Your Place for cinema

Thursday, June 29, 2006

Estreias em Portugal - 29 de Junho

Finalmente acontece. Uma semana de estreias mais desafogada, apenas com quatro novos filmes.
Há muito tempo que não apareciam tão poucos filmes nas salas. Actualmente temos mesmo sido bombardeados com 9 filmes apenas numa semana. Para um mercado tão pequeno isso é muito pouco. E como sabem o mercado não estou propriamente a expandir-se, a não ser no número de salas porque em numero de espectadores é outra conversa.

Esta semana temos:
- Um filme com carros como actores principais
- Um filme com palavras como actores principais
- Um filme com chamadas como actrizes principais
- Um filme com irmãs como actrizes principais

Carros (Cars) - Os criadores de "The Incredibles - Os Super-Heróis" e "À Procura de Nemo" regressam com a história de Lightning McQueen, um novo e bem sucedido carro de corridas que descobre que há vida para além da meta da chegada quando vai parar a uma pequena vila. Aí conhece a "sexy" Sally, uma porche de 2002, um Hudson Hornet de 51 e Mater, um velho reboque. Esses novos amigos fazem-no perceber que afinal os troféus e a fama não são as coisas mais importantes. Filme realizado por John Lasseter, agora "big boss" da Disney. O homem anda a subir na vida.

A Pixar deixa sempre saudades. E quando se espera 2 anos por um novo filme deste altar da animação e dos bons filmes a espera começa a ser desesperante. Mas finalmente chegou. E agora é tempo para rejubilar. Muitos dizem já que apenas o aspecto visual o eleva acima da concorrência. Como toda a gente eu digo que têm direito a falhar. Mas tenho as minhas dúvidas. Estamos a falar da Pixar. Aconselho este a todos, miúdos, graúdos, velhotes e mesmo quem detesta automóveis. Eu também não gostava de insectos ou peixes mas passei a gostar com a Pixar.
Já a correr para a sala à minha frente.

A Vida Secreta das Palavras (The Secret Life of Words) - Numa plataforma petrolífera onde só trabalham homens, num lugar isolado no meio do mar, houve um acidente. Hanna, uma mulher misteriosa e solitária, que tenta esquecer o seu passado, é enviada para a plataforma para cuidar de um homem que ficou temporariamente cego. Entre eles cria-se uma estranha intimidade que se vai aprofundando, laços cheios de segredos, verdades, mentiras, humor e dor que mudarão as suas vidas para sempre. É um filme, segundo a realizadora, "sobre o silêncio repentino que antecede uma tempestade, e acima de tudo, sobre o poder do amor, mesmo nas mais terríveis circunstâncias". "A Vida Secreta das Palavras" conquistou os Goyas (os mais importantes galardões de cinema espanhóis) de Melhor Filme, Melhor Realização e Melhor Argumento. Filme de Isabel Coixet.

Isto é sem dúvida muito próximo. Já estou a sentir um modo de me sentir ligado a este filme. Por enquanto não vou dizer como mas com a confirmação pode ser que brevemente possa afirmar. A vida numa plataforma petrolífera deve ser a coisa mais solitária de que me possa lembrar. Um pequeno rectângulo de metal rodeado de água por todos os lados. Claustrofobia é certa. E desespero e outros sentimentos de revolta. Mas amor?
Realmente ele ataca quando menos se espera. Mas este teve muita sorte.
Vencedor de Goyas (toda os países lembram de inventar isto para ver se ganham uns prémios por isso cada vez têm menos valor.
Mas tenho de admitir que este promete. Mas com a concorrência da Pixar o vencedor já foi encontrado

Chamada de um Estranho (When a Stranger Calls) - Jill prepara-se para mais uma noite de "babysitting", numa belíssima casa no topo de uma colina. Com as crianças a dormir, Jill fecha as portas e liga os alarmes. É então que começa a receber telefonemas perturbadores. A voz do outro lado da linha insiste em que ela "veja como estão as crianças". Jill começa a ficar em pânico e o seu medo aumenta ainda mais quando telefona para a polícia e eles descobrem que quem está a fazer os telefonemas está dentro de casa. Filme realizado por Simon West.

É verdade mais um exemplo de horror de pacotilha. E o que significa isto? Terror do mais básico possível. E claro que já não mete medo nem ao susto quanto menos a pessoas. Esperem muitos toques de telemóvel, miúdas a gritar e susto repentinos daqueles de reflexo. E isso não é medo é apenas irritante. Acabem com este tipo de horror. Ou melhor dizendo acabem com estes filmes de pacotilha. O horror aqui só de ser tão mau. E ainda não vi o filme. Faria se o tivesse visto.

História de Duas Irmãs (A Tale of Two Sisters) - Uma família, aparentemente normal esconde terríveis segredos. A madrasta, Eun-Joo, dá as boas vindas às enteadas, Su-mi e Su-yeon, que acabam de regressar a casa depois de uma curta estadia numa instituição psiquiátrica. A irmã mais velha, Su-mi, evita até o olhar com a madrasta, enquanto Su-yeon, a irmã mais nova, mostra muito medo até de ser tocada por Eun-Joo. Mas a vida naquela casa não vai ser fácil. Na manhã a seguir à chegada, uma das irmãs vê o fantasma de sua mãe, enforcando-se no quarto da pequena Su-yeon. Desde esse dia começam a acontecer coisas estranhas no seio daquela família. Uma alma penada passeia-se pela casa e os adorados pássaros da madrasta aparecem mortos. Eun-Joo culpa a irmã mais velha e, por isso, fecha-a num armário. O domínio da madrasta parece total. Filme realizado por Kim ji-woon. Um nome a reter.

Ok, acho que esta premissa diz demais mas também a do CineCartaz dizia de menos. Ou oito ou oitenta. Estamos a falar de um filme de 2004. De que já oiço falar à muito tempo e que nunca pensei que estreiasse por estes lados de Portugal. Isto é terror Hard-core da Coreia do Sul que nos tem habituado, e muito bem, a ficar assustados. E este não é excepção e apesar de chegar tarde, para fãs de terror este é um a não perder. E preparem-se para se borrar de medo.

Esta semana o conselho é básico e muito simples. Estreia um filme da Pixar, os "deuses" da animação. Isto é dizer, vão ver o "Carros". JÁ. Para quem tem dúvidas ver imagem em baixo.


A esquecer também é uma opção muito fácil. "Chamada de um Estranho" . Não ao horror de pacotilha. A esquecer que existiu.
Ps: Onde é que me vim meter...


Até para a semana.

Boa Noite e Bons Filmes.

Tuesday, June 27, 2006

Estreias no Brasil - 22 de Junho

E são oito. E em comum com as portuguesas não existe qualquer um dos filmes.
Isto é que é fartura de cinema.
Vou ser sucinto, por isso. É que não há tempo a perder com tantos filmes para ver.
Esta semana vamos ter:

- Um filme visto de pernas para o ar
- Um filme de amores proibidos
- Um filme de amizade como modo de quebrar barreiras
- Um filme para os adeptos do business
- Um filme caído do céu
- Um filme de como nasce a arte
- Um filme com leão e uma excursão
- Um filme sem destino

Poseidon - Refilmagem de O Destino do Poseidon, clássico de 1972. O filme conta a história de um transatlântico que, em plena noite de Ano Novo, é atingido por uma onda gigante. Os sobreviventes devem encontrar uma saída para continuarem vivos.
Filme realizado por Wolfgang Petersen com Kurt Russell, Josh Lucas e Emmy Rossum entre outros.

Foi um autêntico "flop" nos E.U.A. E os prejuizos são já avultados. A sua salvação pode residir no mercado internacional, como acontece com muitos dos blockbusters actuais. Existe qualidade? Até poderá existir porque não seria esta a primeira injustiça a um bom filme por ser um blockbuster. Os exemplos disso acontecer são muitos, mas para mim, acidentes marinhos nunca me fascinaram por aí além. Não gostei do Titanic e ainda menos dos últimos de Petersen. Por isso não o vou aconselhar. Mas para passar um bom bocado no cinema sem ter de puxar pela cabeçinha pode ser uma boa opção.



Tristão e Isolda (Tristan & Isolde)- Clãs lutam pelo poder na Inglaterra da Idade Média após a queda do Império Romano. Tristão (James Franco), jovem cujos pais são assassinados, é adotado por seu tio, Lorde Marke (Rufus Sewell), e vira seu maior guerreiro. Dado como morto, Tristão é encontrado pela bela Isolda (Sophia Myles). Ela cuida do rapaz e os dois se apaixonam, mas seu nome permanece em segredo. Ele disputa um torneio de lutas contra Lorde Marke e ganha como prêmio a mão da princesa irlandesa, sem saber que ela é Isolda. O casamento trará a paz e a unificação dos clãs, mas a paixão faz com que Tristão e Isolda arrisquem tudo para viver seu amor proibido.
Filme realizado por Kevin Reynolds.

Um típica história antiga Inglesa. Dos tempos de Shakespeare e do amor proibido. Sempre exerceu um certo fascínio na pessoa humana. O amor vencer todos os obstáculos. Mal recebido pela crítica este é um só para românticos incuráveis. Para quem não suporta filmes de baba e ranho e bem melosos e piegas como o amor deve ser o melhor é esquecer. Para esses há o Poseidon.

No Meio da Rua - Leonardo (Guilherme Vieira) é um menino que mora num bairro de classe média no Rio de Janeiro com seus pais (Flávia Alessandra e Tarcísio Filho) e a irmã mais nova (Maria Mariana Monnerat). Entre uma aula e outra, ele sempre passa por um semáforo que, como muitos, tem grupos de meninos pobres fazendo malabarismos com bolas de tênis. Um deles é Kiko (Cleslay Delfino), que pega emprestado o videogame portátil de Leonardo. No dia seguinte, quando sua mãe cobra o jogo, o menino vai ao mesmo farol e pede a Kiko o brinquedo de volta, mas já é tarde demais: dois valentões da favela tomaram o jogo eletrônico de suas mãos. Agora, Kiko e Leonardo tornam-se os melhores amigos. Leonardo foge de casa para recuperar seu jogo e provar à mãe que é responsável, mas seu desaparecimento faz com que a família fique desesperada, pensando ser um seqüestro.
Realizado por António Carlos de Fontoura.

Uma história de amizade improvável. A amizade continua a ser o sentimento mais nobre. Porque o seu objectivo é dar e não o querer receber em troca. Os amigos são escolhidos e não impostos como a família. E poderia ainda dizer porque é a amizade o sentimento mais puro de todos. Mesmo mais que o amor. Porque em amizade tem de haver amor e por vezs no amor nem sempre existe amizade. Do filme não sei nada. Estou completamente fora de quem é o senhor realizador e não sei se sai meloso e tipo telenovela ou mais para o tipo de Cidade de Deus. Num dos casos aconselho, no outro fiquem-se pela nova telenovela da Globo.


The Business - Uma Carreira no Paraíso - Durante os anos 80, a Espanha se torna um verdadeiro paraíso para os traficantes de maconha ingleses. É para lá que vai o jovem Frankie (Danny Dyer). Ele faz uma entrega ao pomposo playboy e ex-detento Charlie (Tamer Hassan), que logo vai com a cara do rapaz, chamando-o para morar na cidade de Málaga. Sob a proteção de Charlie, sócio do psicótico Sammy (Geoff Bell), Frankie rapidamente torna-se membro da gangue e se envolve no mundo violento e fascinante do crime organizado. Mas as coisas podem ficar perigosas se você atrair a atenção das pessoas erradas – principalmente da estonteante namorada de Sammy, Carly (Georgina Chapman).
Filme realizado por Nick Love

Não tenho a certeza em relação a este. Sei do que trata e sei que a Empire (revista inglesa) não ficou grande fã do filme. O retratar do crime organizado já foi tão bem retratado por tantos bons realizadores que quando ouço falar em cliches perco logo a vontade de ir ver um filme. O melhor é rever um bom Scorsese, o mestre os filmes de crime organizado. Vão por mim...


Dois Anjos (Deux fereshté) - Numa cidade sagrada no Irã, um devotado pai (Mehran Rajabi) - acreditando ter matado seu único filho, o garoto Ali (Siavash Lashkari), de 15 anos - vai a uma mesquita para se confessar. Mas, na verdade, Ali está num orfanato, afastado do mundo, e tem somente uma grande paixão: sua música.
Filme realizado por Mamad Haghigat

É também uma das minhas outras grandes paixões. A música. Quem toca um instrumento musical com alguma qualidade sabe do prazer que é compor ou tocar uma bela peça. Eu pessoalmente toco bem orgão e arranho a guitarra (violão) e por isso retiro um grande prazer de ambos. Um filme sobre música nunca foi uma grande combinação e até agora não existe nenhuma grande obra prima. Não me parece que este o seja. Mas para o abrir de consciência para o mundo árabe ora aqui está uma boa opção. Aconselhável apenas para cinéfilos. Quem vai ao cinema por diversão é melhor esquecer.


Moacir Arte Bruta - Moacir tem 42 anos. Negro, com problemas de audição, fala e formação óssea, é um pintor que vive num recanto do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em condições de pobreza. Ausente do mundo exterior, passa o dia desenhando e pintando com lápis de cera: seres humanos, fauna e flora, visões, religião e sexo. O traço do artista impressiona pelo primitivismo e extraordinária beleza. O filme registra o seu dia-a-dia e a visita do artista plástico goiano Siron Franco, numa espécie de confronto entre o primitivo e o moderno.

Um filme muito específico. Para fãs de cinema documental, de arte e do cinema como forma de conhecer novas coisas. Para os restantes a esquecer. Este é daqueles que nunca vão chegar ao outro lado do Atlântico, ou seja Portugal. E muitos bons filmes perdem-se assim.

Em Segredo (Grbvica) - Esma (Mirjana Karanovic) mora com sua filha de 12 anos, Sara (Luna Mijovic), em Grbavica, um bairro na cidade de Sarajevo. Quando Sara a comunica que quer participar de uma excursão da escola, Esma se esforça para pagar o preço da viagem, apesar de ter um certificado provando que o pai de sua filha é um herói de guerra, o que lhe daria desconto. Isso porque ela não quer revelar esse fato a Sara.

Vencedor inesperado em Berlim e por muitos criticados como um filme menor. Será que mais uma vez Berlim meteu a pata na poça para premiar o melhor Filme. Foram muitos os erros em festivais de cinema, inclusivamente no último vencedor de Cannes. Será que esta foi acertada e os críticos exageram. Também já aconteceu muitas vezes. Agora depende dos gostos de cada. Para fãs cinéfilos, de lugares de conflito e discrimação. Parece-me para fãs de choradeira. Eu vou marcar lugar para tirar dúvidas.


Factoctum - Sem Destino - Matt Dillon é Henry Chinaski, personagem presente em alguns dos romances escritos por Charles Bukowski. Chinaski é um homem que vive de emprego em emprego (sendo despedido ou pedindo demissão mesmo), desde que o trabalho não interfira em seus interesses prioritários, que são mulheres, bebidas, as corridas de cavalo e seus textos.

Matt Dillon, dizem num grande papel, ignorado pelos prémios de interpretação. O filme às costas de Dillon um grande actor, sem dúvida. Mas será que consegue suster o filme? Aí já tenho algumas dúvidas. No entanto recebe 100% no ranking do Rotten Tomatoes que para quem não conhece avalia os filmes em termos de qualidade. E deste todos gostaram. Isto já quer dizer muito. Eu vou estar lá para confirmar.



O Conselho desta semana vai para "Factoctum". Eu quero tirar a limpo se é mesmo tão bom como dizem. E quem melhor do que nós próprios.

Para esquecer acho que escolho o "The Business - Uma Carreira para o Paraíso". Foi muito mal recebido pela crítica em Inglaterra, onde foi feito e quase ainda não estreou em nenhum lado. Isso quererá dizer alguma coisa. A esquecer.

Até para a semana.

Boa Noite e Bons Filmes.

Crítica da Semana - Escolha Mortal

"Captain Stanley: Now, suppose I told you there was a way to save your little brother Mikey from the noose. Suppose I gave you a horse and a gun. Suppose, Mr. Burns, I was to give both you and your young brother Mikey, here, a pardon. Suppose I said that I could give you the chance to expunge the guilt beneath which you so clearly labour. Suppose I gave you till Christmas. Now, suppose you tell me what it is I want from you.
Charlie Burns: You want me to kill me brother.
Captain Stanley: I want you to kill your brother."

A surpresa do ano. Em conjunto com o último de Woody Allen, "Match Point" estes foram os filmes que não esperava ter gostado tanto. E este western australiano é sem dúvida, um regalo para os olhos, e apesar de cruel e muito sujo, um excelente retrato da natureza humana.
E o que conta a história?
O filme acompanha o drama de Charley(Guy Pearce) e Mickey Burns, na Austrália colonial do séc XIX, que após serem presos pelo Capitão Stanley (Ray Winstone). Após a captura é feito um ultimato (ver texto após imagem) onde é pedido a Charley que mate o seu irmão Arthur, o irmão mais velho e líder do gang, em troca da vida do seu irmão mais novo que entretanto fica preso para garantir que ele cumpre o prometido e consegue assim a sua liberdade e a do irmão.
A família Burns é procurada pelo assassínio de uma família muito respeitada da região e cujos habitantes exigem justiça. E se a polícia não conseguir eles trataram do assunto.
Isto é apenas a premissa mas o filme tem muito mais. A personagem do Capitão Stanley é talvez a mais ambígua e a que a nossa percepção mais se altera durante a visualização do filme. No início parece um homem sem escrupulos e totalmente devoto à preservação da lei, seja de que maneira for. Com o desenrolar descobrimos as motivações por detrás do homem e de como o ambiente "sujo" australiano mudou a sua maneira de ser. O primeiro vislumbre da sua vida surge com a visita da sua esposa à esquadra. Interpretada por Emily Watson, Martha, é uma mulher fora de sítio. Educada em Inglaterra muito rigorosamente e em alta sociedade, tem dificuldade em adaptar-se a este mundo hostil, cruel e onde a educação é vista com maus olhos. Todos tentam sobreviver da melhor maneira e para isso a educação é inimiga. É por isso mal vista por todos e tenta distrair-se da melhor maneira possível sem nunca o conseguir. Emily Watson continua insuperável a interpretar este tipo de papéis, de mulher frágil e fora do seu meio. O seu marido o capitão é o centro do filme e mais um no excelente elenco que compõe o filme. No fundo é a luta entre a família Stanley e a família Burns.
O irmão Arthur Burns procurado por todos é sem dúvida um homem mau sem remorsos mas que não conseguimos evitar sentir uma certa simpatia. E isso só é possível com um grande actor Danny Houston e claro do excelente argumento de Nick Cave. Existem sempre personagens que ficam a perder e uma delas é o irmão mais novo do clã Burns, que não passa de uma caricatura de jovem indefeso apanhado do lado errado da lei. Guy Pearce tem uma personagem mais fraca mas consegue-lhe imprimir uma dualidade interessante. De assassínio impiedoso e de uma homem cheio de remorso pelo que fez na vida. E para proteger o seu irmão mais novo não vai olhar a meios.
A Austrália nunca surgiu tão bela como neste filme. Uma das razões é que é uma filmografia não muito abundante e com poucos exemplos com qualidade deste filme. O director de fotografia consegue captar a sua beleza mas sem nunca fugir do que tem de pior, porque por vezes o horrendo pode ser bonito ou pelo menos impressionante. E este é um filme impressionante, em termos de violência mas nunca do ponto de vista gratuito e claro, sempre muito bem filmado por John Hillcoat. E para os que dizem que os finais previsíveis não podem ser a melhor opção então este é o filme que o pode contrariar.
Um dos mais belos que vi este ano.
Passou despercebido nas salas de cinema, para pena minha e rapidamente sairá de exibição. Uma coisa é certa, já marcou, pelo menos, uma pessoa por terras portuguesas.
Se ainda tiveres oportunidade não percas. É o regresso de Peckinpah e Leone, em modo australiano, sujo, cruel e com muito pouca educação.

Nota do Filme - Escolha Mortal /The Proposition - 8/10
Ps: Sem dúvida uma excelente para descobrir Peckinpah, o último mestre do "Western".

42th Portuguese Box-Office Analysis

Trying to put the analysis in order this week. Still down by a week and have to put it in track.
With a very big number of small openings this wasn´t a very good for cinema in Portugal. And the phantom of the World Cup already looms in the horizon. And that means not many people in movie theathers.
But this week brought great news to kids movies. Since the 1st of June was Children´s Day (at least in Portugal it is) then animation movies got a big boost. Just look at the list. All animation movies went up.

Expect a downtime this June and beginning of July. And this being the first week in June means the box-office went down by 20% to 225310 spectators.
Will make this analysis a quick one since time is not abundant in my hands.

This concern the week between 1 to 7 of June

Legend

Position/Movie
Theather Count
Spectators (Week)
Percentage of Spectators Rise(+) or Drop (-)(-)
Spectators (Total)
Week of Release (New Film)

1. The Da Vinci Code
101
115624
-30%
537616
3rd Week

2. X-Men: The Final Stand
54
41515
-29%
100383
2nd Week

3. Mission Impossible 3
51
15839
-41%
258313
5th Week

4. The Shaggy Dog
45
15000
-
15000
1st Week

5. The Wild
51
8510
+439%
97602
8th Week

6. The Omen
36
8107
-
8107
2 Days

7. Bambi 2
38
6682
Reentry
105682
13th Week

8. She´s the Man
21
5977
-
5977
1st Week

9. The Benchwarmers
16
4138
-
4138
1st Week

10. The New World
19
3918
-24%
48895
5th Week

The Champion:

No big news on this front. "The Da Vinci Code" maintains the top spot for the third straight week. And there isn´t a film in the near future that could upset it´s dominance of the portuguese Box-Office. In the U.S it went away quickly but i guess in here is there to stay. At least for the next week. But two more weeks at the top is not out of the loop. It made 115624 spectators for a 30% drop.

The New Players:

There are many this week but the strongest is "The Shaggy Dog". It´s a bit of a disapointment due to the high number of theathers and the fact it only made 15000 spectators in 45 ones. That´s a very low average. And this was a kid friendly movie week. SO expect it to be at the top for a very short time. It made number 4.

At number 8 we find "She´s the Man" with a 5977 opening week. Not memorable but those kind of movies don´t do very well in here. Especially with unknown actors. Next week it is out of here. And no harm done in that.

"The Benchwarmers" joins some of the better comic performers of the movie business. Well, at least some of them. And the result according to the critics is one of stupidest films of the year. This could be a good or bad sign. If it is "Stupid" as the "Waterboy" then we are in for a treat. If it´s stupid but not in the waterboy sense, then we are in trouble with the film. Who knows. I´m not taking the chance.

Finally way down in the 17th position we find the Australian Western "The Proposition". This one was a big surprise and i realy liked the movie. It´s dirty, it´s cruel, it sure isn´t pretty. But still we love it. And who the hell are the heros and villains. I don´t know. In a scene it´s someone and in the other it´s the other way around. A film full of surprise and a good proposition to go see in a movie theathers. Australian landscape was never this beautiful. It made 2005 spectators in just 5 theathers.

The Other Players:

This week this means animation movie. First there´s "The Wild" in number 5 with a 439% rise in spectators making it the winner of this week outstanding performance of the week. The there is "Bambi 2", a reentry to number 7 with 6682 spectators. Finally we find "Ice Age:The Meltdown" with a 67% rise and 3170 spectators. All thankx to the 1st of June. Bless the Children.

See ya next week.

Good Night and Good Films.

Thursday, June 22, 2006

Estreias da Semana - 22 de Junho

Hoje temos fartura de filmes. Oito para ser mais exacto.
E também muito pouco tempo para escrever qualquer coisa. Por isso o melhor é começar o mais depressa possível.
Esta semana temos:

- Um filme de (mais) um pintor torturado pela vida
- Um filme de loucos que não o parecem ser
- (Mais) Um filme sobre o terror dos campos de concentração
- Um filme com referências a contos de fadas
- Um filme inspirado numa personagem bíblica (só no nome)
- Um filme que entre a 200 e sai a 1000
- Um filme para a "realeza"
- Um filme que tresanda a "Dejá-Vu" (bem recente por sinal)

Klimt - Paris, 1900. Gustav Klimt é homenageado na Exposição Universal enquanto em Viena é condenado como provocador. Vive a vida como a pinta, os seus modelos são as suas musas. Klimt está à frente do seu tempo. As suas relações apaixonadas com as mulheres e a busca eterna da perfeição e do amor reflectem-se em todas as suas obras. "Klimt", um filme sobre uma das mais notáveis figuras da modernidade europeia, um pintor que foi maior que o seu país e a sua época, é realizado por Raoul Ruiz. Com John Malkovich, Veronica Ferres e Saffron Burrows. Co-Produção europeia de 4 países.

Ainda recentemente estreiou entre nós o filme sobre Modigliani. Agora chega a vez de Klimt. É certo que muitos pintores tiveram vidas interessantes e únicas mas isso não se passa para todos. E as repetições começam a suceder-se. Começa a passar-se o mesmo que aconteceu com os filmes de banda-desenhada. Parece que toda a gente tem de fazer um "biopic" agora. E sempre (quase) todos com as mesmas regras. Mesmo que entretanto surga algum mais interessante, as pessoas vão ignorá-lo à mesma. É o que acontece quando existe um excesso de oferta. A procura começa a diminuir. As leis da economia nunca mentem. E o trailer do filme também ajuda muito pouco. É fraquito.

A Casa da Loucura (Asylum) - Na Inglaterra dos anos 50, o marido de Stella, um ambicioso psiquiatra, é nomeado para um cargo superior num hospital de segurança máxima. Stella e o filho mudam-se com ele, mas a proximidade com a loucura pode ter efeitos fatais nela. Quando Stella conhece Edgar, um artista preso por matar a mulher num ataque de ciúmes, estabelece-se de imediato entre os dois uma fortíssima relação. Filme realizado por David Mackenzie com Natasha Richardson, Marton Csokas e Sir Ian Mckellen.

Isto já teve para estrear à alguns meses atrás. Acabou por não acontecer. Chega agora mas não percebo quais foram as razões para o terem feito. Vai acabar por ter o mesmo mercado uma vez que nada foi feito para vender um filme. Pelo menos ainda vi um trailer e achei-o bastante interessante. Não o suficiente para o ir ver, no entanto. E foram logo escolher uma sala com 8 estreias. Mas cada vez a concorrência é maior. E são estes filmes que mais a sofrem.

Sem Destino (Sorstalanság) - Baseado na obra de Imre Kertesz, "Sem Destino" é a história de um rapaz húngaro de 14 anos e da sua epopeia durante o Holocausto.
Filme realizado por Lajos Koltai com Marcell Nagy, Béla Dóra e Bálint Pétek.

Não há dúvidas que foi o acontecimento mais marcante do séc XX, mas agora eu pergunto. Não existe o risco de banalizar o sofrimento de tantos que sofreram às mãos dos Nazis?Eu penso que sim. Os filmes não param de chegar e vindos de todos os lados do mundo. E as pessoas esquecem-se que apesar de isto ter acontecido, continua a repetir-se. Quem se lembra do massacre no Cambodja de cerca de 2 milhões de pessoas. E no Ruanda, ainda mais recente. Apenas por uma questão de etnia. Eu acho que não se deve esquecer e relembrar às novas gerações, mas a verdade é que não está a funcionar. Poderemos impedir o próximo que pode surgir em países como a Somália, Iraque?
Não é com mais filmes sobre o Holocausto que o iremos fazer. Temos de olhar para o presente. Isto ainda pode voltar a acontecer.

Tideland - O Mundo ao Contrário (Tideland) - Jeliza-Rose é uma criança que vive numa situação delicada: os pais são toxicodependentes. Quando a mãe morre, Jeliza-Rose embarca numa estranha viagem com o pai (Jeff Bridges), um músico que parou no tempo. Para lidar com a solidão, Jeliza-Rose refugia-se num mundo imaginário, no qual os pirilampos têm nomes e os esquilos falam. Jeliza-Rose acaba por encontrar conforto junto de Dickens, um jovem com problemas mentais que passa os dias a tentar capturar o tubarão gigante que habita a linha do comboio. Descrito por Terry Gilliam como uma mistura entre "Alice no País das Maravilhas" e "Psico", "Tideland - O Mundo ao Contrário" adapta uma obra de Mitch Cullin sobre a sobrevivência de uma criança em circunstâncias bizarras. Conta nos principais papéis com Jeff Bridges. Jodelle Ferland e Aldon Adair. Realizado por Terry Gilliam.

Feito durante o intervalo dos problemas que "Os Irmãos Grimm" levantar para Gilliam. E que problemas. Foi um autêntico braço de ferro com os manos Weinstein. Acabaram por chegar a um compromisso mas penso que esse filme perdeu com isso. Os melhores de Gilliam são aqueles em que pode fazer o que bem entende. Em que tem o controlo criativo. Obviamente não fazem tanto dinheiro. Deixa a sua criatividade à solta, o que por vezes pode ser uma má notícia. É que o homem por vezes exagera. E este filme? O que esperar? Algo muito estranho. E dizendo que o filme é uma mistura de Alice no país das Maravilhas com Psico só aumenta a confusão. Para entrar na sala preparado para tudo. Se isso não acontecer o choque pode ser muito grande.

Samaritana (Samaria) - Yeo-Jin é uma jovem adolescente que vive com o seu pai, viúvo. A sua melhor amiga, Jae-Young, é prostituta. Yeo-Jin ajuda-a marcando os encontros com os clientes e vigiando a policia. Ambas mantêm o sonho de juntar dinheiro e fugir para a Europa. Mas um dia, uma distracção fata de Yeo-Jin faz com que Jae-Young seja apanhada pela policia, resultando daí um acidente com trágicas consequências. "Samaritana" é realizado por Kim Ki Duk.

Pois é Kim Ki Duk esta de volta para mais uma volta. Depois de 3 Iron, volta com a história de uma prostituta envolvida com clientes, a polícia e uma jovem adolescente. Com o sonho de fugir para a europeia, obviamente a coisa tinha de complicar, ainda mais. Agora o que vai sair daqui não vai ser meigo nem para o gosto de todos. Eu reconheço que ainda não entrei no universo de Kim Ki Duk. Ainda estou para arranjar coragem e claro algum tempo que cada vez é menor para fazer tudo o que quero.
Para fãs incondicionais e cinéfilos fartos de filmes normais.


Velocidade Furiosa:Ligação Tóquio (The Fast and the Furious: Tokyo Drift) - Depois de "Velocidade Furiosa" e "Velocidade + Furiosa", chega o terceiro filme da série. Dedicado aos adeptos do "tuning" e do "drift racing" - uma sucessão de acelerações com o conta-quilómetros ao rubro, travagens brutais e derrapagens controladas -, desta vez tendo o Japão como cenário. Filme realizado por um qualquer tarefeiro, ai desculpem Justin Lin.

Já sem nenhum do elenco do primeiro filme, este soa a manobra para ganhar mais uns trocos. Arranja-se um actores em principio de carreira maximiza-se os lucros e assim ganha-se muito dinheiro. A única coisa a favor deste é que entra na minha modalidade favorita do "tuning" que é o drift. Quem está dentro destes termos (basta ter jogado o Need For Speed Underground) sabe que esta modalidade de ter o controlo mas ao mesmo tempo perdê-lo é a mais excitante. Não é apenas ser o mais rápido mas ser o mais controlado. Agora isto é para cabeças ocas. È um filme para divertir e mais nada. E ver alguns acidentes para os imenso voyeurs" portugueses das estradas. Eu vou continuar a jogar O Need for Speed. É mais seguro.

O Rei (The King) - Elvis Valderez (Gael Garcia Bernal) é um sonhador de 21 anos que acabou de ser honradamente exonerado da Marinha norte-americana. Com a sua mochila e espingarda, volta para a sua cidade natal de Corpus Christi, no Texas, onde tenciona procurar o pai - um homem de quem apenas ouviu falar pela sua mãe mexicana, falecida entretanto. Elvis rapidamente descobre que o pai, David Sandow (William Hurt), é agora pastor de uma igreja Baptista e tem uma nova família - uma bela mulher, Twyla (Laura Harring), e duas crianças perfeitas, Malerie e Paul. Quando procura o pai na igreja, Elvis involuntariamente começa a falar com Malerie, que tem 16 anos, e nasce uma imediata atracção entre os dois. Elvis espera pelo pai depois da missa e confronta-o, mas David não quer recordar o seu passado. Rejeitado, Elvis decide partir mas acaba por não resistir à imagem da meia-irmã, caminhando para a inevitável tragédia. Filme realizado por James Marsh.

O primeiro papel em Inglês de Gael Garcia Bernal depois da aclamação no méxico com Inarritu´e Almodovar em Espanha. É o evoluir de uma carreira que se espera com filmes de muita qualidade. Mas pelas impressões que tenho retirado ainda não é este que o vai afirmar como um dos valores desta geração de actores. Quer dizer, pelo menos no E.U.A. Porque no resto do Mundo, principalmente que fala espanhol já é grande. Um elenco de muito respeito, numa história interessante mas que não tem recolhido muitos apoios. Mas mesmo assim parece-me bastante interessante, e para variar no tempos que correm, polémico.


Para Sempre (Per Sempre) - Giovanni (Giancarlo Giannini), um advogado de sucesso casado e com filhos, envolve-se com Sara (Francesca Neri). Quando, quatro anos mais tarde, ela decide acabar com a relação, ele enlouquece e deixa-se morrer. Mas este não é o fim da história, pois o fantasma silencioso de Giovanni vai voltar - e Sara vai descobrir que ainda o ama. Realizado por Alessandro Di Robilant.

Este nem sei se estreou. Não existem referências mas deve estar no "Twin Towers" que se especializou em cinema Italiano. O problema é que o mesmo não está nos melhores dias e apenas Nanny Moretti continua a ter alguma visibilidade. Continua muito agarrado aos seus mestres dos anos 50, 60 e 70. E além disso muito telenovelesco para chamar o máximo de público possível. O caminho não é por aí, garanto.

Esta semana o conselho vai para o "O Rei", de James Marsh. Parece-me o mais interessante em termos de história. Mas isso sou eu. Se estás para o "tuning" não será essa a melhor opção.
A esquecer o "Para Sempre". Esperem pelo Moretti. Nunca desilude. E este tem uma grande probabilidade de acontecer. Além disso só estreia no "Twin Towers" e se não és de Lisboa bem podes esquecer.

Até para a semana.

Boa Noite e Bons Filmes.

Wednesday, June 21, 2006

41th Portuguese Box-Office Analysis

I know. I´m late and i´m all to blame for that.
But with my new collaboration in a Brasilien site, time is running out very quickly and something as got to suffer. Last week it was the box-office analysis. I hope to put it on track next week.

So how about the last week of box-office. Any magic?
The answer is, not really. A semi-disapointment for a suposed big movie. And two other very small opennings but those of films which were to expect.
No point on making suspense. "The Da Vinci Code" is still number one. But if you wanna know more continue reading.

This week we had a 22% drop in number of spectators on the top ten movies to 282883 in total. An expected drop since, last week, The Code openned big time. Without further ado let´s move on to the analysis.

We are considering the week between 25 and 31 of May

Legend

Position/Movie
Theather Count
Spectators (Week)
Percentage of Spectators Rise(+) or Drop (-)(-)
Spectators (Total)
Week of Release (New Film)

1. The Da Vinci Code
102
157012
-36%
421992
2nd Week

2. X-Men: The Last Stand
63
58868
-
58868
1st Week

3. Mission Impossible 3
53
26621
-41%
242474
4th Week

4. Inside Man
25
6452
-39%
264257
7th Week

5. The New World
19
5149
-44%
44977
4th Week

6. Freedomland
19
4794
-42%
24480
3rd Week

7. Scary Movie 4
17
4615
-41%
209298
6th Week

8. Last Destination 3
17
4498
-44%
22163
3rd Week

9. Half-Light
12
4432
+3%
8728
2nd Week

10. Grandma´s Boy
21
3045
-45%
14026
3rd Week

The Champion:

Even if the X-Men didn´t beat "The Da Vinci Code" then we have to assume that it will stay at the top spot for some time. With a 36% drop, a very good perfomance for a film that opens this big, and 164409 spectators, we have to expect a very good run for the Ron Howard directed movie. Without a doubt, will be the biggest film of the year. And we are only on the middle of 2006. Very impressive. Way beyond my expectations.

The New Players:

"X-Men:The Last Stand" opened very low and is, until now the lowest opening big blockbuster of this summer with only 58868 spectators in 63 theathers. It got hurt by "The Da Vinci Code" which made it open uch smaller than expected. It´s predictable that next week will have a small drop, to compensate for it´s small opening. But still, it´s a disapointment.

The others didn´t made the top ten films like "The World´s Fastest Indian" which opened in number 16 with 1277 spectators. Considering the subject (Bart Munro -unknown in here) and the director also unknown, it was predicted that is on of those that will go under the radar, despite the presence of Anthony Hopkins in a very unusual part for him. And the film is not that great so it will be difficult to get more than 3000 people seeing it.

And in number 19 is "Le Temp qui Reste", the latest from director Francois Ozon. And according to the portuguese critics one of the best of the year. In just 1 theather it almost made 1000 spectators. A Not very bad start.

The Other Players:

Just a note to a outstanding perfomance of the week to "Half-Light", that in a very slow and down week happened to go up by 3% to 4432 spectators. A very impressive and not expected prize. But a one well deserved according to this site. By the way, the film still sucks despite the award.

See ya next week.

Good Night and Good Films.

Ps: "The next week we will have" was not made since i already know the results from the next week and it would be stupid to try to pretend not knowing them. Bye

Tuesday, June 20, 2006

Estreias no Brasil - 15 de Junho

A segunda tentativa em falar sobre as estreias brasileiras. Estou com um pouco de dificuldades em encontrar informação sobre as mesmas e às vezes chega a ser frustante. Mas vou continuar a tentar. Prometo, para os fãs do meu blog e para os visitantes no site Cidades em Foco.
Esta semana o panorama aponta para 7 novas estreias. E qual escolher? Continuem a ler e descubram a minha sugestão. Mas clar nunca passa disso, uma sugestão pessoal. Dos gostos pessoais de cada uma nunca poderei saber por isso sugiro.
Temos:

- Um filme sobre um gato fã de lasanha
- Um filme sobre um homem fã de dança
- Um filme sobre seres rastejantes, literalmente
- Um filme sobre uma família completa
- Um filme sobre amigos para a ocasião
- Um filme sobre todos nós
- Um filme sobre um tempo que não anda para a frente

Garfield 2 (A Tale of Two Kitties) - Nesta segunda aventura do gato criado por Jim Davis, Garfield vai à Inglaterra e lá é confundido com Prince, o bicho de estimação de uma condessa falecida recentemente. Prince é o herdeiro de um castelo e é tratado como um rei, do jeito que Garfield sempre quis. No castelo, ele ajuda um grupo de animais a salvar a propriedade das malvadas mãos do lorde Dargis (Billy Connolly).
Filme realizado por Tim Hill com Breckin Meyer, Bill Murray (Voz) e Jennifer Love Hewitt

Como fã dos quadradinhos de banda desenhada tenho de admitir que o primeiro filme foi uma vergonha para o seu universo. Sem a piada, vida ou qualquer da irreverência do gato da "tirinha" de jornal. Era apenas entertenimento, mas Garfield não pode ser só isso.
Só espero que desta vez o esforço seja maior para fazer de Garfield o gato mais irritante e ao mesmo tempo mais adorado que sempre é e será.
Por favor não desiludam. Mas também agora já não há nada a fazer. A entrar no cinema com dois pés atrás. Da porta de entrada.

Vamos Dançar (Take the Lead) - Basta pensar no último "Vamos Dançar" com Richard Gere que foi um autêntico exito de bilheteiras. Será que este segue pelo mesmo caminho?
Filme realizado por Liz Friedlander com Antonio Banderas, Rob Brown e Yaya DaCosta.

Antonio Banderas protagoniza "Ritmo e Sedução", uma comédia romântica inspirada na história verdadeira de Pierre Dulaine, um professor de dança de Manhattan que disponibiliza o seu tempo para ensinar danças de salão a um grupo de estudantes de uma escola de Nova Iorque que estão de castigo. Inicialmente, os alunos ficam bastante cépticos, até porque as danças de salão não os seduzem, mas o professor acaba por convencê-los a entrar num concurso.

A história dos cépticos que se convencem dos prazeres de qualquer coisa, neste caso a dança, já foi muito revisitada no cinema. E o americano é pródigo nessa temática. Será este apenas mais um. Uma história de superação das nossas limitações e das nossas condições de vida para triunfar num mundo adverso. O tratamento não será realista mas de um optimismo lacinante. Dar esperança às pessoas de um mundo melhor. Mas isso dá trabalho. É preciso trabalhar. Mesmo para ser um grande dançarino. Mas acima de tudo é preciso paixão. E para triunfar este filme precisa de muita. Será que a tem?

Seres Rastejantes (Slither) - O bem-sucedido Grant Grant (Michael Rooker) é um dos poucos líderes da cidade de Wheelsy. Com sua bela e jovem esposa Starla (Elizabeth Banks), Grant é o homem mais poderoso da cidade. Mas as coisas estão prestes a mudar para Grant de uma forma que ele nunca poderia imaginar. No bar que costuma freqüentar, Grant encontra Brenda Gutierrez (Brenda James), a irmã caçula de uma antiga namorada. Depois de largarem suas bebidas para darem uma volta sob o luar, o casal descobre algo gosmento no mato ali atrás. Perto de destroços que parecem ser de um meteoro, eles acham uma massa pulsante e não-identificada que, de repente, toma vida e penetra no corpo de Grant através de um tentáculo coberto de pústulas. Assim, um parasita alienígena infecta um infeliz hospedeiro humano — que precisará infectar outros, se quiser sobreviver. Aos poucos, ele passa a se transformar visivelmente, tornando-se menos humano para dar lugar a uma criatura sedenta de sangue e dominada pela necessidade de matar e destruir todos os que não estiverem infectados.
Filme realizado por James Gunn com Nathan Fillion, Elizabeth Banks e Michael Rooker.

O Regresso do filmes de terror de classe B. São muitas as saudades desse género cada vez mais esquecido. A mistura de humor e terror sempre foi o grande incentivo destas películas que ultimamente só o mestre dos Zombies, George Romero, voltou a abordar. É bom voltar a ver sangue novo a arriscar neste mistura que tanto pode ser explosiva, como bastante agradável. Eu por mim voto sim. Que venham mais. Mas aviso já, isto só para fãs do género.

Pais, Filhos e Etc... (Péres et fills) - Léo (Philippe Noiret) está fazendo 70 anos. Viúvo e solitário, ele sequer pode comemorar o aniversário com seus três filhos, pois eles não se falam. David (Charles Berling) assumiu o negócio da família, está rico e ressentido; Max (Bruno Putzulu) se demitiu por discordar do irmão e Simon (Pascal Elbé), o caçula, continua a agir como um adolescente que odeia responsabilidades. Para unir estas três fortes personalidades numa viagem de férias, Léo decide fingir que tem uma doença grave.
Filme realizado por Michel Boujenah com Philliphe Noiret, Charles Berling e Bruno Putzulu.

Ora aqui está um filme do qual nunca ouvi falar. Filme francês, que ainda não passou por Portugal e já chegou ao Brasil. E nós aqui tão perto. É isso o mercado cinematográfico. Cada vez mais internacional. E cada filme com o seu ciclo de vida. O deste parece ser bem curto. Mas se pegar de raiz poderá mesmo ser um éxito. A história tem aquele "Weird feel". Uma história estranha. Mas vai ser complicado leva-la a um éxito.

Amigo é Pra Essas Coisas (Zim and Co.) - Depois de um acidente com sua moto, Zim (Adrien Jolivet) tem de encontrar trabalho para evitar a prisão. Ele começa a procurar ansiosamente pelas ofertas nos classificados, mas o único trabalho que encontra requer dele um carro e licença de motorista, o que ele não tem. Seu prazo é de dez dias. Mas Zim é esperto e pode contar com ajuda de seus amigos Cheb (Mhamed Arezki), Arthur (Yannick Nasso) e Safia (Naidra Ayadi).
Filme realizado por Pierre Jovilet com Adrian Jovilet, Mhamed Arezki e Yanick Nasso.

Dois filme franceses apenas numa semana. Isto deve ser um recorde para terras brasileiras. E cada vez mais a França procura outros mercados e actualmente acredito que, depois dos E.U.A e da Índia, é o país que produz mais filmes. Poderei estar enganado mas não por muito. Mas será este filme algo de especial. Sobre isso é mais dificil de falar. A história parece-me normal e nada de extraordinário. Mas quem sabe? Se estás numa de aventura arrisca.

Eu, Você e Todos Nós (Me and You and Everyone we Know) - Ambientado no subúrbio de Los Angeles, o filme acompanha a trajetória de Richard (John Hawkes), um vendedor de calçados que vive a separação no casamento e se vê às voltas com a criação dos filhos. Em seu caminho, aparece Christine (Miranda July), uma artista performática que usa sua arte como forma de aproximação com as pessoas.
Filme realizado por Miranda July com Miranda July, Ellen Geere e John Hawkes.

Passou por Portugal no último IndieLisboa, festival de cinema independente, com casa completamente esgotada na sessão de abertura. Com um currículo invejável, muitos dizem ser um grande filme Indie de uma realizadora com uma grande margem de progressão, Miranda July, que também é a actriz principal. E o filme é todo dela. Aquele sentimento "weird" mas ao mesmo tempo familiar que nos faz amar o filme. Sem dúvida, o filme aconselhado para passar um bom tempo no cineminha. É o meu conselho.

Às Cinco da Tarde (Panj e Asr) - O filme investiga a situação das mulheres no Afeganistão ao narrar a trajetória de Noqreh (Agheleh Rezaie), uma jovem que sonha ser candidata à Presidência da República. Assim que as escolas voltam a aceitar o sexo feminino, Noqreh retoma os estudos. Quase todas as alunas, porém, ainda usam a burca. Aos poucos, durante as aulas, instaura-se o debate em torno da condição feminina e da possibilidade das mulheres conquistarem os mesmos direitos dos homens. Com a ajuda de um poeta, Noqreh entra em conflito com o pai.
Filme realizado por Samira Makhmalf com Agheleh Rezaie no principal papel e ainda Razi Mohebi e Marzieh Amiri.

Não é francês mas é uma coprodução de França com o Irão. Uma mulher realizadora islâmica. Um bom sinal. Mesmo muito bom. E também uma história de superação, numa nação machista e para a qual a mulher só tem valor em casa. É bom ver estas realidades retratadas, principalmente as mulheres, que em todo lado ainda sofrem discriminações devido ao sexo. E não apenas nestes países onde, infelizmente isso é levado ao extremo. Pode não ser um grande filme mas levanta questões muito poderosas. E por isso, para quem segue uma agenda política isto é algo a não perder.

Esta semana aconselho o "Eu, Você e Todos Nós". Um dos grandes éxitos "Indie" americano do ano de 2005. Tardou mas pelo menos já estreiou por aí. Em Portugal ainda esperamos por ele.
Para esquecer é o "Garfield 2". Caiu mal nos E.U.A e olhando para o primeiro, que foi uma grande desilusão, as razões são mais que validas

Até para a semana.

Boa Noite e Bons Filmes

Friday, June 16, 2006

Crítica de Cinema - X-Men: O Confronto Final

"A major pharmaceutical company has developed a way to suppress the mutant X-Gene, permanently. They're calling it a cure."
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E a frase cai como uma bomba na comunidade de mutantes. Com este filme estava em jogo a capacidade de Holywood para fazer entretenimento decente. Após as semi-desilusões que foram "Missão Impossível 3" e "O Código da Vinci", este filme jogava a cartada final. E apesar de não ser brilhante consegue, pelo menos, fazer o que se propõe. Sem qualquer tipo de ilusões de conseguir ser bom cinema.
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O filme, supostamente o último desta trilogia dos X-Men, leva-nos para o meio de uma guerra. Após a descoberta da cura para a mutação por Warren Worthington, motivada pela presença de um mutante na sua família (Angel), é facultado a todos os mutantes a possibilidade de cura. As tensões crescem entre a comunidade mutante e humana. De um lado os partidários de uma solução pacífica, Os X-Men, do outro lado um grupo que pretende destruir a cura que considera um acto de guerra contra todos os mutantes, liderados por Magneto. O eterno rival do professor X.
No entanto esse é um dos problemas menores uma vez que Jean Grey, renasce como Phoenix, e fora de controlo tem o poder de destruir o mundo.
Sem dúvida, uma história que poderia ter ficado na lista dos melhores filmes baseados em banda desenhada mas não o consegue por falta de ambição e nunca por falta de história.
Pode ser discutível o facto de a mudança de Brian Singer por Brett Rattner ter levado a que o foco da história passe das personagens para acção mas o facto é que este é o filme mais intenso, em termos de sequências de acção espectaculares dos três. E quem perde profundidade são as personagens. Com o adicionar de cada vez mais personagens, cada uma tem menos tempo de antena e isso obviamente também não ajuda.
A excepção visível para este facto é a personagem de Jean Grey/Phoenix, pois é sobre as suas costas que o foco emocional do filme assenta. Desde a brilhantes cena inicial dos tempos de infância e da sua descoberta por Magneto e Professor X, até ao climax da batalha final entre mutantes e humanos. E Famke Janssen tem a capacidade de o ser, mostrando que apesar de continuar a ser rotulada de apenas beldade, consegue ser tudo o que se propõe, de travesti (na brilhante série Nip/Tuck) até destruidora do Universo neste X-Men.
Apesar de Halle Berry e Hugh Jackman terem também algum tempo de antena a sua participação é quase incosequente. Com o oceano de personagens passam totalmente despercebidos. Quem nunca passa despercebido é Sir Ian Mckellen. Sem dúvida o homem do ano por apesar do pouco tempo de antena conseguir criar sempre personagens únicas e marcantes nos filmes em que entra. O mundo clama por um filme sobre Magneto. Era uma homenagem bonita à sua personagem.
E o filme é isso, um bom entertenimento e acima de tudo uma boa maneira de passar um bom tempo numa sala de cinema, sem ter de puxar muito pela cabeça. E para quem o cinema continua, ainda a ser também, diversão, este é o filme ideal para a voltar a descobrir. Para quem o cinema é apenas arte e acerca de filmes que signifiquem muito o melhor é procurar uma sala, daquelas mais vazias, mas que nos enchem o espiríto.
Mas este é mesmo de encher o olho.
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Nota do Filme - X-Men: O Confronto Final - 6/10
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Ps:Esta nota é altamente influenciada pelo facto de ser um fã incondicional dos X-Men. É apenas um aviso a quem ficar desiludido.

Wednesday, June 14, 2006

Estreias da Semana - 15 de Junho

Mais uma semana de estreias em Portugal.
E em pleno Mundial, o tempo parece de crise para o cinema. E nota-se nas estreias. Não existem "blockbusters" nas imediações. Apenas filmes intimistas, indie ou estrangeiros. Isto significando, não americanos. Sim, porque em Portugal, os filmes portugueses são, na realidade "os estrangeiros".
Esta semana, temos então:

- Um filme de cravo e canela (talvez só canela)
- Um filme de lulas e baleias (as duas em caldeirada)
- Um filme de estranhos "em casa"
- Um filme de (pouco) ritmo ou sedução
- Um filme de e para fãs de "roulottes" (só para esses)

Um Toque de Canela (Politiki Kouzina) - Ora aqui está algo que não se vê todos os dias. Um filme de origem Grega. Também é uma produção turca mas a cinematografia é bastante mais rica. Neste caso não posso discutir as traduções do filme mas parece-me indicado olhando para o cartaz do filme. A canela está lá.
Filme realizado por Tassos Boulmetis com George Corraface e Ieroklis Michaelidis.

Fanis, um conceituado professor de astrofísica, recebe uma carta do seu avô, que foi o seu mentor, um homem muito especial com uma peculiar filosofia culinária. Ao saber da doença do avô, Fanis decide partir de imediato, numa viagem que o fará reencontrar também o seu passado.

O "road movie" em busca de um passado deixado para trás mas nunca esquecido. Isto é comum a toda a gente. Todos temos um passado de que queremos fugir. Mas um aviso meu, simplesmente não somo suficientemente rápidos para lhe fugir. Apanha-nos sempre. Pode ser mais tarde ou mais cedo mas ele chega.
De uma filmografia desconhecida não posso afirmar muita coisa mas se chegou por terras lusas deverá ter algum valor. Agora poderá ser devido a ter sido um grande exito na Grécia ou pelos seus méritos cinematográficas. Nem sempre os dois coincidem. A entrar com reservas.

A Lula e a Baleia (The Squid and the Whale) - Um dos anunciados injustiçados dos últimas nomeações dos Óscares de Holywood mas quantos não existem na história do cinema na mesma situação. Muito bem recebido pela crítica portuguesa e regado a 3 ou 4 estrelas (até 5 estrelas, máx). Isto promete. O filme da semana está encontrado.
Filme realizado por Noah Baumbach com Jeff Daniels, Laura Linney e Jesse Eisenberg.

Bernard Berkman (Jeff Daniels), académico e escritor, e a sua insatisfeita mulher Joan (Laura Linney), aspirante a escritora, desistiram do seu casamento. Os seus dois filhos, Walt, de 16 anos e Frank, de 12, lutam com os seus sentimentos confusos e conflituosos. Para um a passagem para a idade adulta é comovente, mas para o outro é dolorosamente prematura.

Diz-se que o filme é autobiográfico, do realizador, mas já veio a público dizer que nem tudo se passou desta maneira. Algumas coisas foram inventadas para melhorar o argumento. O que é certo é que estamos na presença de um dos melhores de 2005 que ainda não tinha estreado por aqui em Portugal. E finalmente chega às nossas salas. Eu serei um dos que irá preencher. E se no Brasil ainda aparecer, não percam.

Estranhos em Casa (Winter´s Passing) - Vem com o selo indie americano que já nos deu coisas muito boas e outras nem tanto. E claro que menos meios nem sempre significa maior qualidade. O buzz ainda não existe por isso este filme é ainda bastante desconhecido. Seremos nós os primeiros a conhece-lo? Não seria a primeira vez.
Filme realizado por Adam Rapp com Ed Harris, Zooey Deschanel e Will Ferrell.

Reese Holden é uma actriz de teatro com vinte e poucos anos, a quem um dia oferecem cem mil dólares pela publicação das cartas de amor que o seu lendário e arisco pai, o romancista Don Holden (Ed Harris), escrevera à sua mãe já falecida, Mary, uma aclamada escritora. Em busca dessas cartas, Reese viaja de Nova Iorque para a sua terra natal no Michigan. Aí encontra o pai desleixando a sua saúde e vivendo com dois jovens inquilinos: uma antiga estudante universitária, Shelly, e um aspirante a músico, Corbit. Reese não aprova de imediato os jovens inquilinos, mas com o tempo começa a apreciar estes improváveis novos familiares e reconcilia-se com o pai.

Isto no fundo está a contar a história do filme, mas quem sou eu para o negar. Se calhar está tudo trocado e nada disto acontece. Uma coisa é certa, Ed Harris está irreconhecível. Estará à procura do Oscar que lhe foge à bastantes anos? Ainda não deve ser desta mas é um grande actor e onde estão grandes actores estão bons filmes? Infelizmente também não. A experimentar mas sem grandes esperanças de um grande filme. Espero que o seja mas a desilusão é sempre o nosso pior inimigo numa sala de cinema.


Ritmo e Sedução (Take the Lead) - Na senda do programa da RTP "Dança Comigo" em que celebridades portuguesas são convidadas a dançar chega-nos esta proposta de dança que é sempre bem recebida por estas paragens. Basta pensar no último "Vamos Dançar" com Richard Gere que foi um autêntico exito de bilheteiras. Será que este segue pelo mesmo caminho?
Filme realizado por Liz Friedlander com Antonio Banderas, Rob Brown e Yaya DaCosta.

Antonio Banderas protagoniza "Ritmo e Sedução", uma comédia romântica inspirada na história verdadeira de Pierre Dulaine, um professor de dança de Manhattan que disponibiliza o seu tempo para ensinar danças de salão a um grupo de estudantes de uma escola de Nova Iorque que estão de castigo. Inicialmente, os alunos ficam bastante cépticos, até porque as danças de salão não os seduzem, mas o professor acaba por convencê-los a entrar num concurso.

A história dos cépticos que se convencem dos prazeres de qualquer coisa, neste caso a dança, já foi muito revisitada no cinema. E o americano é pródigo nessa temática. Será este apenas mais um. Uma história de superação das nossas limitações e das nossas condições de vida para triunfar num mundo adverso. O tratamento não será realista mas de um optimismo lacinante. Dar esperança às pessoas de um mundo melhor. Mas isso dá trabalho. É preciso trabalhar. Mesmo para ser um grande dançarino. Mas acima de tudo é preciso paixão. E para triunfar este filme precisa de muita. Será que a tem?

Com a Casa às Costas (RV) - Robin Williams está de volta. Até à cerca de 2 anos atrás era o meu actor de referência e quem me iniciou na paixão pelo cinema e no caso dele, no da comédia. Continua a não haver actor tão expressivo como ele (Jim Carrey soa sempre a muito exagerado - artificial) mas digamos que o fascínio passou. Quem me leva ao cinema agora são realizadores, argumentistas. Os criadores. Mas o primeiro é sempre o primeiro...

Bob (Robin Williams), a mulher Jamie e os filhos, de 12 e 15 anos, precisam de passar férias juntos. Por isso decidem ir até ao Havai. Mas Bob muda de planos e, sem os avisar, troca a viagem a um paraíso tropical por uma atribulada aventura, numa carrinha, no Colorado.

A comédia leve, sem grandes atractivos cinematográficos. Não esperem cinema mas apenas diversão. E é Robin Williams a voltar aos grandes papéis comicos que andava a evitar de há algum tempo para cá.
Estará ainda em forma? Isto é como andar de bicicleta. Quem sabe nunca esquece. Se não houvess um tal filme de lulas e baleias, este teria alguma hipótese mas neste caso terá de ser relegado para segundo plano. Mas espero poder vê-lo num DVD perto de mim.

Esta semana aconselho e se leram isto tudo o "A Lula e a Baleia" de Noah Baumbach. Um dos grandes de 2005 ainda por estrear chega (atrasado) para nos alegrar o espiríto cinematográfico. A não perder.

Ps: Uma conversa nada informal. Será uma conversa?


Do lado do não temos o "Ritmo e Sedução". Não é nada pessoal mas parece-me ser a opção mais fraca. E gosto muito de ver dançar. Dançar é outra coisa mas em termos de cinema será o mais fraco.

Até para a semana.

Boa Noite e Bons Filmes.

Estreias no Brasil - 8 de Junho

Vou começar, em simultâneo, com as estreias em Portugal, a analisar, sem rede (ou seja por intuição, sem ter visto o filme) os filmes que estreiam no Brasil.

Isto tudo devido a ter assumido um compromisso no site Brasileiro Cidades em Foco, como responsável do canal Sétima Arte. Apesar de esta semana estar a ser analisada com atraso, vou tentar passar a fazer esta análise no ínicio da semana ou seja, segunda-feira.
Por isso sem mais atrasos, vamos para os filmes.

Temos:
- Um filme com sorte no amor mas pouca no resto
- Um filme com sorte na amizade mas pouco no amor
- Um filme com sorte (mas foi levada com o vento)
- Um filme com a sorte de estrear por terras brasileiras
- Um filme com o emblema polémico estampado no rosto

Sorte no Amor (Just My Luck) - Por terras norte-americanas foi o fracasso esperado. É apenas mais uma comédia romântica com o objectivo de fazer uns trocos à custa de uma "suposta" estrela, que carrega o filme às costas. O problema é que nem é estrela e ainda não provou ser actriz. Estamos a falar de Lindsay Lohan
Filme realizado por Donald Petrie com a "estrela", Chris Pine, Samaire Armstrong e Faizon Love entre outros.

Ashley (Lindsay Lohan) é conhecida por seus amigos como a garota mais sortuda que existe. Por outro lado, Jake (Chris Pine) é o rapaz mais azarado que circula pelas ruas de Nova York. Quando os dois se conhecem numa festa e trocam um beijo, a sorte dos dois vira como num passe de mágica.

Pois, já perceberam que não é das histórias mais originais do últimos tempos. Digamos tem alguma piada, também não podemos exagerar. Mas é o filme típico, saído da fornada de Holywood. Não que isso por vezes não seja bom. Mas adivinhar toda a história do filme antes de ele mesmo começar não pode ser bom. E eu tenho quase a certeza que já tenho a história toda na cabeça. Não vale o preço do bilhete. Mas para levar a miúda ao cinema pode ser uma boa opção, mas não a melhor.

Apenas Amigos (Just Friends) - Estreou à pouco tempo em terras lusas e não foi um grande sucesso. E numa semana em que estreiam dois filmes com histórias tão idênticas não me parece que vá ter mais sucesso por terras brasileiras.
Filme realizado por Roger Kumble com Anna Faris, Ryan Reynolds, Amy Smart e Chris Klein

Chris (Ryan Reynolds) sempre foi apaixonado por Jamie (Amy Smart), desde a época da escola, quando eram amigos. Mas os dois nunca tiveram nenhum envolvimento romântico porque ele tinha uns quilos acima do peso normal. Por conta dessa rejeição juvenil, Chris emagreceu e se tornou mulherengo. O problema acontece quando, anos depois, sua antiga paixão reaparece.

Ahhh, pois é. Antigas paixões. Por muito que não queiramos admitir nunca nos saiem da cabeça. E um vislumbre leva-nos logo para intensas recordações. Podemos tentar ignorar mas negar é impossível. Fazem sempre parte de nós.
Voltando ao filme, obviamente, não esperem um filme muito realista. Em vez de momentos silenciosos comprometedores, teremos conversa filosóficas e uma grande amizade para toda a vida e claro o final feliz, que na vida real nunca surge do nada. Tem de ser trabalhado.
E por falar nisso, estes filmes também podiam ser um pouco mais trabalhados. O problema é que depois não fariam tanto dinheiro e isso não agradava a nínguem.

Pergunte ao Pó (Ask the Dust) - Estou a ver que o problema nas traduções pode por vezes ser bastante bicudo. Pergunte ao Pó, é uma tradução literal mas não soa nada bem, não concordam? É até bastante infeliz. Um filme sobre Pó não me parece uma temática muito interessante.
Sobre este, sei muito pouco. Tem estado muito fora do radar, o que pode ser muito bom sinal ou um péssimo sinal. Olhando para o realizador e consultando o IMDB o panorama não é dos melhores.
Filme realizado por Robert Towne com Salma Hayek e Colin Farell nos principais papéis e ainda com Donald Sutherland.

Baseado em clássico da literatura homônimo escrito por John Fante, o filme mostra a paixão do aspirante a escritor Arturo Bandini (Colin Farrell) pela garçonete Camilla (Salma Hayek). Enquanto ela tem o sonho de arrumar um bom marido e sair da vida de garçonete, ele vive num quarto de hotel barato sonhando com a vida de escritor. Os dois não têm muito a ver - inclusive, mal conseguem se suportar -, mas o fato de estarem à margem da sociedade faz com que exista uma amizade entre os dois.

Esta semana parece-me que há invasão de comédias românticas no Brasil. EM três filmes temos três do mesmo. Este com um pouco mais de classe e com muito menos informação do que se pode esperar. Baseado num clássico da literatura, já é de desconfiar. As adaptações de grande clássicos não têm sido as melhores. Mas por enquanto tem o benefício da dúvida. Mas muito possivelmente não será o filme da vossa vida.

Uma Vida Nova (Beautiful Country) - Gostei bastante da tradução deste título. Incute esperança e penso que revela o que o filme quer. A procura de uma vida nova, seja onde for, é sempre sinal de força e querer. E qualquer país tem a sua beleza. E infelizmente, tudo o que tem de mau.
Filme realizado por Han Peter Moland com Nick Nolte, Thu Ahn e Ling Bai.

Uma das conseqüências do envolvimento norte-americano na Guerra do Vietnam, na década de 70, foi o nascimento de muitas crianças mestiças, frutos de relacionamentos amorosos de mulheres vietnamitas com soldados americanos. Essas mulheres sempre estiveram à margem da sociedade vietnamita, condenadas por contribuírem com os americanos, enquanto que seus filhos sofreram constantes maus-tratos, mesmo morando com os avós. Binh (Damien Nguyen) é uma dessas crianças mestiças que, aos 17 anos, viaja a Saigon para procurar sua mãe e, depois, escapa para os EUA com o meio-irmão mais novo, Tam (Dang Quoc Thinh Tran), em 1990, a fim de encontrar o pai, que, supostamente, está morando no Estado do Texas.

A temática é interessante, a polémica está lá. Os E.U.A deixaram uma marca muito forte no conflito com o Vietnam. E houve consequências bem visíveis, como neste caso apresentado no filme.
A considerar se te queres envolver num assunto sério mas que não é para todos. Se queres um entretenimento mais leve o melhor é optar por uma das comédias românticas.

Outra Memória - Este vem de terras brasileiras e como tal a informação que chega aqui a Portugal é nula. Somo também um país dominado pelo cinema americano. Mas infelizmente apenas do Norte. Mas não me parece ser um filme "leve".
Filme realizado por Chico Faganello com Paula Braun, Ivo Muller, Pepe Sedrez entre outros.

Para celebrar o aniversário da sua cidade, um diretor de teatro precisa montar uma peça sobre uma atriz do passado que lembre a força da colonização alemã. Decidido a conquistar o papel de protagonista, um dos atores subverte o roteiro do diretor, trazendo para a peça cenas sobre o extermínio de índios e o nazismo, temas ainda considerados tabu.

A mistura de teatro com o cinema. Ou o visitar da encenação de uma peça de teatro pela lente do cinema. Von Trier já tentou isto várias vezes e apesar de não me agradar especialmente admito que eram filmes marcantes. Terá uma vida curta nas salas, ao menos espero que seja proveitosa. Para fãs Hardcore de cinema, ou teatro, apenas.

Esta semana aconselho o "Uma Vida Nova" de Hans Peter Moland. O Vietnam deixou marcas e é preciso sempre mostrá-las para o mundo não esquecer.

E aviso desde já, o "Apenas Amigos" é de evitar. Isto é um conselho de amigo.

Até para a semana, desta vez ainda não segunda mas o mais depressa possível.

Boa Noite e Bons Filmes

Ps: Algumas parte foram retiradas do site Cineclick.virgula.com.br

Thursday, June 08, 2006

Estreias da Semana - 8 de Junho

Mais uma semana de estreias. Sim, porque o mundo não para e cada vez “vomita” mais filmes para a gente ingerir. Há que saber distinguir o que é bom do que é mau. E parece que por vezes falho. O Filme “Running Scared” (Medo de Morte), que aliás foi humilhado aqui pelo “je” tem recebido críticas generosas e todos dizem que foi ignorado por todos os críticos. Eu pelo menos não o ignorei.
Isto só para provar que toda a gente se engana. Mas, nos outros 99% dos casos, geralmente não me engano.
E isso parece-me bastante razoável. É claro que para muitos também me enganei em relação a muitos outros filmes mas isso já são gostos.
Espero que gostem desta humilhaç…desculpem análise às estreias da semana.

Temos:
Um filme de um homem com problemas
Um filme de um desporto bem violento (esqueçam o futebol)
Um filme de um(a) inconsciência terrível
Um filme de u(ns) amigos da onça
Um filme de u(ns) gauleses bem famosos
Um filme de um(a) frieza assustadora (Homens assustem-se)


Loucuras de um Génio (The Devil and Daniel Johnston) – O documentário está em força no panorama cinematográfico nacional. Cada vez desperta, ainda mais, o interesse do espectador por assuntos, que à uns anos atrás eram considerado marginais ou de elites. E este Daniel Johnston é um deles. Conhecido por muito poucos (Sabiam que Kurt Cobain era seu fã incodicional?) chega a Portugal, onde ainda é conhecido por muito menos. Terá o seu espaço? Para um público ávido de informação e cultura, é a recomendação. Estamos a falar de uma lenda “underground”, tipo no centro da terra.
Filme realizado por Jeff Feurzeig.

Um filme sobre uma das mais carismáticas figuras do rock-folk americano, o génio torturado Daniel Johnston, admirado por músicos como Kurt Cobain, Tom Waits ou David Bowie. Misturando imagens de arquivo com registos de áudio e testemunhos de amigos e familiares, conta a história de Johnston, desde a sua educação conservadora até ao diagnóstico de psicose maníaco-depressiva.

Como qualquer génio que se preze tem de ter problemas sérios na cabeçinha. É que o génio moe e não é para todos. Ainda bem que não tenho esse dom/maldição.
E nem todos aguentam a pressão, não é verdade. Os exemplos de génios suicidários são imensos e nem é preciso revelar nenhum. Todos o sabemos. Este, pelo menos ainda não foi bem sucedido e continua a escrever música, na sua casa, bem distante de todos.

Murderball – Espirito de Combate (Murderball) – Apenas numa semana estreiam dois documentários. Assim se mede, actualmente, a força do documentário. É pena que insistam na adição de títulos em português a outros em inglês com ligações bem duvidosas. O Público, que normalmente assistirá a este filme não necessitava daquele título em português. Mas a teimosia é imensa e vozes como a minha não chegam a lado nenhum.
Filme realizado por Dana Adam Shapiro

"Murderball" é um documentário sobre paraplégicos que jogam uma variante extremamente violenta de rugby, em cadeira de rodas, ao estilo de Mad Max, com o objectivo de chegarem aos Jogos Paraolímpicos de Atenas.

E os homens não param por nada. São autênticas máquinas desportivas. E o facto de não sentirem nada da cintura para baixo ajuda muito neste desporto. Imaginem levar com uma cadeira de rodas, nas partes baixas, a alta velocidade. Até doí só de pensar. Mas deve ser bonito de ver este documento no cinema. E a nomeação ao Óscar de melhor documentário em longa metragem, também ajuda. Ou talvez não. É que o vencedor foi o dos pinguins. Arghhhh.

Inconscientes – Uma produção espanhola da qual não sabia nada até ter entrado, esta semana, numa sala do monumental e ter apanhado o trailer a meio. E a impressão do filme não foi das melhores. Pareceu-me um filme elitista e gozão com a pessoa de Freud. E era espanhol. O cinema espanhol já teve melhores dias.
Filme de Joaquin Oristrell com Leonor Watling e Luis Tosar.

Barcelona, 1913. Alma (Leonor Watling) é talvez uma das mulheres mais modernas do seu tempo. O seu pai, o Dr. Mira, é o neurocirurgião mais prestigiado do país. E o seu marido, o Dr. León Pardo, é psiquiatra. Nesse Verão, estiveram em Viena, onde ficaram a par das escandalosas e revolucionárias teorias sobre a histeria e a sexualidade do Dr. Sigmund Freud. Tudo começa uma tarde em que Alma chega a casa e encontra o marido a chorar. Disposto a desaparecer, León foge, deixando Alma sozinha e grávida. Salvador (Luis Tosar), o cunhado de Alma e também psiquiatra, apesar de muito mais conservador que León, está apaixonado por ela e por isso, quando Alma lhe pede para a ajudar a encontrar o marido, ele não pode dizer que não. A única pista a seguir é a tese de León, que analisa quatro casos de histeria e sexualidade: uma actriz com a mania da perseguição, uma louca que tentou matar o marido, uma mulher com uma crise de identidade sexual e uma desconhecida que descobriu no passado um segredo terrível. Seguindo as pistas, Alma e Salvador iniciam uma aventura à Sherlock Holmes, em que se misturam hipnose, amor, perigo e todos os tabus imagináveis.

Acho que este resumo fala por si. Pessoalmente penso que será um dos grandes flops do ano. Mas quem sabe poderá agradar a fãs espanhóis, fãs de freud, de comédias burlescas, de filmes de época. Como viram é a minoria muito restritiva. Cerca de duas pessoas em todo o Portugal. O cinema espanhol já teve melhores dias. Não sei é quando foram.

Os Amigos de Dean (The Chumbscruber) – Ora aqui está o filme dos amigos do alheio. E dos do piores. Daqueles que não se lembram de nós mesmo quando desaparecemos por largos periodos de tempo.
Filme realizado por Arie Posin com Jaime Bell, Camilla Belle e Justin Chatwin

Num bairro aparentemente idílico de classe média, Dean encontra o melhor amigo, Troy, enforcado em casa. Os dois amigos tinham um negócio de venda de anfetaminas e, depois da morte de Troy, Dean começa a ser pressionado por um bando rival. Esse bando chega mesmo a raptar um rapaz, pensando que é irmão de Dean e que assim vão conseguir as anfetaminas deixadas por Troy. Mas ao fim de três dias, ainda ninguém deu pela falta do rapaz.

É triste passar por isto. E este filme deve ter o título em inglês mais estranho dos últimos tempos. Não faço a minima ideia do que aquilo significará. Foi um filme de culto menor mas culto no E.U.A e chega agora a terras lusas, a um mercado cada vez mais feroz. Vai ser dificil demarcar a sua posição mas penso que será possível. A considerar se estrear na tua zona. Mas também não vale a pena entrar em euforia. Não será assim tão marcante.

Asterix e os Vikings (Asterix et les Vikings)- A animação europeia a apostar em força. Depois dos éxitos dos filmes de imagem real, optam pela animação de Asterix e amigos. É que os gauleses não são romanos e até se safam bastante bem. O investimento de 22 milhões de euros mostra confiança dos produtores. Agora só falta os espectadores.
Filme realizado por Stephan Fjeldmark e Jesper Moller com vozes de Roger Carell, Lorant Deutsc e Sara Forestier.

A pequena aldeia gaulesa, o último ponto do mapa por conquistar, acolhe o irreverente Atrevidix, sobrinho do chefe, e Astérix e Obélix são encarregues de fazer dele um homem! Debaixo do seu olhar arrogante, este adolescente medricas vindo de Lutécia vai ter um treino de choque, mas que não irá servir de muito... E tudo se complica quando Atrevidix é capturado pelos Vikings, que acabaram de desembarcar na Gália. Astérix e Obélix terão de fazer tudo para o recuperar.

E se este der resultado, muitos outros se pdoerão seguir. Todos sabemos das quantidades de histórias que Gosciny e Uderzo criaram dos irredutíveis gauleses. Acho que temos aqui uma autêntica mina de ouro. E pelas imagens parece ser imagens 2D. O 2D bem precisa de hérois além dos habituais estúdios Ghibli. Aconselhável a crianças mas pais poderão passar um bom tempo se já conhecem as histórias.

Hard Candy – Optaram por não traduzir e isto levanta a questão. Porque não? Qual é o método que usam para seleccionar se um filme deve ter uma tradução ou manter o título em inglês ou ainda acrescentar um outro título como no caso do Murderball? Coisas que não se entendem.
Filme realizado por David Slade com Ellen Page, Patrick Wilson e Sandra Oh.

Hayley é uma encantadora adolescente de 14 anos, que marca um encontro com Jeff, um fotógrafo que conhece na Internet. Jeff consegue convencê-la a ir até ao seu apartamento e tudo parece estar a correr segundo os seus planos, com Hayley a fazer misturas de bebidas e a insinuar-se. Mas Hayley acaba por o amarrar e começa a tentar fazer com que Jeff revele o seu passado.

Isto tem uma cena que já ultrapassa o filme e que envolve uma tortura bem pesada da personagem de Hayley. Não vou descrever mais nada para não estragar mas digo só que é num local muito importante da anatomia do homem.
Ai ai. Este si, é já um filme de culto, ganho no festival Sundance.
Chega agora, e bastante rapidamente, a Portugal. E parece-me uma proposta bastante agradável. Não recomendado a pessoas sensíveis. Todos os tarados devem assistir. Quem sabe a Hayley que viram na rua vos poderá fazer o mesmo.

Esta semana recomendo o “Loucuras de um Génio” de Jeff Feuerzeig. Para descobrir melhor quem é Daniel Johnston

Acho que devem evitar o “Inconscientes” mas isso sou apenas eu a falar. Consultar análise para ver se te encontras nos possíveis apreciadores desta obra.

Até para a semana

Boa Noite e Bons Filmes