) - Os filmes em que a água é um elemento essencial são os meus favoritos. Para fazer trocadilhos. "Não há lá nada melhor" (pensar isto dito com sotaque açoriano). E o cartaz. É literalmente para o menino e para a menina.

Chicken Little - Será que este filme chega na melhor altura, em plena crise da gripe das aves? Acho que não poderia ter escolhido melhor altura. Filme de estreia da Disney, nestas lides da animação 3-D sem a mãozinha da PIXAR. E parece que até se dão bem, não perfeitos como na PIXAR mas bastante bem. Os bons resultados de bilheteira assim o dizem. Mas não nada como tirar a prova dos nove e ir ver pelos nossos próprios olhos.
Deuce Bigalow - Um Gigolo na Europa - Gigolo? Gigolo? Muita gente deve perguntar-se. O que é que isso realmente significa? Ninguém sabe, a sério. O filme deveria ter ido directo ao assunto e ter dito. Deuce Bigalow 2. Era bem mais simples
A Ponte de São Luís Rei (The Bridge of San Luís Rey) - Pois é. Têm de admitir. Este elenco é verdadeiramente de luxo. De Niro, Bates, Keitel, Abrahm(f.Murray) e Byrne. Nada mau. Realizado por Mary Mcguckian, foi no entanto um gigantesco flop. Dos 24 milhões que custou ainda só deu 1,5 milhões o que é bastante preocupante considerando que nos E.U.A. fez apenas 40000 doláres. Sim dólares. Mas perguntam vocês, o dinheiro é tudo. Não. Mas quando a crítica é unânime a dizer que algo não está bem só pode siginificar desastre. O filme é uma adaptação do romance homónimo de Thornton Wilder, vencedor do prémio Pulitzer em 1928. Mas isso não o safou do desastre.
RIZE - É definitivamente um filme muito bem ritmado. David LaChapelle, fotógrafo com créditos bem firmados no seu meio (basta ver as excelentes capas de revista que já fez) e que decide sair dos unícos filmes que fazia, os publicitários, e arriscar num documentário. Estreado, há pouco tempo no DocLisboa, chega agora às salas de cinema.
Manô - O braço tem de ser dado a torcer. Quer queiram quer não, este filme tem uma premissa original. Bastante original. Estou um pouco defensor do cinema português e mesmo que este não seja um grande filme merece uma espreitadela. Nem que seja pequena. Ao menos existe alguém a arriscar em ideias novas e gente nova.
Ferro 3 (Bin-Jip) - Um filme de tacos de golfe. Mas sem golfe e sem talcos. Pelo menos pelo trailer. Estarei enganado ou estará algum taco lá pelo meio. Pouco interessa. Filme realizado por Kim Ki-duk (sim, do Primavera, verão etc) com Lee Seung-Yong, Lee Hyun-kyoon e Kwon Hyuk-ho (isto custou a escrever, bolas!!!!).
Supercross - O pessoal ainda tem paciência para este tipo de filmes. Só se, neste caso, fores fã de motocross. E mesmos esses só se não gostarem especialmente de cinema. Isto da crítica devia ser mais daqui a bocado.Ok, eu espero. Filme realizado por Steve Boyum com Stevel Howell, Mike Vogel e Cameron Richardson. Estão vocês a pensar...Quem???

Dom Quixote de Orson Welles - De onde é que isto saiu?? Foi a primeira pergunta que me surgiu. Posso ainda não ser uma autoridade no mundo do cinema mas ainda sei que quem já morreu não consegue realizar um filme (apesar de alguns realizadores por aí parecerem estar mortos). Então como é que isto acontece?
Flighplan - Pânico a Bordo - Os filmes de suspense estão em alta depois de este ano (à relativamente pouco tempo) ter estreado "Red Eye" do mestre Wes Craven. Filme realizado pelo, praticamente, estreante, Robert Schwentke e com o regresso a papéis de protagonista de Jodie Foster. Conta ainda com Sean Bean (o homem está em todo o lado), Peter Sarsgaard e Erika Christensen.
Elizabethtown - A ida à "Santa Terrinha". Toda (quase) a gente está familiarizada com este termo. para uns agradável mas outros uma seca descomunal. Eu encontro-me no segundo grupo.Filme realizado por Cameron Crowe (o regresso de um grande, pelo menos para mim) com Orlando Bloom (isso é que é pena), Kirsten Dunst, Susan Sarandon, Alec Baldwin e Jessica Biel.
Arsene Lúpin - O Ladrão Sedutor - Romain Duris não larga o osso. É o pensamento do dia. Em cerca de dois meses estream nas salas nacionais três filmes em que é o protagonista. Uma questão de sorte no lançamento do filmes. Acho que não. O homem não para é de trabalhar. Filme realizado por Jean Paul Salomé com Romain Duris (Bruxo), Kristin Scott Thomas e Eva Green (sim, a dos Sonhadores de Bertolucci).
1. 40 Year Old Virgin
Na sua Pele (In Her Shoes) - O velho drama das mulheres que compram sapatos para esquecerem as suas vidas e não enfrentarem os problemas. Calma, mulheres, não é preciso baterem. Existem algumas excepções hehe... Filme realizado por Curtis Hanson (o mesmo que se meteu com o Eminem num filme) com o monumento Cameron Diaz e a grande actriz Toni Collette. E uma lenda viva como Shirley MacLaine é sempre bem-vinda num elenco.
Habana Blues - Eu até já sou uma pessoa que lê algumas coisas de cinema (essencialmente americanas ou inglesas mas também algumas portuguesas e europeias e disto nunca ouvi falar. Parece que caiu do nada. Filme realizado por Benito Zambrano (filme cubano, espanhol e francês ao mesmo tempo - ganda salganhada) com Alberto Yoel,
A Marcha dos Penguins (La Marche de L'empereur) - Um documentário. Acho que muita gente ainda tem a ideia que documentários de animais só na T.V na sic aos domingos ou na RTP aos sábados de manhã. Agora no cinema?? Será possível???É verdade é possível. Filme realizado por Luc Jacquet com muitos actores de renome do mundo animal e fruto da sua admiração pela história deste extraordinário animal, o Penguim-Imperador (Ver foto).
O Som do Trovão (The Sound of Thunder) - Este filme traz más notícias. E isto não é só por causa dos trovões e relâmpagos. Isto era daqueles filmes para ir directamente para vídeo mas por obrigação contratual tinha de estrear nas salas de cinema. Um filme de vídeo disfarçado de grande cinema. Estes são os piores. Filme realizado por Peter Hyams com um bom elenco, Edward Burns, Ben Kingsley e outros. Mas não se deixam enganar. Olhem só para a história:
Doom - Sobrevivência (Doom) - Acho que essa parte do sobrevivência era escusado. Só quem nunca viu um computador à frente durante os anos 90 ou esteve isolado como um eremita numa ilha deserta de uma dimensão paralela é que não ouviu falar deste jogo de computador. Ai as tardes passadas a jogar isto. Foram tantas...Filme realizado por 